Juninho: 'Estadual serve para dar alegria à torcida, mas não como parâmetro para o Brasileiro'

Sábado, 09/05/2015 - 18:21
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No céu, no inferno ou no purgatório. O Campeonato Brasileiro começa hoje, com 20 clubes brigando por título, vaga na Libertadores e na Sul-Americana. Ou, ainda, para escapar do rebaixamento. Se há equilíbrio entre os candidatos à conquista, é imprevisível também o destino de Flamengo, Fluminense e Vasco, na análise de comentaristas ouvidos pelo Jogo Extra.

— Não consigo escolher um grande favorito — disse Juninho Pernambucano. — Tem muito equilíbrio. O Corinthians é forte em sua arena, mas não há ninguém muito na frente. O treinador que conseguir deixar todo o elenco em condições de jogar terá chance. O Cruzeiro perdeu jogadores importantes.

Além da qualidade dos elencos e de estádios próprios, um fator determinante na briga pelo título pode ser a presença de atletas acima da média, como Robinho, que inicia o torneio no Santos, mas flerta com o Flamengo.

O Rubro-negro e os demais clubes cariocas começam a competição longe da condição de favoritos. Mas também não estão cotados para o rebaixamento, na opinião do ex-jogador Júnior.

— Dos times do Rio, os três estão na mesma posição. Não dá para dizer que vão brigar por título. Devem ir como nos anos anteriores. Agora mais bem estruturados, ao menos tiram aquela ideia de que começam brigando para não cair. Os três podem brigar do meio para cima — aposta.

Para isso acontecer, lembra Juninho, será necessário desempenho máximo e participação do torcedor.

— Flamengo, Vasco e Fluminense têm chance se conseguirem fazer o mando de campo prevalecer. Talvez com uma campanha impecável possam surpreender. Estadual serve para dar alegria à torcida, mas não como parâmetro para o Brasileiro.

De fato, é difícil decifrar o que indicam os estaduais. De 2010 para cá, apenas dois campeões brasileiros haviam conquistado o título de seu estado: Fluminense (2012) e Cruzeiro (2014).

Para Júnior, o maior desafio dos técnicos será manter um bom clima entre os jogadores.

— Harmonizar vaidades é difícil. O maior trabalho é esse, não deixar o ambiente ficar ruim — alertou.

Os candidatos a craques são poucos, e Robinho entra como favorito ao posto, segundo Juninho.

— Se o Robinho continuar com essa alegria de jogar no Brasil, indo para a seleção, se tentar manter o nível de atuações, tem tudo para ser o craque do Brasileiro. Porque talento e poder de decisão ele tem. Mas vejo que o conjunto fará mais a diferença do que as peças — defendeu.

Fonte: Extra Oline