Tamanho da letra:
|

Rubens Lopes não aprova clássicos em São Januário no Estadual


Quarta-feira, 23/11/2011 - 12:16

Em entrevista à Rádio Tamoio, Rubens Lopes não aprova clássicos em São Januário no Campeonato Carioca.

VASCO MANDAR CLÁSSICOS EM SÃO JANUÁRIO

"Eu defendo a posição do Vasco. O Vasco tem um estádio, um estádio muito bom. Nesse estádio já foram realizados, em algumas oportunidades, vários clássicos ao longo dos anos passados. Eu defendo de que o Vasco deva exercer o seu mando de campo em São Januário. Não vejo nenhuma diferença de São Januário para a Vila Belmiro. Nós temos lá em Vila Belmiro decisão de campeonato. O Corinthians jogou lá, o São Paulo jogou lá, então não sei por que São Januário não pode ser utilizado. Mas existe um obstáculo que nós temos que ultrapassar. O Vasco assinou um Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público, se comprometendo a não realizar clássicos em São Januário, a não ser em determinadas situações especiais e mediante o cumprimento de algumas exigências, que até o momento parece que não foram resolvidas. Nós temos que conversar com o Ministério Público. Já vamos aguardar o retorno do promotor responsável, quem fez o TAC, que assinou junto com o Vasco da Gama. Ele parece que encontra-se de férias. Após o seu retorno, nós vamos agendar uma reunião com o excelentíssimo promotor Rubim, a diretoria do Vasco e o Comando da Polícia Militar, para tentarmos resolver isso. Essa é a tendência."

"No Campeonato Estadual, por exemplo, talvez a coisa não seja tão simples, porque é uma fórmula de campeonato em que você não tem ida e volta. Nós determinamos, para o Campeonato Estadual, com o fechamento do Maracanã, que o Engenhão é considerado um estádio neutro. Onde se lia Maracanã anteriormente, leia-se atualmente Estádio Olímpico João Havelange. O Engenhão, para o Campeonato Estadual, faz as vezes do Maracanã. Ou seja, é um estádio neutro. Nesse caso, os clássicos seriam realizados no Engenhão. Mas isso, simplesmente por essa particularidade."

"Para o Campeonato Brasileiro, por exemplo, em que o sistema é de ida e volta - no turno, um clube tem o mando de campo, e no outro turno tem a inversão do mando de campo -, eu defendo a posição do Vasco de jogar esses jogos em São Januário, até mesmo pelo critério que a CBF utiliza na distribuição de renda e dos ingressos, em que o adversário tem apenas 10% dos ingressos e dos assentos locais do estádio. Nesse particular, não vejo nenhuma dificuldade e vamos aqui defender a posição do Vasco, de exercer o mando de campo no seu estádio."

CLÁSSICO COM TORCIDA ÚNICA

"Qual a dificuldade? A dificuldade é exatamente no Campeonato Estadual, porque não tem a volta, não tem um jogo de ida e um jogo de volta. Nós temos Vasco x Fluminense, por exemplo, e não temos Fluminense x Vasco. Não acontece Fluminense x Vasco, então esse critério não pode ser adotado porque haveria uma distorção. Mas no Campeonato Brasileiro, por exemplo, se você tem Vasco x Fluminense e Fluminense x Vasco, isso é plenamente possível, quer seja por uma torcida única ou utilizando o critério atual que a CBF adota, de 10% para a torcida adversária e 90% para o clube mandante."

CAMPEONATO BRASILEIRO: DIVISÃO DE 90%-10%

"Seria uma forma extremamente coerente, lógica e justa. É só o acordo contrário no jogo, por exemplo, no Engenhão, entre as duas equipes. Nós achamos que isso é uma situação plenamente factível e defendemos a posição do Vasco nesse sentido. Nós estamos completamente ao lado do Vasco da Gama em querer mandar os jogos em São Januário. É um belo estádio. Dentro desse critério, com um número, um percentual reduzido que a CBF adota para o time adversário, eu não vejo nenhuma dificuldade. O fato de dizer que 'O Vasco, o entorno é difícil', etc, mas você, por exemplo, que conhece a Vila Belmiro, tem alguma diferença do estádio de Vila Belmiro? Primeiro, que a capacidade não é maior do que a do Vasco. Segundo, que as ruas do entorno de Vila Belmiro também praticamente se assemelham ao entorno do estádio do Vasco da Gama. Não vejo por que não se faça jogo em São Januário."

Fonte: NETVASCO (transcrição)