Nova política de fiscalização do Maracanã reduz porcentagem de ingressos de meia-entrada

Terça-feira, 29/09/2015 - 13:01
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Uma nova fronteira

Ontem, Flamengo e Vasco fizeram o primeiro grande clássico sob a égide da nova política de fiscalização das meias entradas – anunciada há pouco mais de duas semanas. Em tempos de profunda crise econômica e dificuldades para a mera manutenção do nível das receitas, os resultados foram promissores. Abaixo, e em primeira mão, o borderô da partida:



A renda de R$ 1.986.400,00 registrou aumento de 17% no ticket médio dos jogos do Flamengo (de R$ 42 para R$ 49). Em se considerando o público pagante de 40.240, isto representou um expressivo ganho adicional de R$ 300 mil. Na comparação com o último jogo do Flamengo no Maracanã (Cruzeiro), o total de meias caiu de 58% para 50,4%. Se a comparação retroagir ao Flamengo x Vasco do dia 19 de agosto, a queda é ainda mais expressiva: nada menos que 71% dos torcedores pagaram a metade naquela ocasião.

A evolução segue inconteste entre os sócios-torcedores do Flamengo, acostumados a pagarem “meia da meia”. Neste meio, o percentual ontem caiu de 73,8% para 60%. Melhor ainda é o resultado no Setor Norte – o mais barato e que abriga as torcidas organizadas. Por ali, as meias saíram de 81% para 63,5%. Segue a visualização dos resultados por setor do Maraca:




Para descobrir se os resultados corresponderam às expectativas, o Blog Teoria dos Jogos conversou rapidamente com Marcelo Frazão, diretor de marketing da Concessionária Maracanã S.A.

Blog Teoria dos Jogos: Embora a evolução tenha ocorrido a olhos vistos, metade do público pagante no clássico de ontem adquiriu ingressos de meia entrada. A que vocês atribuem este número ainda alto?

Marcelo Frazão: Trata-se de um processo em queda – e já bem acentuado nestes primeiros jogos com a nova política. Com a intensificação da fiscalização e da comunicação, imagino que ainda tenhamos espaço para atingir um percentual de meias entradas entre 40% e 45% do público pagante.

Blog Teoria dos Jogos: Qual foi o contingente destinado à fiscalização? A concessionária precisou fazer contratações? Considera o número atual adequado?

Marcelo Frazão: Houve um aumento na equipe de acesso e gradeamento na ordem de 10% a 15%, dependendo do jogo e dos setores abertos. Investimos também em hand helds para leitura dos cartões de sócios torcedores e ajustamos a logística de entrada com filas específicas. Estamos em ajustes nestas operações iniciais de fiscalização, mas os resultados são claros e demonstram que estamos no caminho certo.

Um grande abraço e saudações!

Fonte: Blog Teoria dos Jogos