Invictos contra o Urubu, Jorginho e Zinho estão cada vez mais identificados com o Vasco

Quarta-feira, 20/04/2016 - 16:29
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A torcida do Vasco costuma exaltar três nomes da atual equipe: Nenê, Riascos e o goleiro Martín Silva. No entanto, não deixam de reconhecer o excelente trabalho feito por Jorginho e Zinho, seu fiel escudeiro na área técnica.

Treinador e auxiliar-técnico vivem cada jogo com grande intensidade, desde que chegaram à colina histórica em 2015 e quase evitaram um rebaixamento que era dado como certo. O torcedor mais jovem, ou aquele mais esquecido, nem deve se lembrar que os dois são grandes ídolos do Flamengo, arquirrival do Vasco e adversário na semifinal do estadual de 2016.

Jorginho pode ser considerado um dos maiores laterais-direitos da história rubro-negra. Estreou em 1984 e garantiu para si a camisa 2. Pelo clube da Gávea, conquistou títulos importantes e passou a ser jogador de Seleção Brasileira. Em 246 jogos disputados pelo Flamengo (segundo o site Flapédia), as principais taças levantadas foram o Campeonato Carioca de 1986 e o Brasileirão de 1987.

Campeão mundial pela Seleção em 1994, quando defendia à época o Bayern de Munique, o atual treinador do Vasco teve longa carreira na Alemanha. Depois, passagem pelo Kashima Antlers, do Japão, e no retorno ao futebol brasileiro, em 1999, escolheu o São Paulo. No ano seguinte, aceitou a proposta para defender as cores do Gigante da Colina e também foi muito feliz em São Januário, fazendo parte do elenco que conquistou o Campeonato Brasileiro em 2000 e a histórica Copa Mercosul do mesmo ano, quando os vascaínos terminaram o primeiro tempo derrotados por 3 a 0 pelo Palmeiras e, na segunda etapa, viraram para 4 a 3.

Ao contrário de Jorginho, a única ligação de Zinho com o Vasco era por causa da rivalidade com o Flamengo. O Rubro-Negro, time de coração do vitorioso meio-campista, foi o único time grande do Rio de Janeiro defendido em campo nos tempos de jogador. A estreia aconteceu em 1985, e até 1992 foram cinco grandes troféus conquistados: Brasileirão (1987 e 1992), Copa do Brasil (1990) e Campeonato Carioca (1986 e 1991).

Zinho também defendeu as camisas de Palmeiras, Grêmio, Yokohama Flugels, Nova Iguaçu e atuou no futebol dos Estados Unidos. Assim como Jorginho, também foi campeão mundial em 1994. Ao contrário do amigo, defendeu o Fla no fim de carreira. Não desequilibrou como em sua primeira passagem, mas fez parte da conquista do estadual de 2004.

Com as chuteiras penduradas, Jorginho começou a carreira como treinador e mostrou desde cedo bons trabalhos. Em 2006, por muito pouco não levou o América ao título da Taça Guanabara. Depois, foi o auxiliar de Dunga na Seleção Brasileira – e são muitos os que dizem que era ele, de fato, que pensava nas instruções táticas e no modelo de jogo da equipe.

Teve passagem por vários clubes, inclusive o próprio Flamengo. Com faixa preta e branca em diagonal, quase conquistou o título da Copa Sul-Americana em 2013, treinando a Ponte Preta. Entretanto, foi no Vasco que tem escrito uma bonita história como treinador de um grande clube.

Com Zinho de auxiliar técnico, quase livrou o Vasco do rebaixamento em 2015. A missão era árdua, e sob o comando de Jorginho o Gigante da Colina voltou a ter esperanças. A estreia foi justamente contra o Flamengo, pela Copa do Brasil. O time de São Januário eliminaria o rival e seguiria emplacando vitórias.

Ao todo, desde que assumiram o comando técnico do Vasco, Jorginho e Zinho somam três vitórias e dois empates contra o time da Gávea. E sempre vibrando intensamente nos gols, o que chegou até a render críticas dos torcedores do Flamengo. A relação com o Vasco só tem aumentado, e a tendência é que eles sigam o bom trabalho e coloquem a Cruz de Malta de volta à elite do futebol nacional. Independente da camisa, profissionalismo, respeito e dedicação sempre renderão bons frutos. Jorginho e Zinho são claros exemplos disto.




Fonte: Goal.com