Futsal: Coordenador Alex Perpeto fala sobre a preparação para os Campeonatos Cariocas da base

Quinta-feira, 07/03/2013 - 10:44

Em entrevista exclusiva ao programa “Vasco Olímpico”, que vai ao ar pela Rede Só Dá Vasco em todas as quartas-feiras a partir das 21:30h (neste link), o coordenador-geral do futsal do Club de Regatas Vasco da Gama, Alex Perpeto, concedeu uma longa e esclarecedora entrevista, na qual contou sua história no clube, a situação atual do futsal carioca e do Vasco, perspectivas pro Campeonato Carioca, que se inicia nesta semana e no qual o Vasco está inscrito em todas as categorias disputadas, etc.

Os entrevistadores foram Matheus Alves, Carlos Gregório Júnior, Raphael Caminha e João Luiz Mota.

Confirmação no Campeonato Estadual (em especial sub-09 e 11) e expectativas pra disputa

“Na verdade, saiu uma notícia um tanto equivocada, mas o Vasco sempre vai estar confirmadíssimo em todas as competições. A equipe do sub-09 já está junta há mais de três anos, no sub-11 trouxemos mais um atleta de Brasília... O nosso objetivo principal é encaminhar esses atletas pro campo, fazer uma captação pra ir encaminhando. E, olha, nesses categorias neste ano estamos bastante confiante de que vamos dar bastantes alegrias aos vascaínos nesse 1° semestre, estou confiante no trabalho.”

História no clube

“Eu cheguei ao clube em 07 de julho de 2008, e eu entrei com a seguinte meta: ser referência no futsal. Eu sendo isto, eu automaticamente vou ter os melhores atletas, e estes estarão no campo. Isto faz com que continue sendo como regra: jogador o Vasco faz em casa, o Vasco tem no futsal. O caso do Matheus Índio, que saiu do futsal, vascaíno. E nós estamos cada vez mais focados nesse objetivo, fazer uma captação eficiente para o futsal visando o futebol de campo. Em cima disso fomos fazendo alguns ajustes de trabalho, e graças a Deus passamos a ser essa referência. Temos títulos em todas as categorias, e nunca nós perdemos o foco, que é a produção de atletas para o campo.”

Talents Cup, considerado o Brasileiro das categorias sub-7 e sub-8, disputada em dezembro

“Essa competição no final do ano é muito interessante porque você joga contra outras escolas de futsal, e você consegue fazer uma análise de como está o trabalho. Você pega a escola de São Paulo, que é outro tipo de futsal jogado, você tem a escola do Nordeste. Neste ano não teve, mas normalmente tem algumas equipes do sul. Nós tivemos o diferencial de que equipes vieram mais bem preparadas do que no ano anterior. Então, o nível foi altíssimo. Nisto o ganho pra gente é fantástico, o atleta aprende a lidar melhor com outros tipos de situação. Quando chegou na final, nós jogamos duas vezes e fomos fazer a final contra o Corinthians [sub-8], e nosso time jogou muito melhor na final do que na semifinal, que foi contra uma equipe que normalmente são produzidos atletas para o Santos [Gremetal]. Neymar e Robinho jogaram nesse clube. Então o nível é fantástico, e acaba sendo uma um preparatório para a próxima temporada. E graças a Deus temos marcado presença no sub-07, por um pequeno detalhe escapou o título. Mas foi uma excelente experiência pra esses meninos novos, que jogam com pressão da torcida adversária, eles conseguem ter tranquilidade, isso é muito bom, porque a bagagem pro atleta, essa experiência que estão tendo desde novos, vão carregar pro resto da vida. Quando estiverem lá na frente, essa pressão pra eles vai ser super tranquila. Então a gente marca presença nessa competição porque ela é muito importante. Um outro clube do Rio viu essa importância e também foi, só que não deu pra eles. Nessa competição só dá Vasco.”

Nota: Em dezembro/2012, na cidade de Diamema/SP, o Vasco foi vice-campeão no sub-7 (perdeu na final por 4 a 3 para o Grêmio Barueri) e campeã no sub-8 (vitória na final por 1 a 0 sobre o Corinthians). Confira detalhes clicando aqui (sub-8) e aqui (sub-7).

