Vascaíno presente ao estádio em Joinville diz que torcida do Atlético-PR bateu em mulheres e crianças

Segunda-feira, 09/12/2013 - 16:08
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Antes de deixar a cidade de Joinville (SC) rumo ao Rio de Janeiro, um torcedor relatou os minutos de horror vividos na Arena Joinville, neste domingo, quando uma briga entre torcedores de Atlético-PR e Vasco resultou em três hospitalizados em estado grave e seis pessoas presas, além de ter paralisado o jogo por mais de uma hora.

A partida terminou com goleada de 5 a 1 para a equipe paranaense, resultado que rebaixou os vascaínos para a Série B do Campeonato Brasileiro. Porém, para o torcedor Renner Monnerat Filho, a partida não poderia nem sequer ter acontecido na Arena Joinville. Na volta, ele temeu até mesmo por uma emboscada na estrada.

Confira o relato:

"A torcida organizada Pequenos Vascaínos decidiu alugar um ônibus para vir a Joinville apoiar o Vasco nesse último jogo. Todos sabiam que não seria um clima legal, mas a minha preocupação começou no almoço deste domingo, quando um senhor me falou que não teria polícia dentro do estádio.

Não houve contato fora do estádio. Teve implicância de cantos e gritos no estádio. Percebi a invasão quando a torcida deles veio correndo para o canto que estava nossa torcida.

Quando chegamos lá, o cordão de isolamento entre as torcidas era feito por uns oito homens desarmados. Quando a torcida do Atlético-PR veio para o nosso lado, começou o empurra-empurra. Tive medo de ser esmagado. A organizada deles era a Fanáticos.

Nessa hora, se a FJV (torcida organizada Força Jovem Vasco) não segura os torcedores do Atlético-PR, seria muito pior, porque também bateram em mulheres e crianças. A FJV também estava próxima ao cordão, assim como a (organizada) Ira, que teve uma faixa roubada. No desespero, não pude observar identificação de que torcidas os brigões eram, exatamente.

Com o público querendo sair logo dali, subi na grade que tinha no meio da nossa torcida e desci até passar para o outro lado. Quando virei, dei graças a Deus, porque a polícia só chegou quando eles já estavam muito perto. E os vascaínos se imprensando contra a grade. Uma senhora que tomou um murro e ficou com o nariz sangrando. Vi duas pessoas sendo pisoteadas.

O estádio e a cidade não tinham condições nenhuma de realizar esta partida. O clima hostil seguia do lado de fora com o medo dos torcedores de irem embora. Decidi com um amigo deixar a caravana e voltar para o Rio de avião, por medo de uma possível emboscada da torcida do Atlético-PR na estrada."


Fonte: Terra