Basquete: Gui Deodato fala sobre pressão da torcida após início ruim no NBB: 'É bom essa cobrança, nos faz grandes'
Sábado, 23/12/2017 - 02:48
Ao bater Campo Mourão por 84 a 59 nesta quinta-feira, em São Januário, o Vasco finalmente venceu dois jogos seguidos no Novo Basquete Brasil. Mas, em oito partidas, são apenas três triunfos e cinco derrotas. O começo abaixo do esperado após o aumento no investimento e a contratação de praticamente um time inteiro novo, minou a confiança da torcida. Nas arquibancadas, os gritos de "time da virada" deram lugar a pedidos de "raça" e de "vergonha". Começando a dar a volta por cima, o Cruz-Maltino ganhou carinho na Colina, e Gui Deodato, um dos destaques da última vitória, confessou que não esperava tamanha pressão tão rápido.

- Seria mentira se eu dissesse que esperava isso. Não esperava. Nunca tinha jogado em um clube de camisa. Já tinha escutado falar que tinha uma pressão grande. E fomos pegos de surpresa por um começo que não é a nossa cara. Eu, particularmente, senti a torcida diferente. É o papel deles. Mas temos maturidade para suportar essa pressão. Foi um início que foi surpresa para todos. É bom essa cobrança, nos faz grandes. Vamos crescer e chegar lá na frente no lugar que o Vasco merece - garante o ala vascaíno.

Antes de bater Campo Mourão, o Vasco triunfou sobre o Botafogo no clássico carioca. Na tabela, o time ainda aparece em 11º, mas Gui acredita que a sequência de jogos no Rio de Janeiro, contra Paulistano, no sábado, e depois o clássico diante do Flamengo, no dia 30, serão importantes nessa volta por cima. Durante o "vendaval", pipocaram especulações sobre uma possível saída do técnico Dedé Barbosa. Gui garante que o time está blindado, e o ala Gustavo, que foi titular contra Campo Mourão, concorda: "Estamos fechados com o Dedé".

- O Dedé não tem culpa. Estamos fechados com o Dedé. É um cara que passa total confiança para todos os jogadores. Ótimo técnico. Sabemos que vai dar o máximo dele e temos que dar o nosso máximo também. Quando perde, todo mundo perde, quando ganha, todos ganham juntos também - explica Gustavo.

O ala/pivô atuava pelo Pinheiros antes de vir para o Rio de Janeiro. Por lá, vivia situação diferente. A cobrança sempre existiu, mas a pressão por resultados, ele confessa, é diferente em um "time de camisa". Só que o jogador sabe também que também há o lado positivo nesta situação. Nos momentos bons, as arquibancadas também funcionam positivamente.

- Não queremos que a torcida xingue, mas que apoie. Mas não estávamos fazendo o nosso trabalho. Sabemos que a torcida do Vasco cobra, mas é uma torcida que também empurra bastante. Temos que dar o nosso máximo sempre. Sabemos que o campeonato é duro, mas o nosso time é forte e com a ajuda deles temos muito a crescer - conta Gustavo.

Neste sábado, contando com a torcida, o Vasco pega o Paulistano, em São Januário, às 11h. O GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real a nona partida dos cariocas no Novo Basquete Brasil.



Fonte: GloboEsporte.com