Adilson: 'São só 15 jogos, mais os dois da semifinal, e estamos disputando uma final. Não é tão simples assim'

Sábado, 12/04/2014 - 14:07
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O cenário para 2014 era ao mesmo tempo sombrio e desafiador. Com o rebaixamento para a Série B, o Vasco encarou uma reformulação que só não foi maior do que a da época da primeira tragédia no campo. Crise financeira, caras novas - algumas pouco conhecidas - para todos os setores e um torcedor amargurado esperavam Adilson Batista, que decidiu renovar seu contrato e acreditar no projeto do zero. Pouco mais de três meses após iniciar a trabalhosa reconstrução, uma vitória separa o clube do título do Campeonato Carioca, neste domingo, às 16h, no Maracanã.

O próprio treinador confessa que tinha em mente dificuldades ainda maiores. A campanha até conquistar o direto de enfrentar o Flamengo na decisão não foi perfeita. Derrota para um time pequeno - a Cabofriense -, empates sob vaias e atletas contestados mantiveram a desconfiança dos cruz-maltinos. Mas a organização tática e a aplicação obtidas são frutos de orgulho. Tanto que o Vasco, se não chega como favorito destacado, também está longe de ser surpresa.

Segundo Adilson, o que espanta foi a assimilação com o curto tempo para a preparação - física e técnica. E aproveitou para clamar por respeito ao calendário em meio à celebração pela fase.

- Não é normal (a recuperação), com certeza. Se considerarmos que foram oito dias de trabalho, principalmente. Foi na convivência diária, no papo e na dedicação que chegamos aonde queríamos. São só 15 jogos, mais os dois da semifinal, e estamos disputando uma final. Não é tão simples assim. Não quero ficar defendendo a classe, mas é preciso um tempo maior para trabalhar. Assim é muito difícil. Sempre planejei os objetivos, desde o ano passado, mas só agora estamos podendo conquistar um deles - disse.

A expectativa é grande para tirar o Vasco da fila de 11 anos no Rio de Janeiro. Porém, ao falar sobre a satisfação, Adilson mostra que não se contenta apenas com uma meta.

- Para todos nós, profissionais, pela rivalidade, é importante por ser um novo trabalho com novos jogadores e já atingindo um resultado. Temos o objeto lá na frente de voltar à Série A, que é o principal, de ganhar a Copa do Brasil, mas já estamos buscando um título com boas chances. Então é claro que é um momento importante para quem participa deste trabalho.

Fonte: GloboEsporte.com