Brasil enfrenta Japão nesta 3ª às 9h10 na Polônia; Dedé fica no banco

Terça-feira, 16/10/2012 - 06:34

O Japão pode não ser uma potência do futebol, mas está longe de ser um saco de pancadas. Portanto, que ninguém espere uma vitória tranquila da seleção brasileira no amistosos desta terça-feira, às 9h10m (de Brasília), como aconteceu diante do Iraque, na última quinta-feira, na Suécia. Além de ser a equipe mais forte do futebol asiático no momento, a seleção japonesa, que lidera seu grupo nas eliminatórias para a Copa de 2014, derrotou a França por 1 a 0, na sexta-feira, em Paris. Ou seja: será um bom teste para o time do técnico Mano Menezes.

A grande expectativa no jogo 999 da seleção brasileira é quanto à participação de Kaká. O jogador, de 30 anos, retornou à seleção na goleada sobre o Iraque por 6 a 0 depois de quase dois anos e meio afastado. Teve boa atuação, marcou um gol e participou intensamente da partida.

Novo problema

Nesta terça, contra o Japão, um adversário acostumado a grandes jogos, Kaká será certamente mais exigido. Se voltar a jogar bem — a seleção ficou mais arrumada com a sua presença e Neymar não ficou tão sobrecarregado na criação das jogadas —, o jogador do Real Madrid passará a ter status de titular. Afinal, não é de hoje que Mano Menezes procura um jogador com experiência para encorpar seu time, que tem média de idade de apenas 24 anos.

— A intenção é não alterar o posicionamento tático da equipe, para não variar muito as avaliações daquilo que espero. Quero ver como o time se sai diante de um adversário de mais qualidade. Como espero um jogo duro, se mexermos na formação, vamos perder uma chance de fazer uma boa avaliação do estágio em que estamos — afirmou Mano, após o treino de ontem no local do jogo.

O treinador brasileiro, por sinal, está enfrentando uma série de contratempos nesta temporada na Polônia. Depois de perder Marcelo, que fraturou o pé direito anteontem, ontem foi a vez de Mano ficar sem Ramires. O jogador amanheceu com uma forte sinusite, não treinou e dificilmente terá condições de enfrentar hoje o Japão. Sandro, que foi titular nas Olimpíadas da China, já está de sobreaviso.

— Ramires não conseguiu dormir direito. De manhã, ficou enjoado e nem conseguiu se alimentar. Se o jogo fosse hoje, Ramires não jogaria. Mas vamos aguardar até a hora do jogo — afirmou o médico Rodrigo Lasmar.

A entrada de Sandro não mexe com a estrutura tática do time em campo. O mesmo não se pode dizer na lateral esquerda. Sem Marcelo, Mano, que já havia perdido os laterais Daniel Alves e Alex Sandro, terá de improvisar alguém na posição. Ontem, num treino fechado, o técnico brasileiro testou duas opções. A primeira, com o zagueiro Leandro Castán, que já atuou na lateral, e de pois com Thiago Neves, que fez a função de ala.

— Não defini ainda com os jogadores. Trabalhamos duas alternativas, mas a tendência é mexer o mínimo possível naquilo que fizemos no jogo anterior. Vou escolher entre Leandro Castán e Thiago Neves pouco antes do jogo — afirmou o técnico.

Mano assistiu à vitória do Japão sobre a França na última sexta-feira e sabe que o Brasil terá muitas dificuldades pela frente. O destaque da equipe é o camisa 10, Kagawa, de 23 anos. Ele foi comprado esta temporada pelo Manchester United por R$ 58 milhões. Kagawa, que era jogador do Borussia Dortmund, fez o gol da vitória sobre os franceses. Ele é chamado pelos jornalistas japoneses de “Messi do Japão”.

— A seleção do Japão tem maturidade. Seus principais jogadores jogam na Europa e isso se reflete em campo. Hoje, eles jogam tranquilos contra qualquer seleção do mundo. Eles ganharam da França com este comportamento — explicou o treinador.

Seja contra o Japão ou contra a Alemanha, o que o presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter, espera é que a seleção brasileira volte a jogar o futebol que consagrou o Brasil, justamente no Mundial que organizará.

— O Brasil é o país do futebol. Só espero que jogue o verdadeiro futebol brasileiro. Se isso acontecer, teremos certamente uma Copa do Mundo muito bonita — afirmou o cartola em entrevista ontem.

Brasil: Diego Alves, Adriano, Thiago Silva, David Luiz e Leandro Castán (Thiago Neves); Paulinho, Ramires (Sandro), Oscar e Kaká; Neymar e Hukl. Japão: Kawashima, Sakai, Yoshida, Konno e Nagatomo; Endo, Hasebe, Kiotake, Nakamura e Kagawa; Takahashi.

Fonte: Globo Online