Transição salão-campo

“A categoria sub-7 é o início de tudo. Algumas pessoas são contra, porque acham que está trabalhando o garoto prematuramente, tirando do lazer. Mas, na verdade, esse garoto acaba tendo um ganho maior do que os outros. A gente sabe da importância do futsal hoje, que é estar trabalhando a parte cognitiva do atleta, o atleta fica mais rápido, mais inteligente, consegue raciocinar mais rápido, consegue ter as chamadas fintas/dribles, são muito mais eficientes. Então, esse ganho quando o atleta chega pro infantil no campo é um jogador já extremamente experiente. Só que tem o pequeno problema da transição. Essa transição não tem que ter a resposta rápida do campo, ele precisa passar por um período de adaptação, que é o período de espaço, ocupação de espaço (o tamanho do local de jogo). Então é só um pouquinho mais de paciência com esses atletas. Eu tenho certeza de que a grande maioria tem que sempre ser aproveitada. E aí eu friso o seguinte: a importância do futsal para o Vasco hoje (eu procuro sempre ter essa prestação de contas para passar ao presidente) é a seguinte: nós já temos mais de 150 atletas levados para o campo, e a gente tem um aproveitamento de 79% desses atletas no campo, ou seja, já estão federados, contrato de formação, alguns já têm contrato profissional. Então a importância hoje do futsal num clube é extrema. Você também acaba fazendo com que o atleta respire o clube, vista a camisa do clube, sinta aquela energia do clube. Isso é muito importante o atleta começar deste cedo. Ele pode torcer pro time que for, mas ele tem aquele carinho especial, ele vai dar o suor, vai dar a vida, por aquele clube que está ali com ele desde o começo.”

Responsabilidade social no trabalho no futsal

“Isso é muito importante pra vida social deles, porque você tem diversas classes sociais naquele contexto. Eles aprendem a ter disciplina, a trabalhar em equipe. E o legal é que depois, no final de semana, vai um pra casa do outro, eles saem. Essa integração é extremamente importante pra vida social do ser humano. Ele não consegue viver sem ter o próximo, essa sociedade, esse convívio é importante pra eles. Nessa mistura de classes, pessoas com poder aquisito menor podem até brigar por uma situação melhor, 'eu preciso me dedicar mais pra ter uma vida melhor, poder ajudar meus familiares'. Essa parte social é importante, e também existe aquele lado de que as todas se ajudam. A gente tem atletas que têm uma condição bem baixa, mas têm aqueles outros que estão sempre ajudando, sempre ao lado. A gente procura estar sempre dando aquele a mais que às vezes não pode ter em casa, mas a gente consegue ajudá-los um pouco. Isso é legal, gratificante. Tem até um atleta que nunca ganhou uma bicicleta porque os pais não têm condição, e no Natal eu dei uma bicicleta de presente a ele. A felicidade foi imensa. Isso foi gratificante, porque a gente coloca uma alegria, um brilhos olhos desse jovem da base, essa criança. E ele passa a ter uma condição melhor de ver que aquilo ali é bom pra ele, aquilo ali traz coisas boas a ele.”

Matheus Índio

“É um jogador de um potencial imenso, isso já foi detectado logo no começo dele no clube. Foi campeão em todas as categorias em que jogou futsal. E isso é importante também, a gente não pode ser somente formador. Isto é importante? É, mas você fazer um jogador campeão é importante também. Porque amanhã, quando os adversários olharem, verão que é o Índio, tremem. É um atleta que aprendeu, sabe o gosto da vitória, é um jogador vencedor. Eu quero parabenizar também os pais, o Carlinhos, que é uma pessoa sempre teve o foco, 'o meu filho vai ser jogador'. É um cara consciente, eu acho que os atletas, pra almejar lá na frente, pesa muito a estrutura familiar. É um jogador que vai dar muitas alegrias aos vascaínos, é um excelente jogador.”

Pedrinho, nomeado recentemente como diretor do futsal

“O Pedrinho vem com uma bagagem que ele tem que dispensa comentários, um excelente jogador de futsal, um excelente jogador profissional. Ele veio mais pra poder nos ajudar pra reforçar porque a gente sabe que todos os esportes estão carentes de patrocinadores, então a gente precisa de uma pessoa de peso pra estar nos ajudando, colaborando. Porque você precisa trazer jogadores de outros estados, e aí você precisa estar ajudando também. Você não pode só trazer o jogador e falar pro pai se virar, tem despesas. A gente não pode perder determinados atletas. E o Pedrinho veio pra fazer essa ponte que faltava pra nos ajudar na captação, uma pessoa de nome, uma pessoa que veio pra agregar, pra somar. Isso é importante para o esporte e principalmente para o Vasco.”

