Diretor da Federação Amazonense: 'A renda toda é do mandante. O Vasco não tem direito a nada'

Sexta-feira, 04/04/2014 - 21:38
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Após o vice-presidente de futebol do Vasco, Ercolino Luca, reclamar do fato de o clube não ter ficado com nenhum centavo do jogo contra o Resende, pela Copa do Brasil, nesta quinta, na Arena da Amazônia, os organizadores da partida e a Federação Amazonense de Futebol (FAF) se pronunciaram sobre as declarações do dirigente.

De acordo com Saulo Viana, diretor comercial da SVX Serviços, uma das três empresas promotoras (as outras duas foram Tucunaré Turismo e Guichê Web), caso o Vasco quisesse ficar com os 60% do valor da renda líquida, que tivesse colocado em campo o time titular.

- Se eles quisessem ganhar o jogo, tinham que vir com o time titular. Todo mundo viu o jogo. Ficamos com 40% de toda a despesa. Se o Vasco ganhasse, iam levar 60% da renda líquida, e nós ficaríamos com 40% e as mesmas despesas - resumiu Saulo.

Segundo o borderô publicado no site da CBF, a renda líquida do confronto foi de R$ 1.018.410,69. O documento destina esse valor ao Resende, mandante do jogo. O diretor comercial da SVX Serviços não revelou o valor que foi repassado ao clube do Sul do Rio. Segundo ele, é segredo de contrato. A Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) lucrou 10% da renda total - R$ 200 mil - e a Federação Amazonense de Futebol (FAF) 5% do valor - R$ 100 mil.

Posição da Federação do Amazonas

O diretor de futebol da Federação Amazonense de Futebol, Ivan Guimarães, explicou que o Vasco já sabia que, caso não vencesse a partida por mais de dois gols, não ficaria com nada da verba, já que o valor fica para o mandante (Resende), como determina o regulamento da CBF.

- A renda toda é do mandante. O Vasco não tem direito a nada. O mandante do jogo de ontem (quinta) era o Resende. Se não ganharam por 2 a 0, o problema é deles (Vasco). Não houve sacanagem - disse.

Sobre os gastos com hotel, como informado por Ercolino, Ivan Guimarães revelou que houve um acordo entre os organizadores da partida e o Vasco da Gama. De acordo com o diretor da FAF, em vez dos promotores pagarem as 23 passagens aéreas, R$ 5 mil de ajuda e hotel, foi feito outro acordo.

- Os promotores ofereceram dois hoteis (Blue Tree e Quality), mas eles (Vasco) recusaram. Então ficou certo que eles escolheriam outro hotel, ao gosto deles, e em vez da ajuda de custo e pagamento da hospedagem, os organizadores dariam mais passagens, o que aumentou para 30. E se for ver, esse custo com passagens Rio-Manaus-Rio deu quase R$ 60 mil, se levarmos em conta que cada integrante teve custo aproximado de R$ 2 mil - relatou Ivan Guimarães.

Sobre a escolha da arbitragem amazonense para o jogo, Ivan Guimarães disse que a escolha foi da CBF. O dirigente da federação do Amazonas afirmou que o próprio Ercolino foi pressionar o árbitro no intervalo da partida.

- Ele (Ercolino) foi lá pressionar o árbitro. Perguntei para ele porque não trouxe o time titular dele? Se o cara quer ganhar, tem que trazer o time titular. Foi isso que aconteceu - revelou.

O GloboEsporte.com encaminhou as indagações, por e-mail, à assessoria de imprensa da CBF, em relação à escolha da arbitragem e o tempo que o Vasco foi informado, mas até o fechamento desta nota não recebeu resposta.

Fonte: GloboEsporte.com