Basquete: Gaúcho: 'A energia precisa mudar. Time temos, qualidade temos'

Quarta-feira, 15/03/2017 - 11:38
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A caravela vascaína já navegou em mares menos revoltos no Novo Basquete Brasil. Em janeiro, após boa sequência de vitórias, o Cruz-Maltino beliscou o G-4 da competição. Fevereiro e março, porém, foram meses ruins. Nos últimos seis jogos, os cariocas venceram apenas um, com derrota inclusive para o arquirrival Flamengo, e despencaram para a décima colocação. A sucessão de fracassos, o último para o lanterna Caxias dos Sul, por quase 20 pontos, jogou pressão extra em um time que debuta no NBB após longo hiato no basquete profissional.

Buscando encontrar saídas, o ala Gaúcho garante que o que não falta em São Januário é trabalho. O jogador foi o único a conversar com a imprensa após a segunda derrota seguida dentro de casa por mais de 15 pontos - a outra foi para o paulista Bauru. Sincero, Gaúcho explica que o grupo ainda não conseguiu encontrar um motivo para tamanha queda de rendimento. O Vasco bateu Campo Mourão, em 11 de fevereiro, e desde então, triunfou apenas uma vez em seis partidas. Venceu Franca, e perdeu para Vitória, Basquete Cearense, Bauru, Flamengo e agora Caxias do Sul.

- Não sabemos dizer. Estamos treinando, trabalhando. O último jogo contra o Flamengo, fizemos um grande jogo coletivamente. Com a volta do David e a ausência do Nezinho. Não sei se perdemos o foco, estamos tentando descobrir. Fazemos grandes jogos, vencemos ou jogamos muito bem contra equipes lá de cima da tabela, e times que estão na parte de baixo jogos muito ruins. Não vamos tirar os méritos do Caxias, mas o Vasco, que almeja chegar bem nos playoffs, não pode de maneira nenhuma perder dentro de casa - garante o ala Gaúcho.

Contra o lanterna, São Januário perdeu a paciência. Os jogadores foram vaiados, alguns hostilizados, e o clima que era de apoio, também trouxe cobrança para os atletas. Para Gaúcho, os atletas não podem se deixar abater com o momento. O time não teve novamente o armador Nezinho, lesionado, e nem o pivô Fiorotto, fora desde fevereiro por conta de uma lesão na panturrilha.

- O torcedor que vaia é o mesmo que aplaude. O papel da torcida é esse. Ou vão vaiar ou vão bater palmas. Somos jogadores profissionais, com experiência. Se vai se abater com o que a torcida fala, nem merece estar no Vasco. A torcida é determinante, ajuda demais a gente. Vamos buscar, mas não está encaixando.

Décimo colocado, o Vasco está garantido nos playoffs, mas perdeu a chance de avançar direto para as quartas de final, privilégio dado aos quatro primeirso da fase regular do NBB. Tendo que jogar as oitavas, Gaúcho acredita que só uma mudança de postura trará as boas atuações de volta.

- A energia precisa mudar. Energia. Time temos, qualidade temos. Tem que colocar o coração dentro da quadra. Se colocar, as coisas acontecem. Tem que deixar tudo dentro da quadra - finalizou Gaúcho

O Vasco volta a jogar no dia 22, na próxima quarta-feira, novamente dentro de casa, contra a Liga Sorocabana, às 11h. Nezinho deve voltar ao time. O horário incomum acontece por conta da coincidência de datas. O time de futebol joga no mesmo dia, às 19h30, contra o Madureira, pelo Campeonato Carioca.



Fonte: GloboEsporte.com