Dedé conta como virou 'Mito' no Vasco
Quarta-feira, 02/05/2018 - 14:11
Um zagueiro que custou R$ 14 milhões. Segundo maior reforço da história do Cruzeiro, atrás somente de Rafael Sóbis, Dedé chegou ao clube já como Mito e praticamente realizado fora dos gramados. Fã de automóveis, ele havia consumado parte de seus sonhos.

Antes da ida à Toca da Raposa II, em abril de 2013, o atleta defendeu o Vasco da Gama. Em São Januário, ele foi eleito o 63º brasileiro mais importante da história em um programa do SBT, fato que trata como brincadeira, se tornou Mito para a torcida - apelido que começou como brincadeira e virou realidade - e comprou os carros de seus sonhos.

"Com certeza gera brincadeiras das pessoas até hoje. Eu levo isso na brincadeira também. Eu não me vejo como a 63ª pessoa mais importante do país não (risos). Eu me considero importante só para as pessoas mais próximas, para a minha família e para os meus amigos", disse ao UOL Esporte.

"O apelido de Mito surgiu de bons jogos. Foi de jogos que consegui fazer e surpreender alguns torcedores que não acreditavam em mim. Foi uma brincadeira, começaram como uma ironia, mas acabou virando algo bem positivo para mim", acrescentou.

No Rio de Janeiro, o defensor de 29 anos já tinha realizado dois de seus sonhos: ter um Opala e um Porsche. Mas como o segundo se tornou objeto de desejo do atleta é um fato bastante curioso.

Amigo de Felipe Melo, hoje no Palmeiras, ele comprou um Porsche graças ao meio-campista. Depois de ver o veículo do colega de profissão, Dedé não teve dúvidas. Este era o seu sonho de consumo. O primeiro foi um Porsche Macan. Na sequência, ele teve uma Cayenne. E mais recentemente, adquiriu um Panamera, que custa até R$ 1,15 milhão atualmente.

Eles jamais jogaram juntos, mas são amigos pelo fato de trabalharem com o mesmo assessor de imprensa pessoal. A Fair Play Assessoria, empresa liderada pelo jornalista Gustavo Henrique de Souza, é quem cuida da carreira da dupla.

"Sempre sonhei com o Opala e o Porsche. São dois carros lindos. Mas, para ser sincero, queria mais o Opala. O Porsche, eu só fui conhecer depois de entrar no mundo da bola. O Opala, desde pequeno, eu tive vontade. É a minha paixão. Desde pequeno, eu queria um Opala. A Porsche, desde que eu vi a primeira, que foi a do Felipe Melo, eu me encantei e coloquei na minha cabeça que queria uma Porsche", declarou.

Confira outros trechos da entrevista de Dedé ao UOL Esporte:

PRÊMIO MAIS IMPORTANTE DA CARREIRA

"O Craque da Galera 2011 (do Globo Esporte) foi o melhor prêmio que conquistei. Foi o prêmio que considero mais importante da minha carreira pelo fato de ter disputado com dois jogadores excepcionais (Neymar e Ronaldinho). Um já ganhou duas Bolas de Ouro e o outro certamente vai ser o próximo brasileiro a ganhar".

OFERTAS DA EUROPA

"Não que eu tenha recusado as propostas que vieram de fora do país. É que, na Europa, tive algumas ofertas, mas o Vasco sempre mostrou interesse maior em ficar comigo. Então, eles cobriam as propostas de clubes que me queriam. Eu também não fiz muita força para sair".

2ª MAIOR CONTRATAÇÃO DO CRUZEIRO

"Eu me sinto valorizado sim. Mas não me vejo como o jogador mais caro da história do clube*. Eu me vejo como um jogador comum. Sou grato pelo esforço, pelo valor que pagaram, pelo clube. Sou grato pelo Cruzeiro me proporcionar grandes conquistas na carreira. É um marco para a minha vida, porque ser o jogador mais caro do clube entra para a história de uma forma ou outra".?

* Hoje, ele ocupa a segunda colocação, atrás de Rafael Sóbis. O atacante foi contratado do Tigres, do México, por R$ 16,6 milhões (US$ 5 mi à época).

LESÕES

"Jamais pensei em desistir. Sempre fui na luta, sempre fui na garra, muita fé. Trabalhei muito para tentar me recuperar o mais rápido possível. Foi muito importante a presença da família naquele momento, com o nascimento do Gabriel. Eles foram muito importantes, foram a minha base, meu porto seguro. Eles foram fundamentais para eu retornar".

NECESSIDADE DE TÍTULOS

"Eu fico chateado por entrar em campo e não conseguir render o máximo, por não render o que a gente sabe que pode render e não sair com vitórias. A gente tenta fazer o melhor possível, mas o bom de ter um bom elenco é que o jogador sabe que, quando voltar a fase boa, ela volta e as coisas vão aparecendo, melhorando, a bola vai entrando, tudo vai se acertando. Pressão sempre vai existir no futebol, independente de fase boa ou ruim. Com o elenco que temos, temos a consciência da obrigação de buscar títulos. O clube se esforçou e deu o melhor de si, deu estrutura para que façamos o melhor em campo".



Fonte: UOL