Esporte Interativo pode entrar na briga para transmitir o Brasileiro em TV fechada

Sábado, 05/12/2015 - 04:36
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Em 2013, a Turner iniciou um projeto ambicioso com a compra de 30% das ações do Esporte Interativo, para entrar com força no mercado esportivo nacional.

De lá para cá, o grupo adquiriu a totalidade do canal esportivo - conforme informação publicada em primeira-mão pelo NaTelinha no início de 2015 - e comprou os direitos de várias competições, dentre elas a UEFA Champions League, o principal torneio interclubes do mundo. Além disso, vários investimentos foram feitos também em profissionais e técnica, além de propostas para adquirir mais eventos de futebol

A Turner fez proposta para o Campeonato Brasileiro da Série B, para o Campeonato Paulista e também está totalmente interessada nos direitos da Liga Sul-Minas-Rio, realizada pela primeira vez no início de 2016. Nesta quinta-feira (3), o jornalista Daniel Oliveira, da Rádio Bandeirantes de Porto Alegre, deu a informação de que a Turner pretende fazer uma proposta para a Série A do Campeonato Brasileiro para TV fechada. Segundo apurações exclusivas do NaTelinha, este caso ainda não passa de uma intenção do grupo.

Mas a ideia da Turner é bem mais forte. O projeto envolve o conceito do que a empresa entende que será a TV por assinatura no futuro. Com o crescimento da Netflix e da promoção de conteúdo on demand de dramaturgia e filmes, o grupo encara que os eventos ao vivo de esporte serão os grandes atrativos da TV paga no futuro. E sem grandes eventos, não tem audiência e nem faturamento.

Com isso, a Turner acredita que oferecer valores milionários pelos campeonatos é primordial, justamente porque a Globo é a sua principal concorrente, e não interessa para a emissora carioca ter uma rival como a Turner em eventos esportivos no Brasil.

Tanto não interessa, que a Globo já sente no bolso o "calo" que se tornou o grupo americano. Para a renovação da Série B do Brasileiro, a rede teve que gastar quatro vezes mais por conta de uma proposta da Turner/Esporte Interativo. Já no Campeonato Paulista, foram três vezes mais dinheiro pelo mesmo motivo do certame nacional. A disputa entre os direitos esportivos é mais forte do que se imagina nos bastidores.

Fonte: Na Telinha - NE10