Julio Brant: 'O que vai reerguer o Vasco são os projetos, trabalho e transparência'
Sexta-feira, 13/10/2017 - 07:11
Há um mês das eleições presidenciais do Vasco, o candidato Júlio Brant fala dos seus laços com o clube. Desde a infância, na zona norte do Rio de Janeiro, quando aprendeu a nadar na piscina de São Januário aos laços portugueses quando morou e estudou em Lisboa.

No bate papo, Brant, que tem formação em jornalismo e administração, falou sobre os projetos de reforma de São Januário, construção de CT e também sobre a crise vascaína. O executivo conta com o apoio de Edmundo, Mauro Galvão, Pedrinho e Felipe, todos ídolos vascaínos.

Você avalia ser a pessoa certa para reerguer o Vasco?

JULIO BRANT - Sim, tenho total capacidade para presidir o Club de Regatas Vasco da Gama. O que vai reerguer o Vasco são os projetos, trabalho e transparência de toda uma equipe. Hoje, tenho ao meu lado Nelson Sendas, Edmundo, Pedrinho, Felipe, Mauro Galvão, Osório. Conheci o presidente Manuel Matos de Pinho, quando trabalhei e estudei em Lisboa e temos parceiros como a Tecnoplano, que está nos ajudando a desenvolver o projeto de reforma de São Januário e a construção de um Centro de Treinamento. Enfim, temos parceiros em todas as áreas e sem dúvidas é o melhor time dentro e fora de campo para reerguer o clube que amamos em todas as esferas.

Julio, nos fale um pouco sobre você e sua ligação com Vasco...

JB - Minha ligação com o Vasco vem de berço. Desde criança meu avô me levava a São Januário. Aprendi a nadar na piscina do clube e durante minha juventude frequentava os jogos com meu irmão. Sou o filho mais novo de uma típica família vascaína da zona norte do Rio. Estudei e me formei em jornalismo e depois fiz mestrado em administração, inclusive estudando e trabalhando em Lisboa.

A Tecnoplano vai bancar todos os custos do CT e da reforma do estádio? O Vasco vai ter de pagar alguma quantia? Se sim, de onde tirá-la?

JB: Boa parte da minha vida profissional foi estruturando e viabilizando projetos de grande porte. Estamos estudando toda a engenharia financeira que vai desde a criação de novas receitas em São Januário até o aumento da cessão de cadeiras cativas, passando por Leis de Incentivo. O Vasco não consegue captar novas receitas pela completa falta de credibilidade e pelo apequenamento da marca. A crise do Vasco é profunda!

De 0 a 10: Como avalia a gestão de Eurico Miranda?

JB: Nota zero! Ele fez a campanha eleitoral de 2014 em cima de bravatas e falsas promessas. Não se governa mais com tirania e populismo. O torcedor vascaíno está humilhado com mais uma administração desastrosa e vexatória. Mais um rebaixamento, diminuição de receita, perda de patrocinadores, aumento da dívida…

Alguma chance de o Vasco buscar um parceiro que pague melhor que a Caixa ou tentará mesmo a renovação? E empresa de material esportivo, já conversou com alguma?

JB: O Vasco é um clube continental! As empresas querem seu nome no Vasco. O problema são as pessoas que estão gerenciando o clube neste momento. O investidor não quer a sua marca e o seu dinheiro atrelado a uma instituição sem transparência e fechada. O Euriquismo está enraizado no Vasco, e com a ajuda de Horta e Otto, querem apequenar o Vasco por mais três anos. Não conversei com nenhuma empresa de material esportivo, mas tenho certeza que ganhado a eleição teremos um clube forte e com marca Vasco resgatada. Nossa equipe é formada por gestores, que são reconhecidamente bem sucedidos no mercado de trabalho.

Caso seja eleito, qual será a política do clube em relação a reforços?

JB: A gestão do futebol será feita por um comitê. É ele quem vai determinar as diretrizes sobre o futebol do Vasco. Um dos nossos compromissos é ter no elenco 33%, no mínimo, de jogadores formados na base. O Vasco tem uma tradição de revelar craques. Os três maiores artilheiros do Campeonato Brasileiro vieram da categoria de base do clube. Também precisamos entender que não há mais espaço para que alguém, sozinho, determine a contratação de um jogador. Depois ele sai do Vasco e o clube fica com a conta, reduzindo nossa capacidade de investimento.

Qual será a sua primeira atitude caso seja eleito?

JB: A primeira atitude a ser tomada será de total transparência com o sócio, torcedor e a imprensa. O Vasco é um clube fechado, arcaico e que parou no tempo em todos os sentidos. O torcedor vascaíno precisa voltar a frequentar São Januário. O Vasco sempre foi um clube social. Queremos o Vasco de volta ao topo!



Fonte: A Voz de Portugal