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Galdino, técnico dos Juniores, nega problemas na base: 'Folclore'


Quarta-feira, 21/12/2011 - 14:40

Nos últimos meses, o trabalho realizado nas categorias de base do Vasco vem sendo questionado. Em meio a diversas denúncias e a falta de estrutura para se trabalhar as promessas cruzmaltinas, surge o pedido de demissão do diretor-executivo Rodrigo Caetano, que segundo alguns estaria insatisfeito com o trabalho realizado nas categorias inferiores.

Na última terça-feira (20/12), o tema foi abordado no programa 'Manchete Esportiva', da Rádio Manchete. Na oportunidade, o repórter Thiago Veras entrevistou o técnico da equipe de juniores Galdino, um dos maiores alvos das denúncias. Mostrando tranquilidade, o treinador comentou o assunto.

Confira na íntegra trechos da entrevista:

O que realmente acontece na base do Vasco?

"Em todo clube existe isso, pois tem a situação e oposição. Então surgiu isso, após a transferência de um atleta do Vasco para o Club de Regatas do Flamengo. O que aconteceu? Esse atleta que pediu. Não foi ninguém do Vasco que tirou esse atleta do clube. Esse atleta disse que estava sendo desprestigiado, mas desprestigiado em que questão? Foi um jogador que jogou, teve sua fase boa, mas não estava atravessando a mesma fase. Quando isso acontece o treinador, que no caso sou eu, tem que ver outra maneira, tem que ver outro atleta, os suplentes. Então foram muitas coisas faladas. Disseram que o Vasco tinha supervisores com negócio com empresários. É claro que existe isso, mas o nosso compromisso com clube é maior que isso. Eu sou amigo do Roberto desde quando joguei com ele e foi por isso que ele me colocou no Vasco. Eu sou amigo dele, mas tenho a convicção de tudo. Outro dia teve uma reunião e ele falou que queria profissionalismo e que amizade tinha que cultivada fora de São Januário, pois lá dentro é trabalho. Então volto a dizer: coisas de oposição, que existem no Club de Regatas Vasco da Gama e que no início metiam o pau no nosso presidente. Mas com o tempo vimos o bom trabalho realizado por ele. Nós estamos lá de cabeça erguida, continuado o nosso trabalho. Se o atleta não se sente bem, vá procurar uma outra entidade, mas não é com coisinhas colocadas aqui ou ali que vai acontecer para o futebol. Aqui nós formamos o atleta e o homem também, pois nós estamos mais aqui junto deles do que com os nossos familiares. Existe essa preocupação, mas o Vasco tem uma equipe de profissionais, os psicólogos, por exemplo, que conseguem excelentes resultados sempre conversando com os jogadores, os treinadores e os surpevisores. O trabalho no Vasco continua. É como o presidente falou após a saída do Rodrigo Caetano: 'As pessoas passam e o Vasco continua'. Então temos que trabalhar com dignidade e ir para a batalha"

Existe uma farra de empresários no Vasco?

"Hoje em dia você sabe que os empresários estão atuando aí. Se você for acompanhar a Taça São Paulo, você vai na arquibancanda e encontra com eles, eles estão lá. Hoje eles não querem mais jogador de 24 anos, eles querem pegar na base e vem para assistir essas competições. Eles foram até observar o Brasileiro sub-20. Nós temos que saber lidar com isso e sempre que me encontro com empresários eu digo que no Vasco não existe interferências. Comigo vai jogar aquele que estiver melhor e por qual motivo falo isso? Pelo fato do nosso presidente pedir lealdade. Tem muitos que aparecem em jogos do Vasco em São Januário e a gente pede, mas isso vai sempre ocorrer. Em qualquer clube de futebol hoje você vai encontrar isso. É preciso, como disse, saber lidar com isso. Empresário quer ver todo atleta dele em ação, mas não é ele quem escolhe e sim o técnico. Se o atleta não tiver bem, vai jogar outro atleta. São coisas que as pessoas vão falando, dizendo que existe isso de levar dinheiro no clube, mas no Vasco não existe nada disso, porque o nosso presidente nos paga bem. Nunca nenhum profissional da base pediu para sair, pois estão todos satisfeitos. Então, hoje estão fazendo muito folclore com isso. Isso existe, mas tem que saber lidar com isso"

Fonte: Supervasco