VP de patrimônio Manoel Barbosa explica retirada de assinatura de pedido de suspensão de Eurico

Quinta-feira, 24/07/2014 - 19:02
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Depois de irregularidades na primeira lista apresentada e até de retiradas de nomes, a segunda lista com assinaturas de conselheiros do Vasco foi aprovada pelo presidente do Conselho Deliberativo. Os assinantes pretendem suspender o ex-presidente Eurico Miranda do quadro social do clube por causa da ação de regresso que o clube move contra o atual candidato da chapa “Volta Vasco! Volta Eurico”. Abílio Borges, presidente do Conselho Deliberativo, concedeu 10 dias para o ex-presidente preparar uma defesa sobre o caso.

- Ouvi o Jurídico do Vasco e o José Carlos Osório sobre o caso. Eles disseram que o procedimento é esse. Eurico terá 30 minutos para falar ao Conselho Deliberativo sobre o caso na reunião que vou convocar depois desse prazo de 10 dias – explicou Abílio.

Na primeira lista entregue pelos adversários políticos de Eurico, alguns nomes estavam sem assinatura, o que inviabilizou o pedido. E ainda houve algumas desistências, como do vice de patrimônio Manoel Barbosa e do vice de finanças Jayme Lisboa Alves.

- Assinei o documento, porque me disseram que iam questioná-lo sobre o caso. Mas não era essa a intenção, era cassar o mandato dele como membro nato no Vasco. Não concordei e retirei meu nome. Estamos há seis anos no Vasco, todos falam que Eurico fez isso, fez aquilo, mas ninguém provou nada, ninguém fez nada. Ele estava morto, não existia mais, mas a nossa diretoria deu condição ao Eurico de ressuscitar. A verdade é essa – disse Barbosa, que apóia a candidatura de Eurico.

Na segunda tentativa, foram entregues cerca de 80 assinaturas, que, desta vez, não apresentou problemas. A ação de regresso se refere a um caso do início dos anos 2000, quando o então jogador do Vasco Edmundo foi condenado a quatro anos e meio de prisão em regime semi-aberto. Sete anos antes, ele se envolveu em acidente automobilístico em que três pessoas morreram. Então vice-presidente de futebol do clube, Eurico Miranda, saiu em defesa do jogador e foi à imprensa reagindo aos votos dos desembargadores da 6a Câmara criminal Eduardo Mayr, Erié Sales da Cunha e Maurício da Silva Lintz. Em seguida, os três entraram com processo contra o Vasco e Eurico. O clube acabou pagando em 2009 R$ 1.363.468,47, divididos aos três desembargadores.

Eurico, que faz nova reunião de campanha nesta quinta-feira no clube Caça e Pesca, da Barra da Tijuca, desdenhou recentemente da iniciativa de seus opositores e adversários na corrida para a sucessão presidencial do Vasco.

- Não estou preocupado com isso. É um negócio que é tão político que participam da assinatura alguns pretensos candidatos – disse Eurico na semana passada.

O ex-presidente lembra que as contas daquele época foram aprovadas e nunca houve contestação anterior sobre o clube ter arcado com o pagamento aos desembargadores. Ele ainda recorre na Justiça para não ser obrigado a pagar de volta o que o clube cobra na ação de regresso.

O prazo de 10 dias vai se encerrar na véspera das eleições, que estão marcadas para o dia 6 de agosto. Abílio Borges diz que mesmo que a reunião eventualmente seja realizada depois do pleito não vai haver interferência no processo eleitoral, pois a posse acontece no fim de agosto e a eleição no clube é indireta – ou seja, dia 6 de agosto serão eleitos os conselheiros (120 da chapa vencedora, mais 30 da segunda colocada). Depois, os novos conselheiros e os conselheiros natos escolhem o novo presidente. Caso seja punido pelo Conselho Deliberativo, Eurico se tornaria inelegível, pois os elegíveis têm que ter cinco anos de atividade ininterrupta no quadro social vascaíno.

Fonte: GloboEsporte.com