Agner, promessa do futsal vascaíno, mais de 100 gols em 2012

“Tratamos todos os jogadores iguais, com maior carinho. Eu costumo dizer que todos os atletas são meus filhos, me preocupo com eles. Quando um está doente, eu ligo pra saber. O Agner é um jogador diferenciado, que nasceu pra fazer gol. A gente sabe que jogador que nasce pra fazer gol a gente que ter um cuidado um pouquinho mais especial. É um jogador que gente até promoveu, neste ano ele é primeiro de fraldinha. A gente promoveu pra ele trabalhar já com o segundo ano. Ele precisa estar acelerando o rendimento, porque é um jogador que pega rápido o trabalho. Se você o coloca num grupo com qualidade excelente, naturalmente ele consegue acompanhar. Ele fez isso há dois anos, quando com seis anos foi colocado no grupo de sete. Ele despontou, foi campeão brasileiro. Então nos temos cuidado, tenho um carinho muito grande pelo pai dele, que foi jogador de futsal do Vasco. É um cara sério, bem focado no filho. Costumo dizer que ele não é só pai do atleta, ele faz parte da nossa família. A gente procura criar esse ambiente familiar pra exatamente as pessoas poderem se sentir dentro de sua própria casa. O Agner pai é um cara parceiro, está junto com a gente, quando há dificuldades ele nos procura, estamos sempre procurando somar com ele. É mais uma futura promessa pro Vasco, se deus quiser vai dar muitas alegrias a gente. Mas por enquanto ele dará bastantes alegrias no futsal, e daqui a dois ou três anos estará no campo.”

Reforma do ginásio, interditado desde dezembro/2011

“Tem algumas conversas que estão em andamento. O clube já adquiriu as mantas pra colocar nas telhas pra gente poder terminar as goteiras. O piso todo já foi marcado onde tem as goteiras. A gente está vendo se no máximo duas semanas resolvemos o problema do telhado, que é o principal. Depois vamos atacar o piso. Estamos conversando com algumas pessoas que se propuseram a nos ajudar, a gente está querendo fazer um negócio bem legal, ver se amplia mais a quadra pra gente mandar jogos também do adulto, num futuro bem próximo. A gente quer fazer uma obra que fique por um bom tempo, não só fazer paliativo, que não adianta porque depois vamos ter que refazer, você acaba jogando dinheiro fora. A gente está vendo se antes mesmo do segundo semestre a gente consegue voltar já a quadra para combate. Vai ajudar a gente, porque ela é extremamente, principalmente pra treinamento. Porque nós temos várias categorias, e a gente ter a quadra ajuda. E esse é o diferencial nosso, que nenhum clube do Rio de Janeiro tem a estrutura que o Vasco tem hoje. Nós somos a referência porque nós temos a melhor estrutura, mas hoje o ginásio faz uma falta muito grande. Estamos confiantes de que vai dar tudo certo, vamos torcendo para que antes do início do segundo semestre ela já esteja pronta.”

Expectativas para o Carioca 2013, categoria a categoria

“Hoje, a real chance de titulo todas as nossas categorias têm. Digo isso porque a gente começa o trabalho um pouco antes dos outros clubes, e às vezes detalhes... A diferença do futsal pro campo é que um jogo muda faltando dez segundos. Em cinco segundos você poder perder um jogo, perder um título. Estamos remontando o nosso sub-7, tivemos duas perdas, mas a gente já repôs. Como o Vasco é referência, o atleta chega e nós conseguimos buscar um ou outro. O 7 está acabando de ser montado. O sub-9 dispensa comentários, é a melhor equipe do Brasil sem sombra de dúvidas. No sub-11, trouxemos mais um atleta de Brasília, um garoto fantástico. Trouxemos mais outros dois atletas, um de Barra Mansa e outro de Volta Redonda, estamos equilibrando bem. O mirim que é uma categoria mais complicada por causa do campo, atletas estão no campo. Há um destaque maior, treina-se pouco no salão, mas isso é natural. Sub-15 também reforçamos bem nossa equipe, trouxemos alguns atletas de outros clubes ,de menos expressão, mas que vimos que tinha qualidade. E o trabalho faz com que o atleta evolua, e a gente percebe a evolução dos atletas porque eu acompanho os treinamentos. No sub-17 temos o melhor atleta da categoria, um garoto que eu trouxe de Manaus. O Arlen, um jogador fantástico, chegou a jogar no sub-20 ano passado conosco. Vai fazer 17 anos... Temos uma boa equipe de sub-17, inclusive disputaremos o Campeonato Brasileiro da categoria. Estamos só definindo ainda o local, estamos só dependendo ainda de São Januário, se nosso ginásio vai ficar pronto. No sub-20 o nosso time dispensa comentários. Conseguimos trazer dois atletas da equipe campeã estadual, do Petrópolis, estamos negociando pra trazer mais um. Estamos com uma equipe de primeira também no sub-20. Acredito que nós vamos voltar a 2011, em que nós fizemos final no Maracanãzinho e colocamos seis equipes na final. Eu estou confiante de que esse semestre vai ser bem vitorioso, acredito muito.”

