Advogado que virou pivô da suspensão de jogador da Portuguesa trabalhou para o Vasco e penhorou receitas do clube

Quinta-feira, 12/12/2013 - 13:12
comentário(s)

Um dos pivôs da polêmica do tapetão sobre o rebaixamento no Brasileiro, o advogado Osvaldo Sestário, que defendeu a Portuguesa, penhorou pelo menos R$ 512 mil do patrocínio da Caixa Econômica Federal para o Vasco. A execução judicial foi confirmada na segunda instância da Justiça do Rio de Janeiro, no início de novembro, e refere-se a serviços como advogado não pagos pelo clube.

Detalhe: o Vasco está envolvido na disputa na disputa judicial contra o rebaixamento. O erro da Portuguesa em escalar Heverton de forma irregular, no qual Sestário está envolvido, pode favorecer a equipe vascaína se esta obtiver os pontos requisitados do jogo com o Atlético-PR, no qual alega falta de segurança. A diretoria da Lusa dissera que o advogado informara o número de jogos do atleta suspenso de forma incorreta. Mas não está claro ainda de quem foi a falha.

Sestário era advogado do Vasco no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) até 2012. Foi dispensado, supostamente, por causa de conflito de interesses por atuar para vários outros times, inclusive em ação contra o time carioca. O blog tentou ouvir o departamento jurídico do Vasco nesta quarta-feira, sem sucesso. Fato é que sobrou uma dívida em honorários não pagos para Sestário.

Por isso, a empresa Sestário & Oliveira Ltda, de propriedade do advogado, entrou com um processo contra o Vasco em junho de 2012. Apresentou uma confissão de dívida do clube no valor de R$ 512 mil, referente a maio de 2012. Conseguiu uma decisão favorável na primeira instância que se confirmou no tribunal superior.

Alegando problemas de caixa e uma dívida considerável, o Vasco recorreu para reduzir o percentual da penhora sobre o patrocínio da Caixa, mas a decisão de 11 de novembro negou essa limitação. A alegação da desembargadora Helda Lima Meireles foi que o clube assina contratos milionários de patrocínio, entre eles o da Caixa.

O Vasco terá de pagar um valor bem maior do que os cerca de R$ 500 mil porque serão acrescidos juros desse período de mais de um ano e meio. E não poderá contar com os serviços de Sestário no tapetão contra o rebaixamento. Bem, neste caso, pelo que se viu no caso da Portuguesa, não dá para ter certeza de que isso seja uma desvantagem. O blog tentou ouvir Sestário durante toda a quarta-feira sem resposta.

Fonte: Blog do Rodrigo Mattos - UOL