Fernando Prass fala do seu aproveitamento em disputas de pênaltis

Quinta-feira, 19/04/2012 - 10:25

Vasco e Flamengo entram em campo neste domingo para mais um jogo decisivo do Campeonato Carioca. As equipes se enfrentam pela semifinal da Taça Rio, às 16h (de Brasília), no Engenhão. Se nenhum dos dois times conseguir vencer nos 90 minutos, a definição do classificado será nos pênaltis. Caso isso ocorra, os rivais terão motivações diferentes para triunfar. O Gigante da Colina quer melhorar o péssimo retrospecto na marca da cal, enquanto o Rubro-Negro tenta manter o histórico recente de vitórias nesse fundamento.

Em São Januário, foram poucas as vezes nos últimos doze anos em que o time comemorou uma vitória nos pênaltis. Na realidade, em apenas três ocasiões em mais de uma década o time saiu de campo festejando - contra Rosário Central (Mercosul 2000), Friburguense (Taça Rio 2004) e Fluminense (Taça Guanabara 2010). Nas outras oito oportunidades, foi derrotado e viu o adversário fazer a festa.

Para completar o complicado quadro vascaíno nesse fundamento, o time perdeu quatro dos últimos cinco pênaltis que teve. Alecsandro, então cobrador oficial, desperdiçou três deles. Juninho perdeu o outro. Hoje, o batedor principal é Diego Souza, com Fagner como segunda opção. Fernando Prass, Eder Luis e Allan são os que mais treinam esse tipo de lance.

- Eu participei de duas decisões de pênaltis. Venci uma e perdi outra. Ou seja, estou com 50%. A gente não pode falar do que aconteceu no passado. O que eu posso falar é do que participei, isso que importa para a gente. Claro que estamos preparados. A gente espera que não precise chegar nesse ponto. Se acontecer, temos totais condições de sair vencedores - disse Prass.

Se os pênaltis são uma dor de cabeça em São Januário, na Gávea a tranquilidade impera. O time não sabe o que é perder uma disputa de pênaltis desde 2004, quando foi derrotado pelo Santos, na segunda fase da Copa Sul-Americana. Foram seis disputas desde então, todas com vitórias.

Ronaldinho Gaúcho segue como cobrador oficial, mas o ponto forte do time de Joel Santana está no gol. Felipe foi decisivo no Campeonato Carioca do ano passado. Foram três disputas: contra Botafogo, na semifinal da Taça Guanabara, Fluminense, na semifinal da Taça Rio, e Vasco, na decisão do título do returno. Contra o Alvinegro, defendeu duas cobranças. Foi assim também contra o Tricolor. Diante do Cruz-Maltino, não pegou nenhuma, mas o adversário desperdiçou três penalidades. Bernardo, hoje no Santos, Fellipe Bastos e Élton, agora no Corinthians, erraram.

Felipe diz que o bom retrospecto aumenta a confiança dele, dos companheiros e dos torcedores.

- Bom é não precisar chegar nos pênaltis (risos). Tive uma boa participação no ano passado nas disputas de pênalti. Todo mundo sabe da história, vinha aquela coisa do Bruno, teve essa fama também. Para mim foi importante ter essas decisões, mostrar que tinha condições. Isso gera até uma cobrança maior agora. Como já tenho um bom retrospecto, a torcida tem mais confiança, sei que meus companheiros também confiam em mim nessa parte. Tenho que estar concentrado, trabalhar. O que me motiva é saber que tenho a confiança de todos. A gente entra nos pênaltis com meus companheiros com a convicção de que vou pegar pelo menos dois. Isso faz com que você se doe mais ainda para corresponder à altura.

Após os erros dos vascaínos na decisão da Taça Rio do ano passado, Felipe deu uma declaração polêmica. Disse que, apesar de não ter feito uma defesa sequer, poderia ter provocado medo ou respeito nos batedores.

- Não sei se é medo, acho que não, mas sabem que têm de caprichar o máximo. Mesma coisa é enfrentar o Jefferson (do Botafogo) no gol. Quando o cara chega cara a cara tem que tirar bem. Tenho um bom restrospecto no Flamengo, e o batedor tem que caprichar. Goleiro tem que pegar o pênalti mal batido. O batedor tem que tirar bem porque se eu acertar o canto a chance de pegar é grande.

Ele acredita que o retrospecto recente dos times em disputas de pênalti pode fazer a diferença em caso de novas cobranças.

- Pesa um pouco. Cada jogo é uma história, depende do momento, dos batedores, do goleiro na hora. Se você tem um goleiro que você sabe que pega ou um bom batedor, que de dez faz oito ou nove, tem mais confiança. Quando a equipe não tem bom retrospecto, pesa um pouco, eles lembram e a gente pode aproveitar um pouco.

O camisa 1 rubro-negro conta que até o clássico pretende treinar mais o fundamento e analisar os baterores rivais.

- Tem que treinar, a gente treina só com os goleiros mesmo. O professor orienta para sair no tempo da bola, acertando o canto da batida a chance é grande. Certamente nessa semana, que além do jogo importante pode ter pênalti, você tem que treinar mais essa parte. Normalmente você sabe mais ou menos quem bate. Sempre que possível a gente está vendo. No Vasco é Juninho, Alecsandro, Diego Souza. Costumo assistir para saber onde o cara bate.

O classificado de Vasco e Flamengo vai enfrentar Botafogo ou Bangu na decisão. O clássico terá transmissão ao vivo da Rede Globo.

Fonte: GloboEsporte.com