Sub-20, quem sai, fica, chega para a temporada 2013

“O Caio foi pro Santos, já havia feito um teste lá no comecinho do ano passado. Ele já havia feito esse pedido, ele queria pedir um outro nível de competição de adulto, e infelizmente aqui no Rio só tem o Vasco e o Drogarias do Povo no campeonato de adulto. Havia feito esse pedido, e a gente não pode ficar travando o atleta. Infelizmente, um excelente profissional se foi, fazer o quê? Trouxemos o segundo goleiro do time campeão do Petrópolis. Ficamos com o Ernane, permanecemos com ele, excelente jogador. Ficamos com o João Pedro, canhotinho de Niterói, fantástico. Trouxemos o Pedrinho do Flamengo, muito bom jogador. Felipinho, do Flamengo. Estava conosco, foi pro Flamengo, trouxemos de volta. O Alex, do Petrópolis, também está conosco. Outro jogador, Willian, jogador 94, jogou conosco em 2009, agora é segundo ano de sub-20. Excelente jogador, sempre foi campeão na base no futsal. Demos uma fortalecida com esses meninos vindo do Petrópolis, jogador com bagagem, rodagem, treinavam em dois períodos direto. Demos uma fortalecida muito grande, subimos alguns meninos do sub-17, que chegaram à semifinal no Estadual 2012. Jefferson, Victor... A gente está equilibrando porque não estamos vendo só o campeonato deste ano, estamos vendo a Taça Brasil do ano que vem. Porque acabou que nós ficamos de fora da Taça Brasil deste ano por um pequeno equívoco da federação, na verdade deveria ter um jogo extra e não teve. Agora, com relação ao Brasileiro [Taça Brasil], nós fomos à final três vezes contra três adversários de estados diferentes. Referência hoje no Brasil de sub-20 é o Vasco da Gama, porque sempre consegue estar participando das finais, sempre faz excelentes campeonatos. Fomos com uma estrutura fantástica, que foi elogiada por todas da CBFS [refere-se a Taça Brasil de 2012, disputada na cidade de Sananduva/RJ, no qual fomos vice-campeões para o Joinville]. Foi a púnica equipe que foi completa, levou seu staff que atendeu às necessidades da equipe. Me orgulho de trabalhar no Vasco por conta disso, a gente consegue trabalhar tranquilo. E o legal disso tudo é que torcida sempre nos apoia nas competições, isso nos enche de orgulho. Já fomos em competição em Goiânia, em tudo quanto é canto do Brasil do Brasil tem os vascaínos nos apoiando, e isso é muito gratificante.”

