Vasco e Urubu temem fracasso na Corte Arbitral do Esporte e montam estratégia por Justiça comum

Sábado, 28/12/2013 - 06:34
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Eternos rivais, Flamengo e Vasco não desistem de buscar os respectivos objetivos após esgotarem a esfera jurídica esportiva nacional e saírem derrotados do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) na última sexta-feira. Os clubes planejam ir à CAS (Corte Arbitral do Esporte) e montam ao mesmo tempo a estratégia para defesa na Justiça comum.

São basicamente duas frentes conjuntas para que a situação seja cercada por todos os lados possíveis. No rubro-negro, o desejo é o de anular a punição de quatro pontos pela escalação irregular do atleta André Santos na última rodada do Campeonato Brasileiro. Por não ter certeza do êxito na CAS, obrigatoriamente a posição na Justiça comum vem acompanhada de uma atitude de precaução pela movimentação da Portuguesa no mesmo objetivo.

A defesa recorreu à regra de suspensão automática da Fifa para sustentar sua tese no pleno e tentou mostrar a contrariedade entre o CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva) e o regulamento do Brasileirão. O objetivo foi provar sem sucesso que a agremiação carioca não se enquadrava na mesma punição da Lusa pela escalação do meia Héverton.

"Essa questão está sendo estudada. Existem casos em que a CAS dá posição favorável. Nos casos de doping não há dúvida que pode rever o nacional, tanto que aconteceu com o Carlos Alberto [ex-meia do Vasco] recentemente. Mas em questões específicas de regulamentos de torneios nacionais existem interpretações. O Flamengo vai sentar e estudar a possibilidade de também fazer isso [CAS e Justiça comum]", explicou o advogado Michel Assef Filho.

O prazo para recorrer à CAS é de 21 dias após a entrega dos votos pelo relator. Já o Vasco também quer acionar à Justiça comum para ter condições de reverter o rebaixamento e anular a partida na qual foi derrotado por 5 a 1 pelo Atlético-PR. O episódio foi marcado por uma briga generalizada das torcidas nas arquibancadas em Joinville.

"O Vasco foi uma vítima julgada, não teve direito de defesa e foi para a segunda divisão. Isso tudo é muito ruim. Vamos conversar com os advogados e fazer o melhor para permanecer na primeira divisão. É isso o que queremos, não essa mancha da violência no futebol brasileiro", encerrou o presidente Roberto Dinamite.

Fonte: UOL