Marlone eleito um dos melhores meias da rodada pelo GloboEsporte.com

Sexta-feira, 06/09/2013 - 13:54

Já estava ótimo para um jovem de 21 anos estrear no Botafogo fazendo um belo gol de cabeça, no Maracanã. Já chamaria a atenção de todos. Mas o que Hyuri fez aos 4 minutos do segundo tempo foi de cair o queixo. Com um golaço que encantou a torcida, deu até para esquecer a saudade de Vitinho, craque da rodada #14, que se transferiu para o CSKA, da Rússia.

Praticamente em cima da linha lateral direita, Bolívar tocou a bola para trás sem imaginar o que aconteceria a seguir. Hyuri deu um toquinho à frente e deixou para trás Chico e o ex-botafoguense Vitor Júnior. Deu uma pedalada e passou por Diogo Goiano, fez que ia para cima de Luccas Claro, mas deu um rolinho e o evitou. Voltou para cima de Chico, o driblou também, e voltou a passar por Diogo Goiano - primeiro o evitou, depois o depois deixou para trás com outro rolinho enquanto girava o corpo. Ficou apenas com o goleiro Vanderlei à sua frente e o venceu com um chute firme, cruzado, no canto esquerdo. Um golaço na estreia de Hyuri, que foi literalmente para a galera, para ser abraçado pela torcida.

O gol alçou o estreante à condição de craque da 18ª rodada do Brasileirão, deixando para trás jogadores experientes como Ronaldinho Gaúcho, que fez dois golaços de falta contra o Fluminense, e os atacantes Hernane, do Flamengo, e Walter, do Goiás, também com dois gols marcados na rodada e nota 8,0.

Vale lembrar que a seleção do campeonato é montada após a apuração das médias de todos os jogadores que disputaram mais de 40% dos jogos no Brasileirão - 16 partidas ao fim do torneio. Os autores das notas de todas as partidas da competição são sempre os comentaristas do SporTV e jornalistas do GLOBOESPORTE.COM. O Troféu Armando Nogueira não tem relação com o Cartola FC.



GOLEIRO

Um chute à queima-roupa de Barcos, do Grêmio, quando a partida estava ainda 1 a 0 para o Goiás, e o goleiro Renan deu sem dúvida sua maior colaboração para consolidar a vitória e a conquista dos três pontos no Serra Dourada. Não que tenha sido a única. Esticou a perna direita e com muito reflexo impediu que a bola entrasse. Voltou a fazer outra boa defesa aos 29 minutos do segundo tempo, espalmando bonito uma finalização de Kleber.

LATERAL DIREITO

Luis Ricardo, da Portuguesa, se destacou defensivamente no primeiro tempo, quando foi mais rígido na marcação, roubando quatro vezes a bola de adversários e cometendo duas faltas. No segundo tempo, foi mais ao ataque e conquistou definitivamente sua presença na seleção com um drible espetacular de calcanhar entre as pernas do lateral esquerdo Uendel. A jogada acabou eleita como o melhor drible da rodada. Pela atuação, levou nota 7,0 e deixou para trás as atuações 6,5 de Léo, do Atlético-PR, Sueliton, do Criciúma, e Fagner, do Vasco.

ZAGUEIROS

Dória, do Botafogo, recebeu nota 7,5 por impor muita velocidade na vitória sobre o Coritiba em casa. Brilhou principalmente por alguns motivos: roubou três bolas de adversários, não cometeu qualquer falta enfrentando o competitivo time do Coxa e ainda fez o lançamento que resultou no segundo gol do Fogão. Divide a zaga com Dedé, que foi a Salvador com o Cruzeiro e se impôs em campo em um duelo bem particular com Fernandão. Além de tomar conta de sua área, ainda foi ao ataque escorar um cruzamento para que saísse o terceiro gol sobre o Bahia, conquistando uma nota 7,0 mesmo jogando fora de casa. Valdomiro, da Portuguesa, Gum, do Fluminense, Luiz Alberto, do Atlético-PR, Juan, do Internacional, Paulo André, do Corinthians, e Ernando, do Goiás, chegaram perto da seleção, com atuações nota 6,5.

LATERAL ESQUERDO

Marlon conquistou seu lugar na seleção por colocar muita correria sobre a defesa do São Paulo e despertar tanta preocupação que acabou sofrendo o pênalti que abriu caminho para a vitória do Criciúma. Conquistou uma nota 7,0 e superou Emerson, do Santos, Fabrício, do Internacional, e Júlio César, do Botafogo, todos com notas 6,5.

VOLANTE

Ygor, do Internacional, conquistou sua vaga com discrição. Fechou com técnica o meio-campo, não dando espaço para os jogadores do Corinthians. E isso fazendo apenas duas faltas na partida. Levou nota 7,0, a mesma de outros jogadores da posição, como Rafinha, do Fluminense, que esteve cotado para a seleção da rodada até o último minuto, mas no momento de decidir quem ficava, pesou contra ele ter cometido sete faltas em jogadores do Atlético-MG.

MEIAS

Ninguém espera mais aquela explosão muscular que o tornou o melhor do mundo, mas a cada bola parada somos obrigados a parar para ver o que Ronaldinho vai conseguir fazer. Seja um escanteio (ou dois ou três) em que ele coloca a bola com cuidado na segunda trave para a entrada de Leonardo Silva ou de algum outro companheiro, seja em uma falta direta, que aí se torna um duelo muitas vezes desigual com qualquer goleiro. Em todo o Brasileirão, a média de Ronaldinho é acertar o gol uma vez a cada duas faltas diretas cobradas. Contra o Fluminense ele foi cruel e fez logo dois golaços. Até Diego Cavalieri parou para ver. Nota 8,0. A seleção ficou bastante ofensiva, com a outra vaga no meio-campo sendo ocupada por Marlone, que teve uma atuação discreta no primeiro tempo, mas fez logo dois gols contra o Náutico no segundo, levando nota 7,5. Com os dois gols, deixou para trás D´Alessandro, do Internacional, e Wagner, do Fluminense, que tiveram a mesma nota do vascaíno.

ATACANTES

A bola veio quicando do meio-campo e Bressan já foi mostrando a sola da chuteira para se garantir no que parecia que ia ser uma dividida com o grandalhão Walter, mas não foi o suficiente para intimidar o adversário. Aos 25 minutos do segundo tempo, o artilheiro do Goiás chegou primeiro e com um toquinho deu um chapelaço no zagueiro, sincronizou o corpo com o tempo da bola e de primeira acertou um chutaço no canto esquerdo, sem chance para o goleiro Dida, que já havia lhe dado um presentaço no primeiro gol da vitória por 2 a 0 do esmeraldinho sobre o Grêmio. Incrivelmente, Walter já tinha tentado algo muito parecido aos 11 minutos do primeiro tempo, na primeira boa chance da partida. Lançamento da intermediária defensiva e com o peito Walter deu um chapéu incrível em Bressan, que ficou na saudade. Só que no momento de concluir o lance, o goleador mandou a bola para o alto, longe do gol. Nota 8,0 pelos dois chapéus, dois gols e o bônus de sua presença ter amolecido a conhecida frieza de Dida, que errou feio no lance do primeiro gol. Tem de ser muito artilheiro para preocupar o goleiro gremista a esse ponto. Ao lado dele no ataque, com a mesma nota, Hernane, do Flamengo, também com dois gols, que garantiram os três pontos contra o Vitória. Ainda assim, a dupla acabou sendo superada por Hyuri, o craque da rodada.

Fonte: Sportv.com