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Com jeito simples e estilo marcante, Dedé é idolatrado por vascaínos


Sexta-feira, 11/11/2011 - 12:26

O que um jogador precisa para ser tornar ídolo? Se pegar Dedé como exemplo, quase todos os pré-requisitos podem cair por terra. Zagueiro, grandalhão, de fala simples, boca aberta a todo tempo, sem modernidade alguma no corte de cabelo e, muito menos, de perfil "marqueteiro". Mesmo assim, para os vascaínos, já há tempos deixou de ser atleta para virar Mito.

E se engana quem pensa que, desde o início, tudo foram flores para o menino de Volta Redonda (RJ). Sem oportunidades, provou o amargo sabor de ser vilão, ao machucar, às vésperas das finais da Taça GB de 2010, Carlos Alberto, até então peça importante do Vasco.

Próximo do fim do contrato, não havia nem sentido o gosto de jogar na Colina, até ganhar oportunidade e mostrar características que verdadeiramente importavam à torcida: raça e muitos desarmes. Hoje, uma unanimidade no clube, não perde a simplicidade. Diz, aos quatro ventos, que seu ídolo é Júnior Baiano, polêmico ex-zagueiro. Chora e joga até meião para a
torcida após uma partida épica.

Chega a postar no Twitter, como um simples torcedor, que é fã de Neymar. Puro, diz esquecer até de pagar as contas nesta decisiva reta final. Agora centenário, Dedé segue trilhando seu caminho, talvez não tendo nem a noção de que começa a cavar um dificílimo espaço no seleto grupo de ídolos do Vasco, alguns até imortalizados com estátuas.

Ao que parece, vive um sonho de menino, ainda espantado com a repercussão de suas atuações:

- Foi um jogo memorável (contra o Universitario), nunca mais vou esquecer por ser o centésimo e por ter feito dois gols. Estou muito feliz. Ainda nem abri o celular, foi tanta gente me ligando que deu até pau. Vi que apareceu escrito aqui reset, não sei nem o que é. Mas é isso aí. Estou muito feliz. Meus companheiros sabem que vou querer ajudar sempre. Quero fazer mais!

Alguém duvida de que ele fará?




Fonte: Lancenet