Cristóvão elogia atuação do Atlético e minimiza importância de Ronaldinho

Segunda-feira, 13/08/2012 - 10:05

O primeiro tempo até não fugiu muito dos planos, apesar da falta de poderio ofensivo do Vasco, admitido posteriormente pelos jogadores e pelo treinador. Mas, na etapa final, o Atlético-MG pressionou por meio do brilho de Ronaldinho de Gaúcho e chegou à vitória, com gol de Jô, de cabeça. Aquele momento, aos 69 minutos de partida, foi marcante para o time carioca, que viu se esvair uma imponente sequência invicta de sete rodadas sem buscar a bola no fundo de sua rede.

Ao todo, o goleiro Fernando Prass ficou 748 minutos invicto, equivalente a mais de doze horas de futebol. Estava muito perto de igualar a marca do clube, que, em 1988, ficou nove partidas com Acácio em alta. O Palmeiras de 1973 passou dez sem levar gol e jamais foi batido.

O zagueiro Douglas resumiu a quantidade de trabalho que a defesa teve.

- Apesar da derrota, nossa equipe se comportou bem. Tentamos anular as melhores jogadas do Atlético-MG. Mas, dentro de casa, eles são fortes, não foi fácil. Infelizmente, não conseguimos sair com o resultado. Agora, é correr contra o prejuízo. Vamos buscar a vitória na próxima rodada.

O Vasco ainda caiu depois de nove jogos. Eram seis vitórias e três empates desde o duelo com o Figueirense, em junho. Jogadores titulares como Auremir, William Matheus, Douglas e Wendel ainda não haviam sentido o gosto de deixar os três pontos para trás.

Os dois primeiros citados, aliás, tiveram dificuldades para conter o Galo, que explorou as pontas e limitou o desempenho dos laterais cruz-maltinos. Cristóvão Borges não crucifica os pupilos.

- Eles têm jogadores rápidos, que jogam do lado do campo. A boa movimentação dificultou para a gente algumas vezes. Tínhamos de fechar isso bem, mas não foi fácil. Fica de aprendizado.

A única marca ainda possível é a de permanência no G-4. Com 41 rodadas, o Vasco está em terceiro e garantido, pelo menos, até a última partida do turno. O Cruzeiro detém o recorde, com 47, nas temporadas 2003/2004, quando foi campeão brasileiro com larga margem.

Fator Ronaldinho

Talvez tenha sido o camisa 49 dos mineiros quem fez mais para evitar que o Gigante da Colina se mantivesse na cola do líder. Com quatro finalizações, muita participação e um repertório recheado de dribles, Ronaldinho estava endiabrado na reta final do confronto. Mas Cristóvão também se conteve ao encher a bola do ex-rubro-negro, velho conhecido.

- Não fez a diferença, não, fez uma grande partida só. É um grande jogador, a quem estamos acostumados a enfrentar. Fez o que é o normal dele - ponderou o técnico.

Auremir e Bernard travaram duelo no Independência, e o atleticano levou vantagem


Fonte: GloboEsporte.com