Árbitro garante que presidente da Federação Catarinense foi apenas cumprimentá-lo: 'Nunca houve qualquer interferência'

Sábado, 17/10/2015 - 10:47
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Na guerra entre os tubarões Eurico Miranda e Delfim de Pádua Peixoto Filho, há uma peixe bem menor no meio: o árbitro Ricardo Marques. Responsável pela arbitragem polêmica na partida entre Vasco e Chapecoense, que colocou em rota de colisão o presidente do Vasco e o presidente da Federação Catarinense de Futebol, o mineiro se defendeu das acusações de que estaria trabalhando nos gramados para beneficiar os clubes de Santa Catarina.

Deu combustível para as reclamações do dirigente vascaíno o fato de Ricardo, na partida entre as duas equipes no primeiro turno do Brasileiro, ter relatado na súmula a visita de Delfim ao vestiário em Chapecó. Procurado pelo Extra para comentar o episódio, Ricardo Marques deu a sua versão do que aconteceu:

- Ele esteve no vestiário em Chapecó, para cumprimentar a arbitragem no início e no término da partida. Foi o que aconteceu e o que foi relatado por mim na súmula, que é o procedimento quando isso acontece. Em momento algum houve qualquer tipo de pressão ou influência. O presidente foi direto, educado, nos deu boa noite, nos desejou bom jogo e nos cumprimentou. Nunca houve qualquer tipo de interferência, conversa para provocar, nada disso. Posso garantir isso, desafio alguma pessoa a trazer algo diferente do que estou dizendo.

Entrou em vigor este ano uma determinação da Comissão de Arbitragem proibindo a entrada de qualquer pessoa não autorizada e alheia ao trabalho do trio de arbitragem no vestiário antes, durante ou depois das partidas, o que incluem dirigentes de clubes e federações estaduais. Caso isso aconteça, o fato precisa ser relatado na súmula pelo árbitro.

Ricardo aproveitou para defender seu desempenho no Maracanã e deu sua versão para os lances polêmicos.

- No lance do Rodrigo, eu percebi que o jogador enrijeceu o braço com a clara intenção de bloquear a bola. Por isso não hesitei em marcar o pênalti. Já no lance do jogador da Chapecoense, ele levanta o braço de forma antinatural, o que é errado, mas a bola, apesar de passar perto, não toca nele - explicou.

O árbitro ainda lamentou ter seu nome envolvido nas reclamações do presidente do Vasco.

- Eu vejo isso com muiita tristeza, foi ilação muito grave. Não existe pressão de presidente de clube, a arbitragem tem total autonomia. Somos pessoas idôneas, queremos o bem do futebol e temos nossa parcela de culpa também, mas cada um tem de assumir a sua responsabildiade, tanto na hora da glória quanto no fracasso - concluiu.

Fonte: Extra Online