Vascaína, cantora Teresa Cristina fala sobre o Vasco: 'Se cair, o amor só vai aumentar'

Quarta-feira, 09/09/2015 - 11:24
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Com o otimismo apagado pela lanterna do Campeonato Brasileiro, a cantora e compositora Teresa Cristina, torcedora do Vasco, leva ao pé da letra um dos versos de seu ídolo Candeia e ri para não chorar. Como quem é bamba não bambeia, a diva não perde a ternura:

- O Vasco, na minha vida, independe de vitória ou derrota. O Vasco está na lanterna, mas eliminou o Flamengo duas vezes (no Estadual e na Copa do Brasil). Para mim, se cair, o amor só vai aumentar. Tanto que estou aqui, ótima, dando entrevista.

Tão "ótima", que nem se incomodou com o recente convite para o "Salto coletivo da marquise de S. Januário", evento criado no Facebook, numa alusão ao torcedor que ameaçou se suicidar no rebaixamento de 2008. Teresa matou no peito a gracinha que circula na rede social, e juntou-se aos quase 30 mil convidados que, bem-humorados, confirmaram presença no compromisso virtual.

- O futebol, sem encarnação, seria chato. Aceito a zoação, porque também gosto de zoar. Só não aceito violência. Postei outro dia um vídeo no qual eu canto "Anna Julia" numa versão feita para o Vasco. O cara escreveu: "Lixo. Se eu fosse você, nunca mais entrava na Portela" - conta.

Teresa franze também a testa quando o nome do presidente do Vasco entra no campo da discussão.

- O Vasco está assim por causa do Eurico. Não trouxe ninguém de peso! E ainda deixou Gilberto e Jhon Cley irem embora. E quem toma conta das divisões de base? É o filho do Eurico? Como é que ele pode tomar conta do tesouro do Vasco?

Teresa conheceu um pedaço do tesouro do Vasco na infância, bem antes de o futebol revelá-lo. Criada na Vila da Penha, onde mora até hoje, a cantora foi colega de turma de Romário, da primeira à quarta série, na Escola Municipal David Perez, na Rua Pacheco Júnior.

- Ele tinha cabelo de príncipe valente. Cansei de jogar "um toque" com ele.

A brincadeira acabou faz tempo. Teresa já se prepara para a dura realidade da Série B, cantando a queda com dignidade.

- Se o Vasco cair, quero que cumpra. A gente só não pode virar Fluminense, que não cumpriu a Série B. Aí seria avacalhar demais. Nem sei o que sinto quando ouço um tricolor gritar "Segunda Divisão" pra mim. Que falta de memória!

A diva não esquece as quedas de 2008 e 2013, que lhe deram a certeza de que existe amor além da Primeira Divisão. Assim como, além da lanterna do momento, existe o eterno Candeeiro, na sua voz suave:

"Essa dor, candeeiro, não tem jeito..."

Não tem.




Fonte: Extra Online