Caetano e Koehler não devem seguir no Vasco, assim como maioria dos jogadores que foram emprestados ao clube

Quarta-feira, 19/11/2014 - 08:33
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Se dentro de campo o Vasco esteve longe de apresentar o futebol encantador na Série B, ao menos fora das quatro linhas a administração em ano de rebaixamento conseguiu evitar que o clube entrasse em colapso financeiro em 2014. No entanto, os executivos que formataram um planejamento a curto prazo para que houvesse condições de voltar à Primeira Divisão estão com os dias contados na gestão de Eurico Miranda.

Na avaliação do grupo do novo presidente, os gestores ditos profissionais são desnecessários e inclusive contribuíram para a atual situação do Vasco. O diretor executivo Rodrigo Caetano e o diretor-geral Cristiano Koehler são carta fora do baralho da nova diretoria, e aguardam apenas um contato formal para deixarem o clube.

Diretor geral do Vasco no período entre o início de 2010 e março de 2011, Cristiano Koehler voltou ao clube no fim de 2013, após novo rebaixamento no Brasileiro. Já Rodrigo Caetano teve sua primeira passagem iniciada justamente no ano da primeira Série B, em 2009, e retornou para a nova missão de recolocar o Vasco na Série A.

Se Koehler foi responsável por equacionar as dívidas para readequar o orçamento a realidade da Segunda Divisão, Caetano teve como meta encontrar jogadores de bom nível que aceitassem condições financeiras aquém dos grandes clubes para que o Vasco fosse campeão. O título da Série B não veio e a equipe desandou, primeiro sob o comando de Adílson Batista, e depois, com Joel Santana como treinador. Contudo, o Vasco termina o ano melhor do que quando começou, e não poderia acontecer nada diferente.

Elenco em situação indefinida

Boa parte dos jogadores que integram o elenco do Vasco não sabe se vai disputar a Série A em 2015 caso se confirme a classificação. A lista dos atletas em fim de contrato em dezembro chega a doze nomes. Mesmo assim, os que ainda possuem vínculo não tem a permanência garantida na gestão do presidente Eurico Miranda. Já há conversas para uma reformulação geral no grupo.

Diego Renan, Carlos César, Douglas Silva, Douglas, Everton Costa, Lucas Crispim, Maxi Rodriguez e Guilherme Biteco terão os empréstimos finalizados e podem ser devolvidos a seus clubes. Os contratos de André Rocha, Fabricio, Pedro Ken e Edmilson também chegam ao fim em dezembro.

Outros jogadores de destaque, como Guiñazú e Kleber, que tem vínculo até junho de 2015, também tem a situação indefinida. O volante ainda não foi procurado para renovar e pode assinar pré-contrato com outra equipe a partir do próximo mês.

Kleber, envolvido em negociação com o Grêmio, que levou Fellippe Bastos, dificilmente retorna ao clube gaúcho, mas pode ser reconduzido a outra equipe. Seu bom relacionamento com o diretor Rodrigo Caetano, responsável por sua contratação, é outro fator que dificulta a permanência no Vasco.

As conversas sobre renovações e contratações serão aceleradas depois do acesso confirmado . Empresários já oferecem jogadores para a nova administração.

Eurico será eleito hoje oficialmente

O Conselho Deliberativo eleito pelos sócios do Vasco na votação indireta da última semana escolhe hoje o novo presidente. Com maioria garantida pelos votos em sua chapa, Eurico Miranda será eleito para comandar o clube pelos próximos três anos, salvo reviravolta improvável.

A reunião protocolar dará início ao processo de transição que já bate à porta. Eurico e sua diretoria administrativa, em fase de construção, assume o clube em primeiro de dezembro, mas os departamentos começam a conversar entre si amanhã.

A prioridade é tomar pé das dívidas do futebol e dos funcionários, como pagamento de salários, impostos e outros débitos em aberto. O clube ainda precisa pagar os salários de outubro, novembro, dezembro e décimo terceiro a todos. Há ainda dívidas com o Centro de Treinamento de Itaguaí.

A nova diretoria tem uma preocupação grande de fazer uma espécie de choque de ordem em São Januário assim que assumir, promovendo a limpeza da sede e finalizando as obras paralisadas. Para tanto, recursos estão sendo levantados e os atuais contratos analisados.

Fonte: Extra Online