Petraglia, presidente do Atlético-PR, diz que ação da torcida foi premeditada, cita jogo de 2004 e culpa Eurico por briga em Joinville

Segunda-feira, 09/12/2013 - 02:57
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O presidente do Atlético, Mario Celso Petraglia, afirmou neste domingo (dia 8) que os incidentes ocorridos na Arena Joinville são uma “herança do Eurico Miranda” e que a violência foi planejada. As declarações foram para a rádio CAP. “Hoje prefiro falar como torcedor, não como presidente. Estamos felizes pelo jogo, pelo desempenho, pela conquista da 4ª Libertadores. Infelizmente não pudemos dar o título da Copa do Brasil. Foi lamentável. Mas tem o lado triste. Essa herança do Eurico Miranda, de 2004, quando abriu os portões. Fomos mal recebidos lá, mal atendimos. Nos trancou naquele vestiário ridículo, daquele estádio ultrapassado. Hoje está aí. O troco veio. Mais um pro caixão do Eurico. Tudo que vimos foi herança desses dirigentes que dão dinheiro, que dão ingressos para torcidas organizadas. Vieram aqui de forma premeditada para que o jogo não terminasse, que a decisão fosse para o tapetão”, criticou.

Em 2004, o Atlético precisava vencer o Vasco, na penúltima rodada do Brasileirão, em São Januário, para conquistar o título. Perdeu por 1 a 0. O presidente do clube carioca, na época, era Eurico Miranda.

Petraglia continuou seu desabafo. “Esse clube (Vasco) foi saqueado. Vai ficar nesse io-iô, de sobe e desce. Não se modernizou. Isso é só um desabafo. Temos que pensar definitivamente no nosso problema, da nossa torcida organizada, que nos tirou da Vila Capanema. Alguns vândalos que se infiltram. Porque que eles tinham que correr atrás desses mercenários (do Vasco). Não tínhamos policiais dentro do estádio. Isso é um absurdo. O Ministério Público determinou que a PM ficasse fora do estádio. Se for para fazer futebol para ver isso, eu não me exponho. Se precisarmos de torcida, principalmente organizada, para ganharmos jogo, eu prefiro ir para casa. As autoridades precisam dar um basta. Precisam acabar com esse romantismo do século passado”, declarou.

Fonte: Bem Paraná


Petraglia sugere briga premeditada e diz que lugar do Vasco é na Série B

O presidente do Atlético-PR, Mario Celso Petraglia, subiu o tom e atacou duramente o Vasco após o confronto entre as torcidas dos clubes na última rodada do Brasileirão.

O dirigente levantou a hipótese de a briga ter sido premeditada pelos vascaínos para tentar levar a decisão da partida para a Justiça Desportiva. Ao defender sua tese, ele também disse que o Vasco volta para o lugar dele, a Série B do Brasileiro.

- Toda essa coisa que vimos aqui infelizmente é herança desses dirigentes que investem, prestigiam, dão dinheiro e ingressos para essas torcidas organizadas. Vieram de forma premeditada para criar dificuldades para que o jogo não terminasse e para que fôssemos ao tapetão, que seria a última esperança deles de não voltarem para o lugar deles, que é a Segunda Divisão. Porque esse time do Vasco, com todo respeito às tradições da instituição Vasco da Gama, mas com os últimos dirigentes que tenho acompanhado nesses 20 anos que tenho de futebol brasileiro, o que vi a forma como esse clube foi aviltado, saqueado e destruído. Está aí o resultado: em cinco anos essa segunda queda e vai ficar aí nesse iôiô aí, nesse sobe e desce, porque não tem nenhuma estrutura, não se organizou e não se modernizou - falou o presidente do clube paranaense em entrevista à rádio oficial do clube logo após a partida.

Petraglia ainda fez questão de criticar publicamente Eurico Miranda, ex-presidente do Vasco. Segundo ele, na penúltima rodada do Brasileiro de 2004, na qual o Cruz-Maltino venceu o Furacão por 1 a 0 e tirou os rubro-negros da liderança, houve um tratamento totalmente inadequado dos mandantes com o Atlético. Dito isso, tratou o jogo deste domingo como um troco.

- Vimos aqui no último jogo um time correndo, passando por cima de um adversário. Infelizmente essa alegria foi dividida com uma tristeza muito grande de vermos esses vândalos, esses arruaceiros, essa herança do Eurico Miranda de 2004, quando fomos jogar lá uma das finais do Campeonato Brasileiro daquele ano. Ele abriu os portões (para a torcida), fomos mal-atendidos, mal recebidos, não tivemos condições de aquecer no campo. Ele nos trancou naquele vestiário ridículo daquele estádio ultrapassado. Foi lamentável aquele jogo e nós acabamos perdendo o campeonato. Mas hoje esta aí, a bola é redonda e o troco veio de cinco. Hoje sobrou mais um para o caixão do Seu Eurico Miranda - disparou.

Apesar das muitas críticas ao Vasco, o presidente atleticano também foi duro com "vândalos infilitrados" na torcida rubro-negra. Criticou o Ministério Público de Santa Catarina, que, segundo ele, foi o responsável pelo fato de a Polícia Militar local ter se restringido à segurança externa, e voltou a atacar a torcida cruz-maltina.

- Temos também que pensar no nosso problema, o da nossa torcida organizada que nos tirou absurdamente da Vila Capanema. Alguns vândalos que se infiltram na torcida vieram aqui brigar novamente. O que tinham de ir atrás correndo desses mercenários que vieram aqui tentar ajudar seu clube de forma desonesta? Por que nossos meninos tinham de invadir o outro lado. Infelizmente outro absurdo é não ter polícia no estádio, o Ministério Público de Santa Catarina determinou absurdamente que a PM do estado ficasse do lado de fora num jogo que teríamos 15 mil adversários jogando suas vidas.

A confusão começou aos 16 minutos do primeiro tempo, quando o Furacão já vencia por 1 a 0 - no fim, fez 5 a 1. Os torcedores do Vasco invadiram o setor destinando à torcida mandante. Depois, eles recuaram, e atleticanos foram para o setor visitante. Ao todo, quatro torcedores ficaram feridos. O presidente do Atlético-PR criticou a ausência de policiais no estádio:

- Como que a gente vem mandar (o jogo) aqui em Santa Catarina em condições de ter seguranças próprios se eles não têm o poder de polícia? Aquele grupo de marginais e quantos seguranças teriam que ter? E quem paga isso? O ingresso a cinquentão? - completou.

Fonte: GloboEsporte.com