Futevôlei de Felipe causa revolta em dirigentes do Vasco

Terça-feira, 11/09/2012 - 09:59

Para Felipe, jogar futevôlei é rotina. Mas o momento de diversão no último domingo foi visto por alguns dirigentes do Vasco como algo de extrema gravidade, já que ele havia sido vetado da partida contra o Bahia por causa de dores no joelho esquerdo. Segundo integrantes do departamento de futebol cruz-maltino, o episódio é mais um de alguns que, de acordo com a visão interna, são uma afronta do meia ao comando do futebol.

Felipe nunca escondeu sua insatisfação com a falta de oportunidades na equipe titular do Vasco. O comportamento do jogador estaria, segundo a visão interna, prejudicando o bom ambiente do elenco, que sempre conseguiu manter-se coeso apesar das muitas dificuldades, principalmente as de ordem financeira. Com a saída do técnico Cristóvão Borges, entretanto, o meia pode encontrar nova motivação para buscar novamente o seu espaço.

O episódio do futevôlei foi minimizado pelo departamento médico do Vasco. Mas foi encarado com maior gravidade por parte da diretoria, principalmente depois de Felipe ter conversado com Roberto Dinamite na última quinta-feira. Na reunião com o presidente, o meia teria reforçado seu comprometimento com o clube e prometido empenho para colaborar com sua experiência. Três dias depois, o jogador foi flagrado numa atitude encarada por muitos em São Januário como um desafio aos seus superiores.

No fim do ano passado, Felipe recebeu uma proposta para voltar ao Qatar, onde jogou por cinco anos e fez sucesso. Mas Roberto Dinamite decidiu mantê-lo em São Januário e, de quebra, estender seu contrato até o fim de 2013. A decisão do presidente foi tomada contra a vontade de alguns integrantes do departamento de futebol.

Em julho, no auge de sua insatisfação no Vasco – quando vinha atuando como lateral-esquerdo contra a sua vontade –, Felipe se reuniu com Zinho, diretor de futebol do Flamengo, e recebeu uma proposta de R$ 460 mil mensais de salário. No entanto, sua saída foi vetada pela diretoria vascaína, que já sofrera as perdas de Allan, Romulo, Fagner e Diego Souza.

Alguns dias depois, Felipe foi a público negar ter recebido proposta do Flamengo – embora o técnico Cristóvão Borges tivesse admitido que o meia poderia sair – e garantiu o desejo de encerrar a carreira de São Januário. Logo em seguida, entrou em campo para enfrentar o Botafogo, fez sua sétima partida no Campeonato Brasileiro e encerrou a possibilidade de defender qualquer outra equipe da Série A.

Desde o jogo contra o Botafogo, Felipe disputou seis das 11 partidas da equipe no Campeonato Brasileiro. Das cinco ausências, quatro foram por lesão e uma por suspensão. O meia participou de 13 dos 23 jogos do Vasco em toda a competição. Mas em São Januário, o que se exige de Felipe nem é tanto o corpo, mas principalmente a alma.

Fonte: GloboEsporte.com