Eurico diz que dirigentes do Vasco foram coagidos a aceitar reinício do jogo com ameaça de prisão e crê em impugnação da partida

Segunda-feira, 09/12/2013 - 19:39
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Em entrevista exclusiva ao programa Show do Apolinho, da Super Rádio Tupi, o presidente do Conselho de Beneméritos do Vasco da Gama, Eurico Miranda, conversou novamente conosco e expôs a sua opinião sobre o recente caso de violência ocorrida no jogo que definiu o rebaixamento do time de São Januário para a Série B, que aconteceu no último domingo (09/12). O ex-dirigente do clube Cruz-maltino chegou a afirmar que deveria acontecer uma impugnação da partida, pois, segundo ele, o Atlético-PR teve culpa direta na hora da organização da segurança.

Eurico também declarou que houve intimidação sobre a diretoria do Vasco, já que eles não queriam jogar o jogo após a briga generalizada e foram obrigados a esperar cerca de uma hora, além de supostas ameaças de prisão.

Confira abaixo parte da entrevista:

Sobre a questão da segurança e da tragédia anunciada:

“Pelo próprio regulamento interno da competição, você não pode ter uma partida de futebol sem segurança e sem atendimento médico. O que aconteceu lá é que antes do jogo já haviam divulgado que não haveria policiamento num jogo deste, que é uma partida fora (Joinville) que decidia a classificação de um dos times para a Libertadores e o outro com o risco do rebaixamento para a segunda divisão. Como é que você pode realizar uma partida de futebol sem policiamento e aceitar que a segurança seja feita pelo clube mandante, que contratou segurança externa, ou seja, eles fizeram a segurança deles. A meu ver, a responsabilidade total é do Atlético-PR, que deveria dar segurança aos torcedores. A primeira atitude que a diretoria tinha que ter feito era afirmar que o Vasco não joga nestas condições. Ainda mais que era sabido que tinha ocorrido confrontos entre as torcidas antes do jogo”.

Eurico também atacou os dirigentes do Vasco, afirmando que a espera para definir se a partida iria ou não prosseguir depois da tragédia acabou intimidando os dirigentes do clube. Além disso, o ex-presidente do time de São Januário acha que deve haver uma impugnação do jogo.

“Você espera meia hora, mais meia hora. Isso intimida. Ai eu falo da frouxidão dos dirigentes do Vasco. Foram ameaçados de prisão e várias outras coisas, sendo que posição inicial era de não continuar na partida. Depois desta intimidação, eles acabaram resolvendo continuar a partida. O árbitro extrapolou as suas funções. Essa partida não poderia prosseguir. É evidente que cabe a impugnação do jogo por violação de um artigo do regulamento que é muito claro. Não estou querendo saber do resultado da partida, quero apenas saber dos fatos. Essa impugnação da partida se impõe por dois motivos. O primeiro deles é que vai para julgamento e já dizem que o Vasco pode ser punido com 10 a 15 jogos de perda de mando de campo, enquanto na verdade está mais do que claro que quem contribuiu decisivamente para isso foi o Atlético-PR. Se tiver um julgamento em cima dos fatos ocorridos, eu acho que de repente tenha sucesso esta impugnação”.

Fonte: Super Rádio Tupi