Basquete: Nenê, Helinho, Demétrius e Alexey relembram final do Mundial entre Vasco e San Antonio Spurs, em 1999

Domingo, 13/10/2013 - 11:04
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Jogando hoje entre os astros da NBA, Nenê já teve seus tempos de fã. Foi justamente em outubro de 1999, quando tinha 16 anos, que o hoje pivô do Wizards viu a mais importante partida do Vasco, seu primeiro time no basquete, contra o San Antonio Spurs, na final do Mundial Interclubes, em Milão.

— Aquele time era uma seleção. Tinha Vargas, Charles Byrd, Rogério, Sandro, Helinho, Demétrius... Todo mundo fez história. E eu só queria jogar com eles — lembra Nenê, que seis meses depois chegou ao Vasco, na filial em Barueri.

O jogo de 14 anos atrás entrou para a história por ser o primeiro duelo entre um time sul-americano e outro da NBA. Mesmo perdendo de 103 a 68, o Vasco comemorou como se tivesse conquistado o título.

— A torcida recebeu a gente com festa no aeroporto. Todo mundo considerava o Vasco campeão mundial, porque aquele jogo contra o San Antonio não contava — relata o ex-ala Alexey.

O Vasco estreou com vitória no McDonald’s Championship, nome oficial do torneio contra o Adelaide 36ers, campeão da Oceania. No dia seguinte, venceu na prorrogação o Zalgiris Kaunas, da Lituânia, campeão da Euroliga.

— Para nós, essa semifinal foi a decisão do título. Naquela época, não havia chance de um time da Fiba ganhar de um da NBA. E sempre os europeus chegavam à final. Então, jogamos a final com um ar de admiração. O Spurs tinha acabado de conquistar a NBA, com as duas torres, que eram o Tim Duncan e David Robinson — recorda o armador Helinho, hoje no Uberlândia (MG). Armador na ocasião, Demétrius lembra o desafio de encarar um time da NBA:

— Ninguém imaginava que chegaríamos à final, e até o terceiro quarto nós jogamos de igual para igual contra o Spurs. Foi difícil aguentar a pressão, era um time fisicamente muito forte. Nos sentimos campeões porque, fora a NBA, nós éramos os melhores.

Alexey lembra que o Vasco não podia ficar no mesmo espaço dos jogadores dos outros time no hotel:

— Era um salão separado, e o contato era só no ginásio, na hora do jogo. A gente era o “patinho feio”.

Fonte: O Globo