Ex-diretor do departamento infanto-juvenil comenta saída de atletas da base do Vasco
Domingo, 24/06/2018 - 07:48
A Base que Sangra

O senhor Carlos Brazil, responsável atual pela base do Vasco e vindo do Flamengo, concedeu esclarecimentos sobre a saída de atletas de destaque, alguns seguindo justamente para o Flamengo. Minimizou as saídas e afirmou que assim como alguns saíram, outros chegaram. Como se a questão se tratasse de mero escambo, não a perda de promessas já em formação.

A respeito do tema, Marcos Geovane, ex-diretor do Infanto-Juvenil na gestão Eurico Miranda, apresentou as seguintes ponderações:

Há uma clara inconsistência nos números divulgados sobre o êxodo de jogadores de nossa base. Acredito que o diretor não está a par sobre o número correto de saídas de atletas, na verdade até o nome de um atleta do sub 11 está errado, não foi um dos citados que saiu, mas sim outro atleta. O número só para o Flamengo passa de 7 atletas, todos com destaques em suas categorias.

Guga Maia, que chegou ao Vasco vindo do Amapá ainda em seu primeiro ano de Fraldinha, e se mantinha como destaque absoluto do Club desde então é muito complicado, projetando futuro, uma perda de ativo considerável, e se a intenção é fomentar a base e os frutos colhidos, não só essa, como todas as outras perdas, são incomensuravelmente lamentáveis.

Em outros momentos sempre houve convites por parte de clubes, não se pode de forma alguma minimizar isso, pois não se tratam de objetos, e sim crianças em formação esportiva. Eu, particularmente lamento as perdas e as considero irrecuperáveis do ponto de vista da formação.

Não aguento ver isso e ficar quieto, estão saqueando a nossa base e esse cara está passando o pano.

A Copa do Mundo, com o destaque absoluto de Phillipe Coutinho, tem demonstrado como a base do Vasco deve ser tratada: formação educacional, humana e desportiva. Estudo, preparação psicológica, física, técnica e nutricional.

Medir a sangria ocorrida em 5 meses como algo corriqueiro agride a estrutura na qual o Vasco aposta historicamente para a formação de seus jogadores. Não é o Vasco que deve se adaptar às metodologias dos profissionais contratados pela atual gestão. São os profissionais que devem se adaptar ao que é o Vasco.


CASACA!

Fonte: Casaca