Basquete: Diretor Francisco Vilanova comenta retorno do time adulto do Vasco, que ganha incentivo até de rivais

Quinta-feira, 22/05/2014 - 23:32
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A grana ainda é curta, mas o desejo de voltar a ter um time de basquete era antigo e falou muito mais alto do que o aspecto financeiro. Com um orçamento enxuto e um time modesto comparado à equipe bicampeã brasileira e da Liga Sul-Americana, que fez história entre o final dos anos 90 e o início dos anos 2000, sob o comando do técnico Hélio Rubens, o Vasco da Gama confirmou seu retorno às quadras nesta semana. E a estreia já tem data, adversário e horário definidos: será na próxima segunda-feira, contra o Botafogo, às 20h30, no Ginásio do Mourisco, pelo Cariocão, campeonato organizado pela Fedaração de Basquete do Rio de Janeiro.

Além de Vasco e Botafogo, Macaé, Jequiá, equipe tradicional nas categorias de base do Rio de Janeiro, e a UFRJ estão confirmadas na competição. Envolvido com as finais do NBB, o Flamengo não disputará o torneio preparatório para o Campeonato Estadual, que após sete anos marcará o reencontro dos dois arquirrivais nas quadras.

Além das duas competições regionais, o objetivo do clube é disputar a Liga Ouro, competição classificatória para o NBB, já na próxima temporada. Mas o único obstáculo que ameaça atrapalhar os planos da atual diretoria do vascaína está dentro de São Januário.

- Tivemos uma conversa com o Roberto Dinamite, levamos um projeto até ele e, dentro do possível, ele se colocou à disposição de nos ajudar. Todos sabem que a situação financeira do clube é difícil, mas estamos conseguindo alguns colaboradores que estão nos ajudando como podem. O basquete sempre foi o segundo esporte do Vasco, e queremos resgatar aquele timaço do final dos anos 90. O problema é que teremos um processo eleitoral pela frente e não sabemos o que vai acontecer. Mas estamos otimistas porque sabemos que o Eurico, caso seja eleito, quer montar um time forte novamente e pessoas ligadas ao Roberto Monteiro, que é outro candidato confirmado, também têm interesse de resgatar o basquete do clube - afirmou Francisco Vilanova, diretor de basquete do clube e um dos idealizadores do projeto.

Alheio ao lado político, o técnico Christiano Pereira já arregaçou as mangas e começou a trabalhar. Prata da casa, o ex-jogador foi o principal responsável pela montagem da equipe, que terá nomes como Ricardinho, com passagens pelos quatro grande do Rio; Bruninho, bicampeão do NBB pelo Brasília; Marcellus, ex-Flamengo e Tijuca; Diego, ex-Joinville e Flamengo, além dos "garotos" Pietro, formado nas categorias de base do Fluminense e que estava jogando nos EUA, Jonhys, prata da casa vascaína, e Bernardo, que veio do Botafogo.

- A ideia é que o Vasco volte a ter uma equipe adulta de basquete. Nosso problema é que no meio disso tudo teremos uma eleição. Claro que nosso objetivo é entrar no NBB, mas não disputamos nada desde a temporada 2005/2006, quando eu mesmo era o treinador, e temos que pensar passo a passo. Como o regulamento não permite que nenhuma equipe utilize jogadores que atuaram no NBB, acho que montamos uma equipe competitiva para a realidade financeira atual do Vasco - explicou o treinador vascaíno.

A quatro dias da estreia, Cristiano sabe que terá pouco tempo para montar a equipe e, principalmente, recuperar a forma de jogadores que estavam muito tempo sem jogar. Além dos sete jogadores que se apresentaram e fizeram o primeiro treino na quarta-feira, o técnico vascaíno ainda poderá ter o reforço de Rodrigo Bahia, experiente pivô com passagens por Flamengo e Franca e que disputou o NBB 5 pelo Tijuca.

- Fechamos também com o Maicon hoje (quinta-feira) e estamos aguardando uma resposta do Rodrigo Bahia, que está treinando com a seleção brasileira militar e ainda depende de sua liberação para assinar com a gente - explicou Francisco Vilanova.

Não são apenas os vascaínos que veem com bons olhos o retorno do clube de São Januário ao basquete profissional. O ala Marcelinho, do Flamengo, vibrou com a notícia e a possibilidade de voltar a enfrentar o rival.

- Acho legal demais esse retorno. Quanto mais times de camisa, melhor. O Campeonato Carioca não pode ter apenas três equipes disputando, e o Flamengo como único grande do Rio de Janeiro. Temos que voltar a ter os quatro grandes no Estadual e nos playoffs do Brasileiro como acontecia nos início dos anos 2000 - disse Marcelinho.

Fonte: GloboEsporte.com