Desafetos históricos, Eurico e Petraglia fazem duelo à parte no jogo entre Atlético-PR e Vasco

Sexta-feira, 05/06/2015 - 13:51
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Cultivada a socos, provocação e insultos, Atlético e Vasco viram uma rivalidade enraizar nos bastidores. Desafetos declarados, Mario Celso Petraglia e Eurico Miranda figuram em listas de cartolas polêmicos e têm novo encontro agendado na sexta rodada do Brasileiro, às 22 horas deste sábado (6), na Arena da Baixada.

Presidentes mais emblemáticos da história dos seus clubes é a única comparação aceitável por eles. De resto, qualquer paralelo os faz espernear.

“Eu não permito, não aceito, não me conformo com comparações com dirigentes que nada fizeram, que nada construíram. Muito pelo contrário, destruíram”, disse Petraglia em uma entrevista há uma década à Gazeta do Povo. Nem por isso foi poupado do rótulo de ‘Eurico Miranda das Araucárias’, conferido por jornalistas como Juca Kfouri.

“Ele entende tanto de administração esportiva que veio pegar alguém aqui que foi formado no Vasco, que é o Antônio Lopes. Veio pegar aqui com os imbecis do Rio de Janeiro. Isso é mais uma prova de que ele está e continua como uma grande dor de corno”, definiu Eurico em 2013. “Ele tem de comer ainda muito angu para poder falar de uma instituição como o Vasco da Gama”, acrescentou Eurico.

Apesar das personalidades controversas, ambos voltaram ao poder em circunstâncias parecidas: aclamados pelas torcidas após dirigentes que surgiram como alternativas de gestão terem levado os clubes à Série B – Marcos Malucelli no Furação e Roberto Dinamite no Rio.

A dupla de ‘chefes’ também é refratária a opiniões contrária. Em maio, uma reunião no Conselho Deliberativo rubro-negro terminou em confusão ao serem levantados questionamento sobre a gestão do clube. Coincidentemente na mesma semana, Miranda reconheceu que seu clube vive em uma ‘democrática ditadura’. “Atleta não tem opinião diferente da minha, nem qualquer outro profissional”, avisou.

O último encontro das equipes ajudou a azedar a relação há muito tempo péssima entre os mandatários. Petraglia definiu a barbárie de 2013 em Joinville, provocada pelas torcidas do Vasco e do Atlético, como algo orquestrado para evitar a degola carioca.

A resposta veio com toda a ‘classe’ peculiar ao mandatário vascaíno. “Ele incitou a torcida dele durante toda a semana lembrando do jogo de 2004”, afirmou o dirigente. “Depois tenho de ouvir sandices que esse senhor falou a respeito do futebol carioca e de administração esportiva. De administração esportiva ele não entende nada”, disparou.

A contenda de 2013 remexeu em um balaio de rusgas. Uma das piores aconteceu em 2004, em reunião promovida pelo Clube dos 13 para discutir a divisão das cotas de televisão entre os clubes e que acabou em briga com ambos trocando socos.

Vinte e dois dias depois, Eurico montou uma “recepção” para os rubro-negros em São Januário. Sem escolta suficiente, o ônibus da delegação atleticana foi cercado por vascaínos e chegou a ter o vidro quebrado. Depois, o minúsculo vestiário estava trancado e ainda havia cheiro de tinta fresca. No campo, a derrota por 1 a 0 fez com que o Santos ultrapassasse o Rubro-Negro na classificação.

Na campanha do título brasileiro em 2001, outro entrevero. Com o cartola cruzmaltino invadindo o campo para adiar o início do jogo, alegando o calor carioca. Por causa do racionamento de energia, o jogo seria às 14 horas.



Fonte: Gazeta do Povo