Alecsandro: 'Se tivesse receita, todo mundo seria artilheiro'

Quinta-feira, 10/05/2012 - 13:39

A revista ESPN de maio chega às bancas de São Paulo e Rio de Janeiro nesta quinta-feira, dia 10, e nas do restante do país na sexta, dia 11, celebrando o que de melhor há no futebol: o gol. E para isso, foi atrás de quem melhor entende da coisa, os artilheiros, do passado e do presente, para desvendar os segredos de se ir às redes. O Campeonato Brasileiro receberá, para sua 42ª edição, uma boa safra de camisas 9 clássicos.

A competição terá Fred, que disputou a Copa de 2006, e ainda Luís Fabiano, o “português” Liedson e o uruguaio Loco Abreu, todos com o Mundial de 2010 no currículo. Terá ainda o provável titular da seleção em 2014. Leandro Damião é quem aparece com mais chances, mas um bom Nacional pode fazer Mano se lembrar de Vágner Love. Ou de Luís Fabiano e Fred, que sonham com a volta.

A ESPN conversou com 19 artilheiros que estarão presentes no Brasileiro, além de especialistas como Roberto Dinamite, Serginho Chulapa, Dadá Maravilha e Careca. Procuramos a receita do artilheiro. E o que resume essa receita? A lista é vasta. Tranquilidade em campo. Tranquilidade no dia a dia. Confiança para enfrentar jejum. Entrosamento com companheiros. Saber onde a bola vai chegar. Boa formação na base. Posicionamento. Calma. Atenção aos rebotes. Boa forma física. Descanso entre jogos... Ou, então, tudo é apenas uma questão de dom.

"Se tivesse receita, todo mundo seria artilheiro", diz Alecsandro, do Vasco. Tem receita, sim, garante Dario José dos Santos, o Dadá Maravilha, com a confiança de quem foi, por três vezes, artilheiro do Brasileiro: 1971 e 1972, pelo Atlético-MG, e 1976, pelo Internacional. Com 596 gols na carreira, Dario não admite dúvidas sobre sua eficiência. “Depois do Pelé, eu fui o segundo dentro da área. Naquele espaço ali, só ele foi melhor do que eu. Se você duvidar, eu processo.”

Hernán Barcos, do Palmeiras, também fez sua análise. “Olha, o tempo de decidir é curtíssimo, menos de um segundo. Você tem de saber se vai um bico ou uma chapa. Se estiver com problemas na cabeça, piora muito.”

Antônio Oliveira Júnior, o Careca, campeão brasileiro e artilheiro em 1986 pelo São Paulo, e autor de 439 gols na carreira, não gosta de ouvir atacante dizer que é fraco em algum fundamento.

“Centroavante não pode errar. Tem poucas chances no jogo e de três tem de converter uma", sentencia.

Fred, Luis Fabiano, Love, Damião, de olho na Copa do Mundo de 2014

A Copa do Mundo está aí, em 2014. E ser o artilheiro neste ano pode ser um bom passo para Vágner Love. E Fred e Luís Fabiano, que já estiveram lá. E para Leandro Damião, o atual camisa 9 de Mano Menezes. Os quatro gostam de ser chamados de centroavantes, sabem que estão ali para fazer gols, mas fazem questão de ressaltar que também são jogadores técnicos.

"Eu tento mesclar as duas coisas. Trabalho muito para aprimorar a parte técnica, já que o atacante é muito exigido nesse aspecto. A parte do oportunismo é natural. Gosto, também, de usar meu porte físico para ganhar divididas dentro da área, isso já me ajudou bastante”, diz Fred.

"Eu era só força, mas tenho melhorado a parte técnica. Trabalho muito para isso, para que meus fundamentos ganhem outro nível e me ajudem na carreira”, diz Leandro Damião, do Inter, que foi formado na várzea de São Paulo, sem passagem por escolinhas.

Vágner Love e Luís Fabiano apontam a receita para, quando preciso, fugir do jogo duro dos zagueiros.

“Não adianta ir no corpo porque você vai perder. Tem de se movimentar bastante e receber na frente”, diz Love. “Não tenho medo de contato, mas também sei passar e tabelar. Quando não dá para dividir, precisa usar a habilidade e a velocidade”, explica o atacante do São Paulo. A reportagem completa, com gráficos dos artilheiros e muito mais histórias você lê na edição de maio da revista ESPN.

Fonte: ESPN.com.br