Celso Roth falou sobre a passagem pelo Vasco, barração de Martín Silva e negou problemas de relacionamento com o elenco

Segunda-feira, 24/08/2015 - 23:12
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Pouco mais de uma semana depois de ser demitido do comando do Vasco, Celso Roth lamentou a situação desesperadora do time no Campeonato Brasileiro. Em participação no programa "Bate-Bola", da ESPN Brasil, nesta segunda-feira, o treinador falou sobre sua passagem pelo clube. Entre os temas abordados, ele negou problemas de relacionamento com os jogadores, garantiu que o presidente Eurico Miranda nunca interferiu na escalação e afirmou que o time relaxou após a conquista do Campeonato Carioca no primeiro semestre.

Após 20 rodadas disputadas, o Vasco está na 20ª e última colocação do Brasileirão, com apenas 13 pontos, seriamente ameaçado pelo rebaixamento. Roth comandou a equipe em 13 jogos, obteve três vitórias, um empate e sete derrotas. Duas dessas vitórias foram pela Copa do Brasil, sobre o América-RN.

"Acho que o Vasco ao voltou da Série B e já teve um resultado imediato, que foi ser campeão carioca. A vitória dá aquela relaxada, acho que no início do campeonato aconteceu isso. Aí quando houve a troca de treinador, com minha chegada, já começou a obrigação de vencer", afirmou Roth que, no entanto, ainda prefere acreditar na recuperação do time, agora sob o comando de Jorginho.

"Matematicamente não dá pra dizer ainda que está rebaixado, ainda tem uma chance. Eu acho que esse jogo de sábado (contra o Figueirense, no Maracanã) é determinante, é um confronto direto. Acho que se o Vasco conseguir um resultado positivo, pode manter uma chama acesa, com a história que o clube tem, ainda pode se recuperar".

Roth também foi questionado sobre as polêmicas atitudes de Eurico Miranda, mas garantiu que o presidente cruz-maltino nunca passou dos limites com ele ou pediu para que qualquer atleta seja escalado nas partidas.

"O presidente Eurico tem as suas caracteriasticas, que sao inegáveis, todos vocês conhecem. Não sou eu aqui que vou definir isso. Mas eu tenho um respeito grande por ele, como ele tem por mim também. Nós não tivemos absolutamente nenhum problemas, o presidente tem as maneiras dele de fazer as coisas, mas ele nunca interferiu em escalação, comigo nunca teve isso e nem nunca mandou recado. Toda vez que ele quis falar comigo, ele mandou me chamar, coisas absolutamente normais de um dirigente no futebol. Comigo ele sempre foi muito claro, muito direto, ele nunca escalou jogador", afirmou o treinador.

Por fim, Celso Roth também respondeu a perguntas sobre o seu relacionamento com os jogadores vascaínos e negou qualquer problema. O técnico ainda explicou a situação com o goleiro uruguaio Martín Silva, que chegou a ser barrado do jogo contra o Corinthians após ter má atuação na derrota para o Palmeiras, por 4 a 1, em São Januário. Na ocasião, o empresário do goleiros fez duras críticas a Roth, chamando ele de "ruim e arrogante".

"O Martín era o titular do Vasco, voltou da Copa América machucado, ficou 40 dias sem jogar, teve dez dias de preparação e antes do jogo contra o Palmeiras havia essa possibilidade da volta dele. Conversamos com o preparador, e foi aprovada a volta técnica e fisicamente. Coloquei o Martín para jogar porque tínhamos a convicção que ele estava bem, até porque o Vasco já teve um histórico complicado de goleiros no outro rebaixamento (em 2013). O segundo capitulo é o que aconteceu no jogo, infelizmente não foi culpa do Martín só, foi do Martin junto com todos nós. Eu tomei a decisão de tirar ele no intervalo, poderiamos tomar mais u, mais dois gols, aí iriam questionar porque eu não tirei. Aí vem aquela siyuação: 'Ah, coitado go goleiro, dele, por que tirou?'. Mas treinador não pode pensar com o coração. Errou, saiu. Tanto que no segundo tempo nós empatados com o Palmeiras, cada time fez um gol. Então, a decisão no sentido prático foi correta. Depois disso ele trabalhou, treinou e voltou a ser titular", afirmou Roth, que acrescentou.

"Não tive nenhum (problema de relacionamento). De 30 jogadores, só 11 te olham assim mais ou menos, que são os titulares, os outros estã ali competindo. O jogador de futebol é egoísta, e tem que ser assim, porque ele vive num meio competitiuvo, ele só pensa nele, e o treinador tem que escolher".

Fonte: ESPN.com.br