Dorival tem passado ligado a clubes de Santa Catarina como jogador e técnico

Sábado, 12/10/2013 - 08:17
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Embora seja natural de Araraquara (SP), há quem pense que Dorival Júnior é catarinense. Também pudera, há exatos 28 anos, sua história de vida tem fortes laços com a região, o que faz, mais do que ninguém, se sentir em casa nestes dias em que o Vasco faz de Florianópolis (SC) o seu lar.

Hoje treinador, Dorival começou a trilhar seus passos em Santa Catarina em 1985, como jogador. O ex-volante, que era conhecido apenas como Júnior, chegou ao Avaí naquele ano e, apresentando boa técnica para a posição, logo despontou como um dos destaques da equipe, que posteriormente se sagraria campeã da Copa Governador do Estado e vice estadual. Em alta, foi transferido para o Joinville, onde acabou conquistando o Campeonato Catarinense de 1987.

– Foi um período importante. A partir daí minha carreira começou a deslanchar – se recorda o comandante vascaíno.

Após pendurar as chuteiras, Dorival Júnior investiu na carreira de treinador e, novamente, Santa Catarina entrou em seu caminho. O Figueirense foi quem lhe concedeu a primeira oportunidade. O técnico, então, mostrou ao que veio, sendo campeão estadual em 2004.

Este período, aliás, serviu também para tomar a decisão que firmou de vez o laço de afeto com a região: fazer de Florianópolis seu lar.

– Eu sempre gostei daqui. Desde a minha primeira passagem, em 85, eu dizia que, um dia, iria voltar para morar em Florianópolis. Em 2003, me mudei em definitivo. Sou paulista, natural de Araraquara, mas já estou aqui há mais de dez anos e estou muito contente – destacou o treinador.

Carinho pelo Figueirense

Embora o período como jogador tenha sido marcante no Avaí e no Joinville, o técnico Dorival Júnior também tem muito carinho pelo Figueirense. Foi no Alvinegro catarinese que ele demostrou seu trabalho como treinador para o cenário nacional pela primeira vez.

Em 2003, quando chegou, conquistou uma vaga para a Copa Sul-Americana. No ano seguinte, conquistou o campeonato estadual, revelando uma série de jogadores.

– O Figueirense foi meu primeiro clube como treinador e foi muito importante na minha carreira. Após o título estadual, iniciamos muito bem o Brasileiro. Chegamos a liderá-lo. A equipe fez uma bela campanha e revelamos vários jogadores como André Santos (Flamengo), Filipe Luís (Atlético de Madrid), Carlos Alberto (Joinville, ex-Corinthians) – destacou.

Após a temporada de 2004 no Figueirense, Dorival Júnior se transferiu para o Fortaleza. A partir dali, sua carreira teve uma sequência e seu serviços foram contratados por uma série de clubes

'O futebol catarinense faz parte da minha vida'

Hoje já um técnico reconhecido e respeitado no futebol brasileiro, Dorival Júnior faz questão de destacar a importância que suas passagens pelos clubes de Santa Catarina tiveram para sua carreira de jogador e treinador:

– O futebol catarinense, de um modo geral, fez parte da minha vida.

Um dos que mais contestam o calendário nacional, o comandante só lamenta o fato de, por conta dos compromissos, não poder curtir tanto a cidade que escolheu para morar e os velhos amigos do tempo de jogador de futebol.

– Eu só tenho dez dias de férias. Fica difícil. O futebol, ao mesmo tempo que aproxima, te afasta muito das pessoas – disse.

Com a palavra

Décio Antônio
Ex-companheiro de Dorival Júnior no período de Avaí, na década de 80

"Chegamos a dividir apartamento aqui"

"Dorival foi um bom jogador de futebol e tinha um ótimo caráter. Chegamos a dividir um apartamento juntos quando éramos solteiros. Jogamos mais de um ano no Avaí. Fizemos uma bela campanha em 1985 e fomos vice-campeões estaduais.

Ele era um líder dentro de campo. Nos dávamos muito bem. Ele sempre teve uma simplicidade grande e ficava fácil de conviver. Ele estava sempre incentivando o grupo. É uma pessoa fora de série.

O Júnior (como era chamado na época de jogador) já demonstrava, naquela época, essas características que ele tem hoje, por isso ele venceu na vida e na profissão.

Ele foi atrás do que queria e, pela liderança, teve facilidade e condições para ter essa ótima carreira que construiu.

Hoje em dia temos mais contato somente no fim do ano, quando ele vem aqui para Florianópolis e, de vez em quando, nos encontramos e jogamos bola. Como sempre foi um jogador muito técnico, não desaprendeu a jogar. Continue jogando muito bem (risos)."

Dorival Júnior em clássico contra o Figueirense na década de 80


Agachados: Dorival (segundo da direita p/ esq.) e Décio (centro)


Fonte: Lancenet