Mesmo com momento difícil, Jorginho ganha moral no Vasco

Sábado, 31/10/2015 - 12:44
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Contratado para livrar o Vasco do rebaixamento, Jorginho está livre, leve e solto, por mais pesada que seja sua missão. Respaldado pelos resultados que mantiveram viva a esperança de permanência na Série A, o técnico cavou seu espaço para se fazer ouvir em São Januário. Não tem faltado personalidade ao candidato a milagreiro.

Aos 51 anos e ainda em busca de maior reconhecimento como treinador, o ex-lateral-direito tem tido firmeza para marcar posição no departamento de futebol. A transferência dos treinos de São Januário para o Nílton Santos essa semana veio depois de reclamações públicas a respeito do estado do gramado na Colina. O campo de casa tem sido tratado para o jogo contra o Corinthians, mas também para atender uma demanda do técnico.

Outro exemplo de como Jorginho conquistou autonomia no Vasco é a forma como tem lidado com o episódio do corte de Thalles do jogo contra o Grêmio, domingo passado. Apesar das explicações do jogador e da tentativa do gerente de futebol Paulo Angioni de colocar panos quentes na situação, o técnico fincou o pé de que o atacante faltou com disciplina ao não se apresentar na concentração. Por mais que alguns dirigentes do clube acreditem que, com isso, Jorginho desvalorize a prata da casa.

- De vez em quando um puxão de orelhas faz bem - afirmou o técnico. - Não foi bem esclarecida a situação, ele deveria ter se apresentado logo após o enterro do avô. O comunicado foi meu, saiu da minha boca. Contamos com ele sim, mas tem de ser repreendido na hora que fizer algo de errado, para depois não ser pior.

Diferentemente dos antecessores Doriva e Celso Roth, Jorginho tem andado sempre de mãos dadas com Alex Evangelista, fisioterapeuta responsável pelo centro de recuperação de jogadores do Vasco, projeto que já foi motivo de atritos no departamento de futebol, mas que é apadrinhado por dois nomes de peso: Eurico Miranda e seu filho, Eurico Brandão.

Bem relacionado nos bastidores, Jorginho tem o caminho livre para, à frente da equipe, tentar operar o milagre. Fortemente ligado à religião, mantém até o fim a fé que o Vasco tanto precisa:

- Nossa tarefa segue difícil, mas decidimos acreditar. Eu tenho convicção de que vamos sair dessa situação.

Fonte: Extra Online