Anderson Salles pode ser mantido como volante no jogo contra o Fluminense

Quinta-feira, 16/07/2015 - 09:03
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No jogo seguinte ao que marcou contra - na derrota por 2 a 0 para o Grêmio -, Anderson Salles fez seu terceiro gol na temporada em posição nova na carreira. Zagueiro de origem, ele atuou pela primeira vez como volante com o técnico Celso Roth. E o treinador gostou do que viu. Não somente pelo gol de pênalti - batido com perfeição no ângulo do goleiro do América-RN -, mas pela participação na saída de bola e na precisão nos passes. Foi do pé direito de Salles, aliás, que saiu o primeiro gol, após cobrança de escanteio no primeiro tempo.

Celso Roth identificou nos treinamentos que as características do zagueiro seriam adaptáveis à função na qual viu carência no elenco do Vasco. Apesar de ter grande número de cabeças de área - Guiñazu, Serginho, Jean Patrick e Lucas -, apenas Diguinho, que segue lesionado, se posiciona como primeiro homem de contenção no meio de campo, na opinião do treinador.

- Já estamos com essa ideia há uns 15, 20 dias. Estávamos esperando o momento. Quando chegamos, olhamos e sentimos falta de um primeiro volante, isso é claro. Todos dessa função tem a característica de sair (para o jogo). Tem qualidade, mas sem proteção atrás. E no Salles vi essa qualidade. Bom passe, boa visão, bate bem na bola. Felizmente foi muito bem hoje, mais uma opção que ganhamos para formar o time. Mostrou personalidade, que já conhecíamos como zagueiro e foi muito bem - disse Celso Roth.

Com estatura nem tão alta para zagueiro - 1,81m -, Salles se destaca pela cobrança de faltas e escanteios. Tem boa técnica e faz poucas faltas - na vitória desta quarta-feira à noite não fez nenhuma. No Paulistão do ano passado, com Doriva como treinador, saiu da competição sem levar um único cartão amarelo.

No jogo, fez três desarmes, arriscou lançamentos, acertou 37 passes e errou oito. Logo após o gol sofrido pelo Vasco - em falha terrível Aislan -, Anderson Salles rebateu uma bola para trás, mas a defesa conseguiu recuperar o lance, que terminou com passe de Salles para Jhon Cley puxar o contra-ataque que terminaria em arremesso de lateral e, depois, com pênalti em cima do meia vascaíno. Entre mais acertos do que erros, o (ex?) zagueiro ganhou a confiança do técnico Celso Roth para permanecer na equipe.

Orientado por Roth, Anderson Salles também tentou se aproximar de Madson, embora subisse menos justamente para liberar o lateral-direito. Riascos, mais avançado pelo lado do campo, também retornava para fechar a marcação. O esquema com três atacantes - Herrera pela esquerda, Dagoberto centralizado e o colombiano pela direita - deve se repetir no domingo para o clássico contra o Fluminense.



Fonte: GloboEsporte.com