Zagueiro Douglas fez balanço de sua passagem pelo Vasco

Terça-feira, 12/03/2013 - 15:48

Ele chegou ao Vasco em 2010 para disputar o Campeonato Brasileiro sub-23, porém rapidamente ganhou espaço e passou a integrar o time profissional. A temporada de 2011 desse jogador foi repleta de altos e baixos, porém serviu para que ele adquirisse experiência e aprendesse com atletas mais experientes, como Anderson Martins, Dedé e Renato Silva.

Natural de Iramaia, cidade da Bahia, o zagueiro Douglas só conseguiu se firmar com a camisa vascaína em 2012. Na oportunidade, o jovem de 22 anos se aproveitou da má fase vivida por Rodolfo e se tornou titular absoluto do time. A contusão sofrida por Dedé também contribuiu, porém a maior prova do crescimento do antigo jogador do Juventude veio no início da atual temporada, quando o mesmo venceu a concorrência de Renato Silva e jogou as primeiras partidas como titular.

Mesmo no clube ucraniano do Dnipro, Douglas não esquece o Gigante da Colina. Na última sexta-feira (08/03) o defensor conversou com a reportagem do programa Só dá Vasco e falou sobre diversos assuntos. Durante a conversa, o antigo camisa 16 se mostrou muito grato ao Vasco e a sua torcida.

Confira a transcrição da entrevista:

O Vasco disputou no último final de semana a final da Taça Guanabara. Quando o trabalho começou em Pinheiral, local onde foi realizada a pré-temporada, você acreditavam que poderia brigar pelo título Carioca?

"A nossa equipe sofreu grandes mudanças, perdeu grandes jogadores, jogadores importantes, mas a gente tinha plena consciência que os jogadores que chegaram iriam nos ajudar a melhorar a qualidade do nosso time. Até mesmo por isso a gente não criou nenhum tipo de dúvida na nossa cabeça no início do trabalho. Sabíamos que a equipe iria sofrer um pouco na questão do entrosamento por conta da chegada de novos jogadores e que levaria um tempo para a equipe ficar encaixada, mas em nenhum momento passou pela nossa cabeça que a gente não poderia chegar. Os jogadores estavam confiantes desde o início e todos sabiam que a gente ia crescer muito no decorrer da competição. Desde o inicio da temporada a gente sabia que tinha condição de estar disputando o título".

O Dedé teve um início de temporada não muito bom, mas aos poucos vem recuperando sua forma. A prova maior disso foi sua convocação para a Seleção Brasileira. Como era sua relação com o Dedé e o que poderia falar sobre ele?

"O Dedé para mim é um grande amigo. Eu me dava muito bem com ele. Foi um dos jogadores com quem mais aprendi e um dos que mais procurei estar perto para aprender. Procurava estar sempre conversando com ele, não só dentro de campo, mas fora também. Acho que essa boa relação ajudou no nosso entrosamento dentro de campo. A gente estava sempre conversando e corrigindo os erros que aconteciam durante as partidas. Ele foi um dos caras que mais me ajudou e com que mais aprendi ali dentro do Vasco. É um jogador fora de séria. É indiscutível a qualidade que ele tem. Para mim é disparado o melhor zagueiro atualmente no Brasil. Ele sofreu uma lesão um pouco complicada no ano passado. Nesse ano ele voltou a jogar e levou um tempinho para adquirir a melhor forma física e técnica. O importante é que ele sabia disso, estava com a cabeça boa e tinha consciência que o futebol dele ia crescer com o decorrer dos jogos. Ele passou por uma fase não tão boa, mas quem convive com ele sabia que ele daria a volta por cima. Agora estou feliz por vê-lo bem e fazendo grandes partidas. Feliz demais por vê-lo na Seleção, pois um jogador como ele não pode estar fora da Seleção".

O Vasco foi o clube que te deu a oportunidade de aparecer e chegar ao futebol europeu. O que representa o Vasco na sua carreira e na sua vida?

"Sou muito grato ao Vasco. Foi o clube que abriu as portas para mim e que teve todo carinho, toda paciência comigo. Eu cheguei em 2010 no clube e demorei para poder jogar, para poder me firmar, mas em todos os momentos o pessoal teve atenção comigo, teve calma e respeito. Sou muito grato ao Vasco, pois é graças a eles que estou realizando um sonho que tinha, que era jogar na Europa. Sou muito grato ao Vasco. Todo mundo sonha em um dia vestir a camisa de um grande clube e me sinto honrado por ter vestido essa camisa. Estou com saudade de São Januário, do estádio lotado e do calor da torcida. Torcida que sempre me respeitou e sempre me ajudou. Sou muito grato a toda torcida do Vasco. Vou sentir muita falta disso, mas o meu carinho e o meu respeito o Vasco sempre vai ter. Vou levar sempre o Vasco comigo, pois tudo que acontece na minha vida é graças ao Vasco também".

Você ainda tem contato com os jogadores do Vasco?

"Eu mantenho contato com alguns jogadores. Nessa semana mesmo eu conversei com o Abuda, que é um dos jogadores ultimamente que eu tenho tido mais contato. Falei com o Tenório e com o Diogo Silva também. São com esses jogadores que eu venho mantendo mais contato. Minha torcida sempre vai ser grande mesmo de longe".

Quais as maiores dificuldades que você enfrentou nesse seu início na Ucrânia?

"A maior dificuldade para mim no início é a questão da língua. Tem também a questão do frio, pois aqui na Ucrânia faz muito frio. A língua e o frio foram as maiores dificuldades. A maneira de jogar também é diferente do que estou acostumado. No Brasil é um futebol mais técnico, um jogo mais cadenciado e aqui o jogo é muito corrido, muito rápido e muito veloz. Pelo pouco tempo acredito que estou indo bem, pois tenho conseguido me adaptar muito rápido as coisas. Estou muito feliz com isso, pois tenho conseguido jogar, inclusive fiz uma boa estreia".

Que mensagem você deixa para o torcedor vascaíno?

"Queria agradecer a todos os torcedores vascaínos pelo apoio e pelo carinho. Fico muito feliz ao saber que o carinho e a lembrança por mim continua. Para mim é legal saber que consegui deixar uma boa impressão. Fico muito feliz. Espero um dia retornar ao Vasco, pois foi o clube que abriu as portas para mim, como já disse. Espero um dia voltar e ajudar a conquistar títulos. Um das coisas que faltou na minha passagem pelo Vasco foi a conquista de mais títulos. Batemos na trave no Brasileirão de 2011, queria muito ter conquistado esse título. Mas acho que deixei as portas abertas e espero um dia retornar para vestir essa camisa que gosto tanto".

Fonte: Blog do Carlos Gregório Jr - Supervasco