Tenorio diz que torce por André e afirma: 'O torcedor já pagou para ver o Tenório, mas agora quem tem que pagar para o torcedor sou eu'

Terça-feira, 28/05/2013 - 01:30

O programa Só dá Vasco fez na última segunda-feira (27/05) uma entrevista exclusiva com o atacante Carlos Tenório. O camisa 11 aproveitou a oportunidade para falar sobre vários assuntos relacionados ao Vasco da Gama: Torcida, chegada de André, Brasileirão, Paulo Autuori e união do grupo.

Confira a transcrição da entrevista:

MC CHARLES: Eu te admiro muito. Em off, já falei várias vezes que admiro você. Conheço a sua pessoa e admiro o seu futebol. Tanto que fiz a música porque acredito em você. Eu acredito que esse ano é seu e você não terá problemas de contusões. Espero que você tenha um 2013 muito feliz. Você espera fazer muitos gols?

Tenório: "Eu agradeço a todos do programa e pela confiança no nosso elenco. Um abraço especial a você, Charles. Temos uma parceria boa. Estamos misturando vários jogadores, jovens e experientes. O Paulo Autuori sabe muito bem o que faz. Estamos fazendo o melhor e queremos dar alegrias ao torcedor. Confiem na gente, que se Deus quiser, vai ter muita coisa boa pra gente. Eu fico sem palavra de falar com vocês. Da mesma forma que você(MC Charles) gosta do meu futebol, eu admiro o seu talento. Você é uma pessoa que eu gosto muito. Você tem muitas coisas em comum comigo. Eu me cobro muito porque ano passado sofri muitas lesões que me impediram que o desenvolvimento fosse melhor no Vasco. Mas hoje com muita dedicação consegui fazer isso, ainda mais com o apoio de todos os vascaínos e companheiros de time. Estou me sentindo muito bem. Fico feliz em estar no Vasco. Se eu fosse sair, seria para um time fora do país. Eu gosto muito daqui e gosto de respeitar a instituição na qual eu trabalho. A mentalidade que estou pensando, é a mentalidade dos companheiros no club. Todo mundo luta para dar alegria pra todo mundo. O nosso trabalho é o que sustenta nossa família. A entrega, a dedicação dentro de campo tem que ser grande dentro de campo. A gente não se prepara para enfrentar a Portuguesa, São Paulo e Atlético-MG de jeitos diferentes. Nós buscamos para estar lá em cima. Trabalhamos para estar no topo. Todo mundo está fortalecido. Podem ter certeza que o time vai ter muita disposição durante todos os jogos do Brasileirão. E os torcedores estão de parabéns por fazerem a festa no jogo contra a Portuguesa. Fiquei muito feliz".

Você disse bem da presença da torcida contra a Portuguesa, no sábado. Qual é a importância da torcida pra você?

"Eu quero falar uma coisa como falei. O torcedor vascaíno está de parabéns. Eu sempre falo, quem é torcedor de um time e torcedor porque sempre de coração. Eu acho que do jeito que foram no estádio no sábado, isso é uma forma de mostrar carinho e apoio ao time. Se for pra vaiar, tem que vaiar depois que o jogo acaba. Se não, fica difícil pra gente. Digo mais uma vez, o torcedor está de parabéns. Ficaram do nosso lado. E foi um jogo muito complicado porque a Portuguesa é um bom time. Aqui, quem coloca o jogador dentro de campo é o professor, mas dentro ou fora, sempre vou ajudar o time. Estou com muita vontade enorme, parecendo uma criança. Quero agradecer ao Vasco por ter me dado essa oportunidade. Tudo que não fiz ano passado, quero fazer esse ano. Espero a ajuda de todo mundo. De todos os companheiros também, pois não jogo sozinho. Eu sou vascaíno também e gosto muito desse time e por isso estou aqui.

Como você vê a chegada do André e como avalia os seus companheiros de ataque?

"Olha, eu já tive a oportunidade de conversar com o André no vestiário. Estou muito feliz, um abraço nele. Do mesmo jeito que vou torcer para o André se dar bem, torço para o Edmilson, Thiaguinho, Éder Luís e para todos que estão dentro de campo vestindo a nossa camisa. Esse é um esporte coletivo e temos que manter esse pensamento. Quem vai decidir quem joga é o professor, mas é importante que o atacante que jogar faça um belo trabalho. Isso não quer dizer que um é pior que o outro, somos um time. É importante todos estarem preparados. O André e o Edmilson são dois caras muito experiente. Se a gente for pensar por esse lado, o Vasco irá ter muitas soluções. Tanto para quem entra, quanto pra quem sai. Então é importante pensar na parte coletiva primeiro, a parte individual é pessoal. E o Vasco tem que pensar na parte coletiva. Todo mundo tem que ter um só objetivo: Colocar o Vasco lá em cima. Então qualquer jogador que vier, terá que ter esse pensamento".

Você chegou em 2012. Teve muitos problemas de lesões, problema que afastou você da Libertadores e depois voltou até bem. E em 2013, tivemos uma saída grande de jogadores e estávamos e estamos em uma situação complicada do Vasco financeiramente. O que fez você permanecer no time?

"Vou te falar. Eu sou um cara que em toda a minha carreira, a primeira coisa que sempre coloquei de frente foi a minha dignidade e a tranquilidade da minha família. O ano que cheguei aqui, me machuquei. Independente da parte financeira. Mesmo estando machucado, o Vasco me deu todo o suporte e uma moral, sempre tendo apoio da torcida. O torcedor já pagou para ver o Tenório, mas agora quem tem que pagar para o torcedor sou eu. Pois quero sair do Vasco pela porta que entrei, pela porta principal. Vou brigar sempre até o último segundo para fazer gol e ajudar meu time. O Vasco me apoiou em um momento difícil, por isso decidi ficar aqui. Eu estou aqui por agradecimento a todos os vascaínos. Pois no momento mais difícil, estiveram do meu lado para me apoiar"

Como você viu a chegada do Paulo Autuori?

"Eu já tinha conhecido ele. Não chegamos a trabalhar no mesmo time, mas já enfrentei ele. Nunca vi ninguém que trabalhou com ele falar mal dele. Eu tenho a oportunidade de trabalhar com ele, tenho que aproveitar todo esse tempo e toda a experiência dele, do Ricardo Gomes também que está sempre junto com a gente. Agora é o momento que precisamos tirar coisas boas dele. Já tivemos outros treinadores experientes também. Todos que estão ali tem capacidade de jogar no Vasco. Tem que se sentir sempre ganhador, nunca perdedor. Tem time melhor do que o Vasco? Tem. Mas dentro de campo, a história é outra. Podemos fazer a diferença. Estamos tranquilos e confiantes. O jogador tranquilo e focado mentalmente ganha tudo pela frente. A nossa mentalidade é essa. Tem caras que confiam e tem caras que não confiam, mas o nosso grupo confia. Trabalhamos todo o dia com a mesma seriedade. Apoiem a gente!"

Qual é a sensação de estar jogando pelo Brasileiro e marcando um belo gol na estreia do campeonato?

"Não fico feliz pelo gol. É bom para um atacante. O mais importante é começar o campeonato com o pé direito, com vitória. A ansiedade de jogar é muito boa. Quando o professor quiser a minha presença, estarei ali. Mas não fico falando que sou titular do time. Eu trabalho para quando o professor precisar de mim, eu estar ali a disposição. Isso é bom. Na verdade, minha felicidade é maior por isso. Comecei no time diferente do ano passado. Isso pra mim é uma felicidade muito grande. Independente do gol".

Fonte: Só Dá Vasco/Supervasco