Cantora Teresa Cristina fala de sua paixão pelo Vasco e da admiração por Juninho

Quinta-feira, 14/11/2013 - 08:04
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A cantora Teresa Cristina é vascaína fanática e não esconde isso de ninguém. A prova disso é a participação no DVD "Vamos todos cantar de Coração", que ocorreu no Citibank Hall, na Barra da Tijuca, em 2011, após a conquista da Copa do Brasil. Personagem da série "O meu coração cruzmaltino", a sambista conta como foi a emoção de participar dessa homenagem ao seu clube de coração.

"Foi incrível, todas as pessoas felizes, um baile maravilhoso. Foi uma honra poder estar ao lado de Erasmo Carlos, Luiz Melodia, entre outros vascaínos ilustres. Foi um privilégio para mim. Eu fiquei muito emocionada", destacou.

No show, Teresa foi responsável por cantar uma das músicas mais importantes do Gigante da Colina na arquibancada, a versão adaptada de "Ana Júlia", dos Los Hermanos.

"Nossa, eu fiquei feliz porque era uma das minhas músicas preferidas, além de "São Januário, meu caldeirão", porque é uma homenagem ao Juninho", disse.

Para deixar mais clara sua admiração pelo Reizinho da Colina, a cantora declarou que Roberto Dinamite tem influência em sua paixão pelo clube, mas o grande jogador idolatrado por ela é o atual camisa 8 da equipe do Vasco. Tamanho o carinho que ela gostaria de ser amiga pessoal do craque.

"O Roberto me fez vascaína, foi por ele que eu torço para o Vasco. Mas o Juninho é um ídolo que extrapola o futebol. Eu gostaria de ser amiga dele, de passar na rua e falar 'E aí, Juninho, tudo bem? Vamos tomar uma cerveja?'. É um homem inteligente. Ele veio do Sport com o Leonardo e se destacou muito no Vasco. Eu só lembro do Juninho, o Leonardo nem sei onde está. Eu sempre acompanhei o Juninho, até quando ele foi para o Lyon. Tem jogadores que você acaba se apegando, pelo carinho que prestou pela torcida. O Juninho é o rei legítimo, não tem outro jogador que vai ocupar esse lugar. Temos de aproveitar enquanto ele pode jogar", afirmou.

Apesar da lesão do jogador na partida contra o Santos, no Maracanã, que praticamente o tirou do resto do Campeonato Brasileiro, a cantora se mostrou otimista e disse confiar na permanência do Vasco na Primeira Divisão, mesmo com esse importante desfalque. Além disso, aproveitou para dar uma cutucada no Fluminense.

"Acho que consegue escapar da Segunda Divisão. Mas se cair de novo, não vai fazer muita diferença para mim. Meu amor é o mesmo, não vai mudar. É chato, tem a zoação, mas não me incomodo com piadas e de zoarem meu time. Porém, o Fluminense que deve ir, está na hora de eles pagarem essa dívida da Segunda Divisão (risos)", provocou.

Ao recordar o passado, a sambista fala como começou a sua paixão pelo Cruzmaltino. Ela lembra que sofreu no início, principalmente por suas irmãs torcerem para o Flamengo.

"Foi na decisão de um Estadual entre Vasco e Flamengo, não me recordo ao certo. Eu era caçula, minhas irmãs queriam que fosse rubro-negra e eu não queria. Como meu irmão mais velho jogava futebol de botão, e os nomes do jogadores eram todos do futebol, Abel, Marco Antonio, Zanata, Roberto Dinamite, eu me identifiquei com os nomes. Ouvindo o jogo, achei que o locutor estava torcendo para o Flamengo. Na hora, eu pensei: 'Que coisa estranha' e comecei a torcer para outro time, que era o Vasco. Aí o Vasco foi campeão, e falei para elas que era vascaína. Aí elas me deram cascudos, reclamaram comigo, mas não teve jeito, nunca mais mudei de time", declarou convicta.

Por falar em Flamengo, o momento mais inesquecível para ela foi um gol do Roberto Dinamite, diante do Rubro-Negro, na final do Carioca de 1981.

"Novamente era uma decisão entre Vasco e Flamengo. De acordo com o regulamento, o Vasco precisava ganhar três jogos para ser campeão. Ganhamos o primeiro. No segundo, a partida estava 0 a 0, chovendo muito. Quando o relógio marcava 44 minutos da segunda etapa, a bola caiu no meio da poça. O Dinamite, já estava quase veterano, conseguiu dar uma corrida até a bola e fez o gol. Foi uma alegria imensa. No jogo seguinte, o Flamengo acabou campeão, mas esse gol aos 44 com a torcida do Flamengo já comemorando o título, foi uma coisa inesquecível. Foi a primeira vez que pude pensar que morreria do coração de tanto que eu fiquei emocionada", disse.

Outra tristeza lembrada por Teresa Cristina foi a imagem do meia Pedrinho chorando no rebaixamento da equipe no ano de 2008. Para ela, essa é a cena mais impactante deste episódio. A cantora também lamenta as mortes de Denner e Daniel González.

"Eu não aguento ver essa cena (do Pedrinho), se vê-la até hoje eu choro. Quando o Denner morreu também foi muito triste. A morte do Daniel González (faleceu após um acidente automobilístico) também. Eu fiquei muito abalada com aquilo. Eu era criança e tinha a ideia que atleta não morria, o jogador era um super-herói para mim. E ele morreu de um jeito tão brutal e era tão querido da torcida. Foi um baque", recordou.

Mesmo com o Gigante da Colina na Segunda Divisão, a cantora mostrou que não abandou a equipe. A prova disso foi que realizou atos inconsequentes para assistir às partidas do clube na Série B do Brasileirão de 2009.

"Eu fiz uma coisa muito feia. Eu ia gravar um DVD e tinha que ensaiar com um dos convidados. Só que tinha um jogo, Vasco e Ipatinga, com o Maracanã lotado. Eu menti, falei que não poderia ensaiar naquele dia, desmarquei e fui ao jogo. Na semana seguinte eu tinha show em São Paulo e também jogo do Vasco no Rio. Acabei indo ao Maracanã de mala, saí de lá e fui diretamente para o Aeroporto Santos Dumont. No entanto, acabei esquecendo a identidade em casa. Foi uma irresponsabilidade completa, mas eu fiz", constatou.

Para terminar, Teresa Cristina revela o seu sonho.

"Eu já pensei em compor uma música, mas eu acho que o amor pelo Vasco é maior que meu talento (risos). Eu fico receosa de fazer e não ser tão boa quanto o Vasco mereça. Infelizmente, até agora a inspiração não veio. Contudo, acredito que vai vir em algum momento. Até porque o Vasco não é qualquer time, e por isso não pode ser qualquer música", concluiu.






Fonte: O Dia