Doriva diz que time virou a chave e tem consciência da dificuldade do Brasileiro: 'É um outro patamar de competição'

Quarta-feira, 06/05/2015 - 08:54
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Bicampeão estadual. É com esse currículo que o técnico Doriva chega para a disputa do Campeonato Brasileiro. Segunda opção da diretoria do Vasco para comandar a equipe em 2015 após a recusa de Marquinhos Santos, o treinador não demorou muito para cair nas graças do departamento de futebol e da torcida. Ex-jogador com passagem pela Seleção Brasileira e agora buscando um lugar ao Sol como técnico, Doriva conversou com a reportagem da Rádio Globo, no programa 'Olha o Gol' e demonstra confiança no trabalho que vem sem desenvolvido já visando a disputa da Série A.

“Já viramos a chave. Hoje pela manhã treinamos e com certeza é uma outra competição com nível altíssimo. A partir de agora vamos enfrentar jogos dificílimos com times bem preparados. É um outro patamar de competição. Estamos animados porque fomos bem contra adversários do mesmo porte. É uma expectativa positiva. Espero iniciar bem a competição pelo elenco e o Carioca que fizemos. Acredito que podemos nos manter do meio da tabela para cima”, disse em entrevista exclusiva à Rádio Globo.

Doriva comentou sobre as chegadas de Diguinho, Eder Luis e Julio Cesar, mas garantiu que o elenco ainda carece de pelo menos um atacante para chegar com condições de brigar pelas primeiras posições.

“O Diguinho era um jogador que necessitávamos. Tínhamos só o Serginho para a posição já que usamos o Guinazu como primeiro volante. Precisávamos de um homem para essa função. Na lateral-esquerda tínhamos somente meninos e exigimos experiência para o Brasileiro. A volta do Eder Luis também nos anima. Ele é rodado e temos que ter peças de reposição. É um campeonato onde o banco de reservas pode ser fundamental em jogos difíceis. Temos um elenco bom, mas estamos buscando no mercado jogadores... Mais um atacante. A gente está vendo as carências para tentar solucionar o quanto antes”, afirmou.

Doriva afirmou que a vitória por 1 a 0 sobre o Fluminense na Taça Guanabara foi a injeção de ânimo necessária para alavancar o time a conquista do Campeonato Carioca.

“O jogo contra o Fluminense nos deu um parâmetro importante. Fizemos uma partida segura. Encontramos um jogador que nos deu equilíbrio que foi o Julio dos Santos. Percebi que a equipe ficou consistente com ele a partir daquele momento. Passamos a acreditar ainda mais a partir daquele jogo. Enxerguei que estávamos ficando mais fortes.”

O técnico do Vasco que teve a oportunidade de disputar a Copa do Mundo de 1998 ao lado de Edmundo, Bebeto, entre outros craques, espera que os jogadores entendam sua filosofia desde quando atuava que era ser justamente competitivo.

“O futebol exige essa competitividade que eu peço. É um fator primordial hoje. Se você não tem um time competitivo, fica para trás. Talentos individuais são importantes, mas o futebol moderno exige essa característica. Eu tinha isso no meu DNA de jogar com muita intesidade.”

O treinador comentou sobre o bom momento na carreira sendo apontado como uma grata surpresa entre os técnicos da nova geração.

“Estou muito feliz com o que tem acontecido na minha carreira, mas tenho pés no chão. É um mercado muiito difícil e volátil. Treinador no Brasil precisa sempre estar provando. Graças a Deus as coisas tem acontecido de maneira positiva. Sempre vou procurar estudar e buscar novas informações porque precisamos acompanhar essa evolução.”

Doriva apontou a conquista do título pelo Vasco mais difícil do que com o Ituano no Paulistão do ano passado.

“Acredito que a pressão maior foi aqui no Vasco por conta da marca Vasco que se tem a obrigação de ganhar. Se perdêssemos com o Ituano na semifinal, o trabalho já estava evidenciado por ser uma equipe de menor expressão. Quero continuar trabalhando sendo ambicioso para conquistar títulos e me consolidar nessa nova etapa na vida de treinador.”

Por fim, Doriva comentou sobre a fase de Rafael Silva que foi o principal jogador do Vasco na decisão do Carioca contra o Botafogo marcando dois gols nas duas partidas.

“Foi muito boa a reação dele. Ele oscilou já que começou como titular nas ausências do Thalles e do Gilberto e depois caiu de produção e perdeu o foco. Mas ao longo dos treinamentos, ele foi melhorando e conversei com ele para falar que parecia que estava despertando. A atitude dele estava mudando. Disse que ele não ficaria mais no fim da fila porque estava vendo uma evolução. Ele voltou bem, jogou bem contra o Flamengo, entrou bem contra o Botafogo no primeiro jogo, marcou nas duas partidas. Foram gols importantes para ele como para a gente também no Carioca”, finalizou.

O Vasco volta a campo pelo Campeonato Brasileiro, domingo, às 18h30min, em São Januário, contra o Goiás.



Fonte: Rádio Globo