Nome de Rodrigo Caetano agrada aos dois grupos políticos do Palmeiras para 2015

Sábado, 18/10/2014 - 13:11
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Palmeirenses e santistas ainda lutam por seus objetivos no Campeonato Brasileiro. Enquanto os alvinegros tentam se aproximar do G-4 e sonham com o título da Copa do Brasil, os alviverdes buscam se afastar cada vez mais do Z-4 do Brasileirão. Apesar das metas bem claras e ainda distantes de serem alcançadas, fora de campo os clubes já começam a pensar e planejar a próxima temporada.

As gestões de Paulo Nobre e Odílio Rodrigues vivem seus últimos dias. No Verdão, a eleição está marcada para o dia 29 de novembro - Nobre tentará a reeleição. Uma semana depois, no dia 6 de dezembro, será a vez dos associados do Peixe escolherem o novo mandatário no clube - Odílio não pode concorrer, pois as reeleições no Peixe são limitadas.

Após reunião do Conselho Deliberativo do Verdão, na última segunda-feira, duas das três chapas foram aprovadas para participar do pleito. Além de Nobre, Wlademir Pescarmona representa a oposição na disputa - Luiz Carlos Granieri não conseguiu atingir a quantidade mínima de votos no órgão.

No clube, o clima eleitoral toma conta do dia a dia dos associados. Como Palmeiras terá a votação direta dos sócios na disputa presidencial pela primeira vez na história, o assunto toma conta dos grupos na sede. Críticas e troca de acusações viraram rotina entre membros da situação, liderada por Nobre e que conta com o apoio de Mustafá Contursi, e oposição, que aposta na aliança de Pescarmona com o ex-presidente Luiz Gonzaga Belluzzo.

Mais afastado da administração do clube desde o início do seu mandato, Paulo Nobre tem sido visto com mais frequência na sede nas últimas semanas. O fôlego conseguido pelo time de Dorival Júnior nas últimas rodadas do Brasileirão permitiu ao dirigente uma atenção maior com a campanha. Já a oposição mantém a postura de apontar os erros da atual gestão, mas se apoia no plano de gestão apresentado para ganhar a confiança dos sócios. O grupo, que terá Belluzzo liderando um grupo de empresários que darão apoio ao novo presidente, já trabalha com nomes para assumir os departamentos de futebol profissional e marketing caso vença a eleição no fim de novembro.

No Santos, os bastidores estão inflamados desde a doída goleada sofrida para o Barcelona, em agosto de 2013. De lá para cá, grupos políticos – especialmente os de oposição – passaram a se manifestar com mais frequência, a ponto de Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro ter o impeachment pedido. Com problemas de saúde, o dirigente se licenciou do comando e, em maio, renunciou à presidência do clube.

As eleições estão marcadas para 6 de dezembro e, até agora, seis candidatos se colocaram na disputa. Dois deles, Fernando Silva (terá o apoio de Laor) e José Carlos Peres (dirigente do G-4 Aliança Paulista) lançaram as candidaturas, e mais três serão apresentados até terça-feira: Nabil Khaznadar (cujo grupo apoia a diretoria), Modesto Roma Júnior (indicado pelo ex-presidente Marcelo Teixeira) e o representante da chapa Terceira Via, que será definido em assembleia. Além deles, Vagner Lombardi, da Associação Resgate Santista, é outro possível concorrente.

Com as eleições monopolizando as atenções nos bastidores, o futebol está no segundo plano, tanto que possíveis reforços para 2015 só serão definidos após o pleito. A renovação de atletas cujos contratos ou empréstimos terminam em dezembro, porém, não será influenciada pelas decisões das urnas – ao menos é o que afirma o superintendente de esportes André Zanotta.

No Verdão, Rodrigo Caetano é visto com o mais provável para ocupar a vaga de José Carlos Brunoro. O nome do dirigente do Vasco agrada aos dois grupos políticos e tem boas chances de desembarcar no clube após o fim do Campeonato Brasileiro da Série B. Mas, o elenco para 2015, com renovações e reforços, só será definido após a eleição.

Neste domingo, às 16h, os times comandados por Dorival Júnior e Enderson Moreira entram em campo no Pacaembu buscando dar um passo importante na reta final do Campeonato Brasileiro. Nos camarotes, porém, os dirigentes de Palmeiras e Santos estarão com a cabeça na agitada vida política dos clubes.

Fonte: GloboEsporte.com