Vasco e Urubu convivem com problemas políticos que influenciam no campo

Domingo, 04/11/2012 - 07:44

Protagonistas da principal rivalidade do Rio de Janeiro e uma das maiores do país, Flamengo e Vasco possuem juntos dez títulos brasileiros, mas fazem papel longe do idealizado pelos torcedores na atual edição da competição nacional. Enquanto o time da Gávea ainda luta contra o rebaixamento, o Cruzmaltino praticamente não tem mais chances de conquistar a vaga na Copa Libertadores de 2013. Os clubes possuem as piores campanhas dos cariocas no torneio e estão entre os quatro últimos levando-se em consideração apenas a classificação no 2º turno. O mau desempenho vem em conjunto com as respectivas crises políticas e problemas nos bastidores.

O Flamengo tem a penúltima campanha no returno. São 12 pontos e apenas duas vitórias conquistadas. A situação do Vasco é um pouco melhor com 15 pontos e quatro triunfos. No caso do Gigante da Colina, a trajetória construída no primeiro turno foi "apagada" pelo turbilhão político, troca de treinador e insatisfações com salários atrasados. Um trabalho com crescimento rápido e queda ainda mais veloz.

Com uma temporada frustrada pelas expectativas iniciais, os rivais já sabem que terão dificuldades para reforçar o grupo no próximo ano. Os salários atrasados e dívidas complicam o planejamento e pouca coisa deve mudar em termos de qualidade técnica nos atuais elencos limitados e de evidentes carências. Um dos motivos que coloca obstáculos é a ausência de um vice-presidente de futebol.

Patricia Amorim e Roberto Dinamite, presidentes de Flamengo e Vasco, respectivamente, acumulam os cargos, mas não marcam presença diária nos treinamentos e deixam os departamentos sob as supervisões de Zinho e Daniel Freitas. Além disso, é comum os mandatários não se posicionarem de forma incisiva nas crises políticas e momentos de dificuldades das equipes na competição. O silêncio e blindagem são extremamente semelhantes.

Os clubes vivem uma autêntica guerra política. No Rubro-Negro, a eleição de dezembro movimenta os corredores da Gávea e dá margem às críticas e envolvimento dos adversários de Patricia Amorim. Em meio aos inúmeros problemas financeiros é quase que impossível um dia de tranquilidade para o time profissional trabalhar mesmo no CT Ninho do Urubu, em Vargem Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Embora o pleito do Vasco seja apenas em 2014, a crise e saída de dirigentes anteciparam as conversas por alianças e ataques ao ex-jogador Roberto Dinamite.

Fonte: UOL