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É só começar a temporada ou um campeonato importante que a história se repete: o Vasco contrata um nome para ser ‘o artilheiro da Colina’. A competição vai se desenrolando e o treinador percebe que a solução está dentro do próprio elenco desde 2009: Elton.

Contratado para disputar a Série B, o baiano estreou em janeiro de 2009 e, no sexto jogo, já se tornou titular. Até Aloísio Chulapa chegar ao clube com a fama de matador dos tempos de São Paulo. Ele seria o cara que ajudaria no ataque e aos poucos desbancaria Elton. No entanto, no fim da temporada, Chulapa fez 12 jogos e, inacreditavelmente, não balançou a rede. Foi embora e Elton foi o artilheiro do Vasco, com 28 gols em 52 jogos. O queridinho das meninas, Rodrigo Pimpão, ainda alcançou a marca de 10 gols em 35 partidas.

Em 2010, a sombra veio em dose dupla: com o veterano Dodô e Rafael Coelho, o artilheiro da Série B, justamente ao lado de Elton, com 17 gols. Enquanto Dodô fez 11 gols em 28 jogos, Coelho repetiu a atuação medíocre de Chulapa. Em 23 jogos, marcou três vezes: no Estadual, na Copa da Hora e num amistoso. Nenhum no Brasileiro. No segundo semestre, o Vasco apostou em Nunes. O camisa 9 fez 11 dos 14 jogos como titular e só balançou as redes três vezes, voltando ao Santo André. Naquele período, Elton enfrentou lesões e só fez 22 partidas no ano, com nove gols.

Apesar de tantos percalços, o baiano, que costuma terminar suas frases com um ‘aí’, lida bem com os ‘rivais’.

“Jogar em time grande é isso aí. Bastante concorrência e aqui não é diferente. A briga é sempre constante. E se você der uma brecha o outro vem e passa por cima”, diz Elton.

Em 2011, para não fugir à regra, veio a contratação de Alecsandro. Desta vez, a disputa é mais equilibrada, mas Elton tem larga vantagem no Brasileiro: sete gols em 18 jogos, enquanto Alecsandro soma dois em 15. Já na Copa do Brasil, o quadro se inverte. Alecsandro fez cinco em oito jogos e Elton só um em cinco. No ano, o camisa 9 está com nove gols em 28 jogos. E Elton tem 10 em 32.

Enquanto Alecsandro se recupera de lesão, o camisa 39 continua como titular: “O Alecsandro teve as oportunidades dele, nos ajudou bastante e agora estou tendo a minha. Tenho que aproveitar, fazer gols, porque daqui a pouco o homem está de volta e a briga sadia vai continuar. Um respeitando o outro para manter o Vasco entre os primeiros”.

E Elton não desiste: “É muito importante ver o torcedor gritando o meu nome, pedindo para eu entrar. Isso é o que me dá força para trabalhar”.

Fonte: Marca Brasil