Riascos não realiza depósito no prazo e contrato é revinculado ao Cruzeiro

Terça-feira, 06/09/2016 - 18:47
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A novela entre o atacante Riascos e o Cruzeiro teve mais um capítulo nesta terça-feira. O prazo concedido ao jogador, por meio de liminar na Justiça do Trabalho, para conseguir a liberação do clube mineiro mediante um depósito em juízo de R$ 3.245.282,75 venceu nessa segunda-feira, e nenhum valor foi depositado. Assim, o colombiano, que ainda não entrou em contato com a Raposa, continua preso ao time mineiro, com quem tem contrato até janeiro de 2018.

Com o dinheiro depositado em conta, o clube teria um dia para liberar o jogador e não pagar multas. Porém, o Cruzeiro informou em contato com a reportagem, por meio do diretor jurídico do clube, Fabiano de Oliveira Costa, que nenhum depósito foi realizado e, por isso, a Raposa entende que a liminar perde efeito. Dessa maneira, a diretoria agora aguarda um contato de Riascos ou a data da audiência, marcada para 2 de maio de 2017 na 27ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte.

Esta é a segunda vez que o atleta deixa escapar a chance de quebrar vínculos com o clube. Quando a liminar saiu, na última semana, o jogador poderia pagar o valor até a última quarta-feira e se transferir para o Adanaspor, clube turco que tinha interesse no colombiano. No entanto, a janela turca fechou na última quarta-feira, e Riascos ficou impossibilitado de sair do Cruzeiro.

Entenda o caso

A situação envolvendo o atacante e o Cruzeiro começou em 17 de julho deste ano, após a derrota por 2 a 0 para o Fluminense, pelo Campeonato Brasileiro. Na saída de campo, em entrevista à rádio Itatiaia, Riascos concedeu uma entrevista polêmica e, logo depois, foi afastado pela diretoria.

Dias depois, Riascos entrou na Justiça, pedindo uma cifra milionária ao clube mineiro, requisitando uma indenização por danos morais e também uma cláusula de compensação, com base em seus salários até o final do contrato, que vai até janeiro de 2018: cerca de R$ 5 milhões. Na petição inicial do atacante, os representantes do atleta pedem a rescisão indireta do contrato com o Cruzeiro, pois o jogador teria uma proposta do exterior. Porém, a mesma não foi comprovada até agora.

Alegando falta de segurança em Belo Horizonte, devido a supostas ameaças e até tiros em sua residência, o jogador não retornou ao Cruzeiro, que entendeu a situação como abandono de posto de trabalho e suspendeu o pagamento de salário do atacante. Os advogados de Riascos declaram que o afastamento foi "imoral e injusto" e que foi realizado com base em um "mal-entendido" nas declarações do atleta.

Entretanto, no mesmo documento, há uma confissão de Riascos das declarações feitas no Rio de Janeiro. O jogador foi multado em 40% do valor do salário de julho. A multa contratual é de R$ 30 milhões. O colombiano não pode atuar mais por outro clube brasileiro na temporada e, por isso, só poderia se transferir para fora do país.

Desde o episódio, Riascos não voltou aos treinos no Cruzeiro e nem entrou em contato com a diretoria da Raposa. No último dia 30, o jogador mandou apenas representantes à primeira audiência, que não teve acordo e foi marcada para o próximo ano.

Fonte: GloboEsporte.com