No aniversário de 20 anos do tetra, Ricardo Rocha relembra lesão que o tirou da Copa do Mundo

Sexta-feira, 18/07/2014 - 05:20
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Um dos líderes da seleção brasileira na Copa de 1994, nos Estados Unidos, o ex-zagueiro Ricardo Rocha recordou de um drama pessoal vivido no início do torneio. Na estreia contra e Rússia, defensor sentiu uma lesão muscular e acabou não voltando a participar da competição. Zagueiro do Vasco na época, ele lembra que se preparou muito para o Mundial (assista ao vídeo).

- Tive a lesão faltando uns 20 minutos para acabar o jogo contra a Rússia e foi muito difícil. Eu tinha me preparado para aquela Copa do Mundo, para o jogo e para manter uma performance junto com os outros jogadores. Ali foi uma tristeza muito grande, fiquei muito mal e quando eu senti a lesão, percebi que iria perder a Copa. Uma lesão muscular dentro de um Mundial é difícil de se recuperar a tempo. Ainda tentei voltar contra os EUA, mas ainda estava sentindo e na final, eu fiquei à disposição no banco de reservas - lembrou Ricardo Rocha.

Outro momento marcante na campanha brasileira rumo ao tetracampeonato mundial foi no dia 4 de julho, contra os Estados Unidos. Não bastasse enfrentar os donos da casa no dia da sua independência, o Brasil teve de se superar com um jogador a menos. Leonardo foi expulso no final do primeiro tempo após desferir uma cotovelada no americano Tab Ramos. Ricardo Rocha lembrou da tristeza do ex-lateral esquerdo no vestiário depois do jogo e no restante do torneio.

- Esse lance (cotovelada de Leonardo) se torna impressionante pela jogada. Ninguém esperava isso do Leonardo. Mas, se você olhar bem o lance, o Léo é uma pessoa maravilhosa, um garoto muito bom e ele ficou muito mal. Muito muito mal. Se você olhar bem o lance, o jogador americano abaixa a cabeça quando o Léo estava se desvencilhando dele. O Léo nunca iria dar uma cotovelada, se soubesse que a cabeça do americano estaria ali. Eu conheço ele. O lance fica muito pesado quando você vê em câmera lenta, é um lance muito duro - comentou o ex-zagueiro.

Apesar dos dramas durante a Copa do Mundo, a Seleção comandada por Carlos Alberto Parreira e que tinha nomes como Dunga, Bebeto e Romário, chegou ao tão sonhado tetracampeonato após disputa de pênaltis contra a Itália. Ricardo Rocha revelou ainda os bastidores daquele momento, quando o camisa 11 do Brasil, e melhor jogador do Mundial, resolveu bater o pênalti, causando espanto no restante do grupo.

- Como não poderia deixar de ser, o pênalti do Baggio para fora foi o momento mais marcante e a grande glória para todos nós. Ainda temos uma amizade muito grande entre os jogadores daquela seleção de 1994. Era muita pressão por ser 24 anos sem um título, mas lembro de uma história interessante dos pênaltis, que o Romário não iria bater o pênalti. Na hora, ele define que iria bater. Ele não era dos melhores, mas tinha treinado. E o Márcio Santos, que na época era muito jovem, tinha ido muito bem nos treinamentos, por isso foi o primeiro a bater, mas perdeu o pênalti. E o Romário chegou e disse que iria bater. Todo mundo olhou assustado para ele, mas eu cheguei e falei "deixa o homem bater" - disse Ricardo Rocha.



Fonte: GloboEsporte.com