Confira outros tópicos da entrevista coletiva de Luxemburgo após Vasco 1 x 0 Cruzeiro
Segunda-feira, 02/12/2019 - 23:30
Após a vitória do Vasco sobre o Cruzeiro, por 1 a 0, em São Januário, na partida que fechou a 36ª rodada do Campeonato Brasileiro, o técnico Vanderlei Luxemburgo falou com a imprensa, valorizou a vitória sobre o Cruzeiro, disse que no Vasco não tem "mala branca", mas revela pedido de "bicho dobrado" ao presidente.

Outro problema é a tal da mala branca. Aqui no Vasco não tem. Nos clubes que trabalhei nunca teve mala branca. Não permito. Se estou dando alguém para ganhar, eu esqueci de fazer algo para os meus jogadores. Tem que dar para o seu jogador ganhar. Hoje eu pedi ao presidente que desse bicho dobrado. Porque hoje consolidamos nossa posição de classificação na primeira divisão. E estamos na zona da Sul-Americana, que ninguém imaginava.

Confira outros trechos da coletiva:

Situação do Cruzeiro

- O Cruzeiro está passando como outras equipes passaram por esse problema. Eu posso falar isso hoje porque não tenho preocupação nenhuma: é uma punição muito severa para um clube que faz uma temporada ruim. Ter 20% (rebaixados) é injusto dentro do futebol.

- Acho que deveria mudar. Ter três ou dois mais um. Acho que você não merece punição por um ano ruim. E sim por dois, três anos. Ver o Cruzeiro nesta situação a gente fica triste. É ruim um grande clube deste estar neste momento.

Atitude do gandula que segurou a bola

- É muito feio o que um gandula meu fez. Segurou a bola faltando 15 segundos para acabar. O juiz deu mais um minuto. Me f... em vez de me ajudar.

Sobre a partida

- Eu não abro mão da forma como tem que ser: profissional. Os jogadores tiveram dificuldade, o Cruzeiro forçou jogada, botou a gente para trás. Mas soubemos suportar. Foi um grande resultado para nós.

Posicionamento da defesa

- A defesa vem bem posicionada há bastante tempo. Acontecem erros, normais. Tomamos quatro gols do Flamengo. Foi erro ou qualidade do adversário? Tivemos atuação boa, soubemos suportar a pressão.

Sócios-torcedores

- A torcida do Vasco tem dado demonstração de que abraçou a equipe há muito tempo. E saiu esse negócio aí do sócio-torcedor, todo mundo abraçou. Mas não fiquei satisfeito, não. Eu fiz uma doação de 500 planos, em dois minutos acabou tudo (risos). A torcida dá uma demonstração do que ela quer do clube. Está vislumbrando a possibilidade de ter um sentimento, autoestima de vir para campo e saber que o time vai lutar.

- Vou fazer uma proposta ao presidente do clube: que ele também faça uma doação de tantos sócios para que o torcedor pegue. Sei lá quantos ele vai oferecer. E não só ele. Proponho chegar a 200 mil sócios-torcedores. Quantas pessoas mais podem doar 500?

- Com esse engajamento, chegando a 200 mil, o Vasco vai pegar um momento em que precisa ter centro de treinamento, que o estádio passe para 40 mil pessoas. Obriga você a ir de encontro com a realidade do futebol brasileiro. As possibilidades como negócio. O presidente que venha logo dizer quanto ele vai dar. E ele conhece um monte de gente aí. Rapidinho vai chegar a 200 mil. Vamos lá, rapaziada, vamos dar uma contribuição

Renovação

- O presidente sabe do meu pensamento. Vamos sentar e estamos pensando o tempo todinho. Não tem que estipular um tempo. Não posso estipular um prazo para isso. Tenho que continuar trabalhando, e as coisas vão acontecer naturalmente.

Sobre prejudicar ou beneficiar rivais

- A minha obrigação era ganhar o jogo. Quem vai ser prejudicado ou ajudado não é problema meu. Entrei em campo para ganhar do Cruzeiro por interesse nosso, porque tenho receita maior, posso ir para a Sul-Americana. Não tenho essa preocupação, não. Se o cara se f... para lá, o problema é dele. Não tenho essa preocupação, não.

Momento no Vasco

- Sempre disse que sou profissional. Sendo assim você trabalha em qualquer lugar. Importante é ter as portas abertas em todos os lugares. Aqui no Vasco eu sou profissional. Eu comecei aqui, achei legal, o Vasco precisando de um trabalho bom, a médio prazo. Estou feliz de estar aqui. Que esse Vasco possa voltar a ser uma equipe onde o torcedor tenha orgulho de botar a camisa do Vasco e sair pela rua caminhando.

- Já conversamos bastante coisa sobre o projeto. A ideia de um treinador é fazer um trabalho para o clube. E com certeza tem projeto para o ano que vem, eu estando aqui ou não. Coloquei Bruno Gomes, Tiago Reis. São ativos do clube. Lançamos jogadores jovens. O trabalho está sendo implantado. Desde lá atrás eu comecei a pensar no próximo ano.

Adilson Batista

- Não posso falar o que falei para ele (Adilson Batista). Gosto dele. Acho um cara bom. Começou muito jovem e não tinha a experiência necessária para estar num grande clube. Mas é um grande treinador, conhece a profissão.

Evolução física do Guarín

- É visível. Quando ele chegou parecia um amigo nosso aqui, gordinho (risos). Agora, não. Ele está delgadito, como se fala em espanhol. Tem uma qualidade para jogar que é impressionante. O passe, lançamento, visão de jogo

Valdívia

- Não vou responder sobre um cara que não está aqui. Se fosse no jogo anterior, eu teria respondido.

Substituição de Marrony

- Marrony estava morto. Pedindo para sair de ambulância. Demorei até para tirá-lo. Não vou tirar o cara que está jogando bem, pegando os contra-ataques. Aí sou maluco? Virei maluco? É porque ele estava morto (risos).

Arbitragem

- Não vi os lances. A convicção que ele deu pênalti do Marrony e depois o VAR chamou.Já vimos isso acontecendo. Teve um jogo contra o Avaí que o jogador do Palmeiras chutou água. O VAR está aí para isso. Pedi para os jogadores manterem a calma.



Fonte: GloboEsporte.com