Vasco é o último em finalizações no Campeonato Brasileiro

Quarta-feira, 15/08/2012 - 10:02

Contra o Inter, seis finalizações e nada. Diante do Corinthians, em casa, foram quatro, sendo apenas duas em direção ao gol. Já frente ao Atlético-MG, no domingo, o pior desempenho: quatro tentativas que sequer puseram Victor para trabalhar em mais de 90 minutos. Essa é a realidade que o Vasco vive recentemente. Com poderio ofensivo reduzido, assumiu a lanterna no quesito conclusões no Brasileirão. No meio disso tudo, um sopro de esperança: 2 a 0 sobre o Sport com dez arremates. Mesmo assim, números tímidos em relação à média geral.

Um dos maiores prejudicados é o atacante Alecsandro, que, como consequência, não está recebendo passes. Assim, são quatro rodadas sem balançar as redes. Ele admite que a equipe vem enfrentando dificuldades, pede mais atitude, mas atribui à qualidade dos rivais.

- Só vencemos o Sport com gol de bola parada e num contra-ataque. Os outros foram duros, marcamos bem, mostramos ter uma equipe equilibrada, mas temos de saber matar o jogo quando surge a chance. Não conseguimos encaixar, faltou trabalhar melhor a bola. faltou acreditar e querer atacar mais. Acaba que estamos finalizando bem pouco. Pelo nosso potencial, temos que estar mais presentes. Esse é o caminho das vitórias - ensinou o camisa 9.

No ranking, o Vasco aparece com 152 chutes a gols - média de 9,5 por jogo. À frente estão o Fluminense, vice-líder da competição, com 158 (9,85 de média), e o Santos, com 172 (10,75). O título da categoria, por ora, está nas mãos da Lusa, com 224 finalizações - e média de 14. O clube paulista, contudo, marcou só 13 gols e tem o segundo pior ataque geral.

Para o zagueiro Fabrício, a eventual inversão de papéis entre os principais times se deve à marcação cerrada que os adversários fazem no Vasco e outros postulantes à taça.

- É um campeonato muito disputado e estamos brigando pela ponta, visados, então a proposta dos rivais é sempre defensiva e dificulta nossa chegada. Não acho que nós arriscamos pouco. Quando vamos, temos acertado bastante - avaliou.

Artilheiro do Brasileirão, com oito gols, Alecsandro pede que a queda de rendimento não seja confundida e não nega que a possível entrada de Felipe pode facilitar as assistências.

- Não podemos confundir marcar bem com ser retranqueiro. Não jogamos assim. Somos conscientes e não entrarmos em campo desesperadamente para fazer o gol. É o sistema do Corinthians, que tem uma grande defesa e acaba atacando menos do que defende. Precisamos mesclar. Nesses últimos, não atacamos com eficiência e saímos no prejuízo. Se o Felipe voltar, sabemos que a qualidade é diferente. Quando está em campo, faz a diferença. Mas, com ou sem ele, temos que atacar mais que nos últimos jogos - reiterou Alecsandro.

Fonte: GloboEsporte.com