Dono da defesa menos vazada da Série B, Vasco valoriza entrosamento e elenco dá méritos a Adilson

Quarta-feira, 25/06/2014 - 10:42
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A baixa eficiência do ataque e o futebol irregular que levaram o Vasco a virar a parada a Copa do Mundo na modesta décima posição da Série B ofuscaram o bom trabalho defensivo que tem sido realizado. A equipe de Adilson Batista é a menos vazada, com apenas seis gols sofridos e aposta no entrosamento adquirido desde o começo da temporada. Além disso, os jogadores citam a importância do treinador, ex-zagueiro de sucesso, no dia a dia e nos conselhos e cobranças.

Aprofundando-se na causa desses gols, nota-se que a maior incidência está no miolo da defesa. Os adversários balançaram a rede três vezes desta forma, com penetrações (Portuguesa e América-MG) e contra-ataque central (Luverdense). O restante saiu de pênalti (Luverdense) e com origem em cruzamentos na esquerdo (Sampaio e Bragantino), nas costas de André Rocha.

O volante Pedro Ken relacionou o sucesso de um time vitorioso à sua capacidade de marcar e elogiou o entrosamento demonstrado no setor, que se estenda até a sua posição.

- É muito importante se defender bem, a maioria das equipe que chega no fim e conquista títulos tem consistência defensiva e aproveita a maioria das oportunidades no ataque. Quase todas as chances acabam fazendo. O entrosamento tem sido muito bom, e foi rápido até. Um já sabe como o outro gosta de jogar, faz a cobertura na hora certa. Adilson fala bastante que, se for tomar gol, tem que ser total mérito do adversário. Não podemos dar espaços - afirmou.

Os números positivos não são novidade. No Campeonato Carioca, o Vasco também teve a melhor defesa, com 14 gols sofridos. No total, somando estadual, Copa do Brasil e Série B até aqui, são 22 em 32 confrontos. Aos 21 anos e cada vez mais em alta, Luan se orgulha de ter ficado fora de apenas dois deles - é o recordista do elenco. Ele é outro a tocar no trabalho do chefe, que se "transforma" nas atividades no atacante rival, chamando até pelo nome e repetindo as jogadas

- Ficamos felizes com os números. O Adilson faz grande trabalho para preencher os espaços, participa ativamente dos treinos e isso é mérito dele e de todos nós que entendemos o que ele passa. Sempre repetimos que a marcação começa lá na frente, senão estoura atrás.

À exceção de Luan, o sistema vem encarando alterações: no gol houve revezamento entre Diogo Silva e Martín por causa das convocações do titular para a seleção uruguaia; as laterais variaram entre André Rocha, Diego Renan e Marlon; e a zaga, com o estiramento na coxa de Rodrigo, em abril, teve Rafael Vaz - único que destoou e perdeu espaço - e Douglas Silva, que manteve o nível. Apenas quando a formação com três zagueiros foi experimentada é que não houve acerto - nos 45 minutos iniciais do empate com o Joinville em que Diogo Silva brilhou.

Faltando três rodadas para o início do recesso, o capitão vascaíno retornou aos campos e, agora, acredita que esteja a mais três partidas de atingir seu ideal. Ele destaca a ofensividade do Vasco como uma razão para os gols sofridos e cita também a invencibilidade em bolas paradas.

- Os jogos em que tomamos gols estávamos pressionando pela vitória. Tanto que foram em contra-ataques e jogadas rápidas, não são de bola parada, escanteio... Temos uma equipe que, por ser o Vasco, joga procurando a vitória. Agora é voltar ao equilíbrio que tínhamos no estadual. Eu e Luan formamos uma dupla que mescla as características do jovem com o experiente, como eu já lembrei que fazia com o Ernando no Goiás - destacou Rodrigo.

Lista dos gols sofridos pelo Vasco e como eles saíram:

1 a 1 com o América-MG - bola alta pelo meio
2 a 1 para o Luverdense - contra-ataque pelo meio, rebote do goleiro / pênalti
1 a 1 com o Bragantino - cruzamento da esquerda, gol de cabeça
1 a 1 com o Sampaio Correa - cruzamento da esquerda, rebote do goleiro
1 a 1 com a Portuguesa - penetração pelo meio

Fonte: GloboEsporte.com