Crise do futsal carioca e time adulto no Vasco

“Primeiro a competição precisa ser atraente. Esse descrédito não é de agora, não é nem dessa gestão que estão agora na federação. É coisa bem lá pra trás. O campeonato foi caindo, foi se tornando deficitário. E aí os clubes que não conseguem ter investimento não vão participar. Por exemplo, ano passado o Vasco não participou do campeonato porque só tinha clube do interior, e aí toda viagem é 3, 5 mil reais. Isso acaba inviabilizando financeiramente pro clube. E aí é um dinheiro que ei deixo de estar investindo na base, que me produz um resultado maior lá na frente, pra estar participando de uma competição que é importante para o esporte pra modalidade, extremamente importante, mas não me produz a parte mais importante, que é eu estar encaminhando o jogador pro campo. Eu acho que por isso a modalidade tem uma importância muito grande para o Vasco da Gama. Pela falta de credibilidade, não ter um campeonato competitivo, atraente, os parceiros fogem. Por que as finais não podem ser sempre no Maracanãzinho com televisão? É um atrativo pro patrocinador. Ele quer ver a marca dele estampada na camisa, na placa, passando no telão de LED. Isso pra ele é mercadoria, e partir do momento que você não tem uma competição, não tem atração na competição, não tem uma competição que te dê esse retorno, eles fogem, se torna deficitário. É uma coisa puxando a outra. É claro que a gente não quer que nossos jogadores do sub-20 busquem outro estado pra jogar adulto, a gente quer que fiquem aqui, a gente quer campeonato. Só que não pode ser somente o Vasco. Por que os outros clubes de camisa não participam? Porque no sub-20 só tem Vasco e Flamengo de camisa? Botafogo não é Botafogo, é Casa de España, Fluminense não tem. Precisam todos se reunir e, sentar, e ‘agora vamos estar participando efetivamente’. Você vai estar fazendo com que esse campeonato volte a ser atrativo. Aí sim você começa a ter um campeonato em que os atletas do 20 vão ficar por aqui,você vai pude remunerar melhor um jogador. Você vai botar um adulto ser treino em dois períodos, é o ideal. Mas não tem condições, treina um período só. Tem atleta que trabalha, não pode viver daquilo. Estuda, estuda à noite. Tem uma série de condições que pro campeonato ser bom tem que sentar os clubes, federação e começar a definir. Tentar buscar parceiros que banquem não só Vasco, Flamengo, Botafogo... Tem que buscar parceiro que banque a competição. Aí você começa a ter uma despesa menor, porque começa a saber que não vai gastar com arbitragem, não vou gastar com transferências, inscrições... Aí começa a ser mais atrativa a competição, e os parceiros começam a querer botar marca nas camisas. Como teve em 2010, que era o Guanabara. Pagava arbitragem, inscrição. Você tinha um atrativo, deixava de ter aquelas despesas. Tem time do interior? Então faz um torneio do interior , um do capital, se encontram e fazer um mata-mata. Precisa sentar com os clubes e definir essa atratividade do campeonato. A gente acaba perdendo... Tivemos ano passado um jogador, Jean, que evoluiu demais no Vasco (aí eu parabenizo o professor Marcelo Akra, pra mim um dos melhores treinadores que já conheci, um trabalho fantástico), foi pro Corinthians, foi pra seleção, foi campeão pelo Corinthians invicto. A gente perde o atrativo da competição. Pra gente da modalidade é um pouco triste nesse sentido, a gente que ver o atleta que está conosco desde infantil, infanto, juvenil, profissional, sendo campeão no clube. Para nós é gratificante, é uma realização profissional.”

Estreias no Carioca

“Sub-9, sub-11 e sub-13 estreiam no dia 10/03, contra o River em São Januário, começando às 10h. Sub-15 e 17 estreia no dia 09/03, contra o Helênico. O horário a gente está brigando pra mudar. O mando do Helênico é sábado às 18:30h, um horário completamente fora de cogitação. A Federação está alterando. Então sub-15 e sub-17 estreia contra o Helênico, no sábado. O sub-20 estreia dia 22/03, uma sexta-feira, às 20:30h, contra o Drogarias do Povo, equipe de Cabo Frio, em São Januário.”

Nota: com o ginásio interditado, o Vasco joga seus mandos de campo ma quadra 3 do complexo esportivo João da Silva, localizado ao lado do ginásio e em frente à saída do vestiário do futebol profissional. A entrada é franca a todos os vascaínos que queiram prestigiar o futsal vascaíno.

O que o vascaíno que gosta de futsal pode fazer pra ajudar no futsal

“A gente gostaria que eles comparecessem mais pra acompanhar os jogos, os treinos mesmo. Estar vendo o tipo de trabalho que nós fazemos, aquele da iniciação. Você vê os garotinhos de 6 anos aprendendo a jogar futevôlei. Porque a gente bota a redinha lá... O trabalho coordenativo que eles fazem. É legal acompanhar mais, ver o tipo de trabalho que é feito. O interessante é olhar lá na frente, quando estiver no profissional você falar ‘caramba, eu vi esse atleta com nove anos, lá no futsal’. Isso é legal, estar comparecendo, assistindo, torcendo. Isso pra mim é importante. Eu me orgulho de dizer que o Vasco é o único clube de futsal do Rio de Janeiro que a torcida comparece, torce, vibra com a gente. A gente tem o prazer imenso de depois de uma vitória, ou derrota, ir lá e gritar o ‘Casaca’ com eles. Pra gente é extremamente gratificante. As crianças começam a respirar, começa a viver isso, começa a correr nas veias o que é fazer parte dessa família vascaína, fazer parte desse clube vencedor. Não só nas quadras, mas também fora de campo.”
“É sempre importante estarmos passando o que acontece no futsal porque nós queremos a participação de todos. É até legal um dia abrir pros ouvintes fazerem perguntas, porque às vezes se tem curiosidade. Como forma o atleta, qual o tipo de trabalho pode ser feito pra ajudar no campo, o que pode atrapalhar no campo... Esse bate-bola, essa troca de informações é extremamente importante. A gente até ouvir sugestões pra nós estarmos melhorando nosso trabalho. A gente quer buscar sempre a hegemonia, nós queremos sempre a referência. Porque tenho certeza de que quando a gente busca a excelência no trabalho o clube é o maior vencedor.”



Fonte: Facebook CRVG - Em Todos os Esportes