Sem Germán Cano, Vasco tem a missão de encontrar um novo goleador
Sexta-feira, 07/01/2022 - 10:32
Com a saída de Germán Cano, que deve ser anunciado a qualquer momento no Fluminense, o Vasco inicia a temporada 2022 com uma missão clara e urgente: a de contratar alguém que chegue para ser o fazedor de gols da equipe. A julgar pelos números de anos recentes, no entanto, a tarefa do clube será difícil.

O Vasco tinha interesse na permanência de Cano, que saiu porque seu salário era atrelado ao dólar, e o clube, diante da alta da moeda no Brasil, a partir de um determinado momento, não conseguiu mais pagá-lo - o clube lhe deve cerca de R$ 3,5 milhões. Ele fez 43 gols nos últimos dois anos.

Além de Cano, Daniel Amorim também saiu, o que fez do ataque um dos maiores problemas para Zé Ricardo resolver. Tiago Reis voltou de empréstimo do Confiança, mas não está nos planos do clube. A única opção hoje é Raniel, que chegou ao Vasco nesta semana.

Antes de Cano, o último centroavante vascaíno com mais de 40 gols havia sido Élton, que fez 53 entre os anos 2009 e 2011, em que defendeu a equipe. Uma década atrás, portanto.

Alecsandro, que jogou no Vasco na mesma época que Élton, fez 39 gols. Só que, desde então, a posição teve diferentes donos sem que ninguém conseguisse se firmar de maneira incontestável. Thalles (36 gols), Edmílson (23) e Riascos (20) estão entre os que mais conseguiram balançar as redes nesse período.

Vale fazer uma ressalva a Diego Souza, que não fez tantos gols quanto Cano ou Élton (foram 30 com a camisa do Vasco), mas foi peça importante na conquista da Copa do Brasil em 2011 e deixou o clube em alta. Na ocasião, no entanto, ele não exercia a função de centroavante como faz hoje em dia. O clube chegou a sonhar com o atleta para esta temporada, mas ele acabou ficando no Grêmio.

Maxi López, em 2018, não chegou a ser um goleador, mas teve destaque e criou identificação com o torcedor do Vasco. O centroavante argentino foi muito importante no Campeonato Brasileiro ao ajudar o time a escapar do rebaixamento, mas não repetiu o mesmo rendimento em 2019 e saiu após acordo para a rescisão do contrato. Atuou em 38 jogos e marcou 11 gols.

Em anos recentes, por exemplo, os dois maiores artilheiros da equipe (com exceção de Cano, é claro) foram Nenê, com 44 gols, e Yago Pikachu, com 39. Um meia e um lateral-direito com vocação ofensiva.



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Com a lacuna deixada por Cano, o Vasco foi atrás do paraguaio Luis Amarilla, que defendeu a LDU, do Equador, em 2021, mas pertence ao argentino Vélez Sarsfield. As conversas estão em estágio inicial, e o clube considera a negociação como difícil.

Desde 2018, ele tem sido emprestado pelo clube argentino. Antes da LDU, defendeu Minnesota (dos Estados Unidos, em 2020) e Universidad Catolica (do Equador, em 2019). Em 31 jogos, o atacante marcou 15 gols em 2021 pela LDU.

Amarilla tem 26 anos, e o seu contrato com o Vélez termina em 30 de junho de 2022. A princípio, o clube argentino só aceita vender o jogador e esse seria o entrave para o Vasco, que estuda a possibilidade de enviar uma proposta. Segundo o Diário Olé, o atacante foi chamado pelo diretor esportivo Christian Bassedas e está nos planos do time, que perdeu muitos atletas nos últimos dias.

Outro nome consultado pelo departamento de futebol foi Pablo Magnin, que atualmente está no Tigre-ARG. O Vasco sondou o staff do atacante, mas o time argentino tem preferência na negociação com o jogador.

A contratação dependeria então do desfecho da história de Magnin com o Tigre, que não dispensaria uma compensação financeira. Ele foi artilheiro da equipe na segunda divisão do Campeonato Argentino e marcou 27 gols em 45 jogos na temporada 2021.

Fonte: ge